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VINNIE HACKER

📌 New York, Manhattan

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📌 New York, Manhattan..

Ainda não eram nem dez horas da manhã e eu já havia entrevistado mais de dez pessoas

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Ainda não eram nem dez horas da manhã e eu já havia entrevistado mais de dez pessoas. Quantas pessoas loucas poderiam haver nessa cidade? De acordo com as fichas que eu tinha, eram muitas. 

Afundei em minha poltrona e a girei para ficar de frente com a vista maravilhosa que eu tinha da cidade. Olhei pra próxima ficha em minhas mãos. Alexia Trinity Puente White, 22 anos. Profissão: acompanhante de luxo. Aquilo me fez levante a sobrancelha com um ar de dúvida. 

- Que raios... - fui interrompido com uma batida na porta. 

- Senhor hacker, posso mandar a próxima candidata entrar? - minha secretária perguntou. Eu havia tirado aquele dia somente pra isso, não queria qualquer pessoa em minha casa então o local mais seguro e intimidador era minha empresa. 

- Sim. - eu ainda estava de costas para a porta. Nenhuma delas sabia, mas assim que chegaram e deram seus nomes minha equipe procurou tudo sobre vida de cada uma.

Essa era a vantagem de ter dinheiro, eu conseguia tudo que queria e na hora em que queria. 

- Olá senhor hacker, posso entrar? - me virei quando ouvi sua voz, por um segundo creio que demonstrei a surpresa em meu rosto.

Ela era linda, os cabelos escuros pretos em um rabo de cavalo impecável. Ela vestia uma calça jeans branca e uma blusa de manga comprida com laço no pescoço. Seus olhos azuis encontraram os meus e ela corou. Eu me levantei e a cumprimentei. 

- Bom dia, senhorita Alexia. Por favor, sente-se. - eu me sentei novamente e continuei a observava-la.

- Diga-me, Alexia, porque você quer esse emprego? Porque eu estou vendo os dados que você passou pra minha secretária e eu vi que não tem experiência como babá. - Em sua bochecha, havia um hematoma que ela tentou esconder com uma boa dose de maquiagem e seu lábio inferior tinha um leve corte.

Fiquei curioso pra saber quem a havia machucado, será o namorado que não aceitava seu emprego? 

- Eu... - ela tremia levemente

- Senhor Vincent, eu preciso muito desse emprego. Eu sei que não tenho muita experiência mas eu juro que sou uma pessoa boa e responsável. Trabalhei desde muito cedo pra pagar as despesas medica dos meus pais. - ela suspirou.

- Eu quero muito ser a babá da sua filha, sei que devem ter aparecido milhões de outras candidatas melhores que eu. Eu tenho disponibilidade, ou seja, posso ficar disponível vinte quatro horas. E também... - eu a interrompi com um gesto de mão. 

- Você tem o emprego Alexia. Apesar de terem várias pessoas lá fora você pode ter certeza que foi a única confiável até agora. Espero que não me decepcione. Tem algum problema começar amanhã? - eu não queria mais olhar dentro daqueles olhos hipnotizantes, fingi que estava mexendo em alguns papéis em cima da minha mesa.

A última coisa que eu precisava no momento era uma babá correndo atrás de mim e do meu dinheiro. 

- Eu... eu nem sei o que dizer. Muito obrigada! Eu prometo que não vou te decepcionar! - ela segurava a bolsa no colo nervosa

- Claro, eu vou arrumar minhas coisas hoje mesmo. - ela acenava freneticamente com a cabeça. 

- Então amanhã as sete um carro irá pegar você na sua residência. Assinaremos o contrato quando você chegar e você poderá tirar todas suas dúvidas. Até amanhã, senhorita Alexia. - sem levantar minha cabeça indiquei a porta com a mão.

Respirei aliviado quando ouvi o baque da mesma se fechando.  Faziam seis meses que minha esposa havia morrido e o desejo que senti quando vi Alexia me fez sentir culpado, como se a tivesse traindo.

Eu não tinha tempo pra pensar nisso, precisava ir pra casa e ficar com minha filha. 

- Martha, por favor pode mandar todas irem embora. Ligue para o RH e peça para ajeitarem o contrato com o nome da Alexia e todos seus dados. - disse pelo interfone.

- eu estou indo pra casa agora e não quero ser incomodado por ninguém mais hoje. - Juntei minhas coisas e fui pra casa encontrar minha pequena.

- bia

- bia

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𝐁𝐀𝐁𝐘𝐒𝐈𝐓𝐓𝐄𝐑 Onde histórias criam vida. Descubra agora