𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟮𝟭. 𝗩𝗮𝗺𝗽𝗶𝗿𝗶𝗻𝗵𝗮 𝗕𝗿𝗲𝗲

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𝗢𝗦 𝗘𝗖𝗢𝗦 𝗗𝗔 𝗕𝗔𝗧𝗔𝗟𝗛𝗔 𝗔𝗜𝗡𝗗𝗔 ressoavam em minha mente, como um peso que não podia ser simplesmente afastado

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𝗢𝗦 𝗘𝗖𝗢𝗦 𝗗𝗔 𝗕𝗔𝗧𝗔𝗟𝗛𝗔 𝗔𝗜𝗡𝗗𝗔 ressoavam em minha mente, como um peso que não podia ser simplesmente afastado. Por mais que eu tivesse tentado me preparar para aquele momento, nada poderia ter me preparado para a realidade. O cheiro de terra revolvida e cinzas estava impregnado no ar. Eu sentia tudo - cada som, cada movimento, cada olhar carregado de tensão. Mas, acima de tudo, sentia o peso da responsabilidade de sobreviver e proteger aqueles ao meu redor.

Durante a luta, eu havia sido uma sombra entre sombras, me movendo com o que parecia ser um reflexo automático. A adrenalina, ou o equivalente vampírico dela, impulsionava cada passo. Ainda assim, havia algo em mim que parecia à beira de se despedaçar a qualquer momento.

Lembro-me do momento em que as coisas mudaram. Quando, em meio ao caos, meus olhos capturaram algo que não se encaixava na brutalidade ao meu redor. Uma figura pequena e delicada, como um fantasma. Uma garotinha. Ela estava no limite da clareira, seus olhos enormes refletindo medo puro. Seus cabelos escuros estavam emaranhados, e suas roupas estavam rasgadas. Ainda assim, havia algo nela que imediatamente chamou minha atenção. Era a mesma garotinha que eu tinha visto em flashes durante uma visão que me assombrava há semanas.

Minha respiração - um reflexo desnecessário, mas tão enraizado - ficou mais lenta enquanto eu a observava. O mundo ao meu redor pareceu parar por um instante. Ela não atacava, não avançava como os recém-criados; parecia, ao contrário, petrificada. Seus olhos se encontraram com os meus, e eu vi algo mais profundo do que medo. Ela estava perdida.

Desviei dos ataques ao meu redor, me movendo como se o instinto tivesse assumido o controle. Eu sabia que Jasper poderia me repreender por isso, mas algo dentro de mim não podia ignorá-la. Aproximei-me lentamente, mantendo as mãos abertas e visíveis, como se fosse possível mostrar que eu não era uma ameaça.

── Está tudo bem ── minha voz saiu baixa, quase um sussurro em meio ao caos da clareira. ── Eu não vou te machucar.

Ela deu um passo para trás, mas não correu. Era como se estivesse presa entre a necessidade de escapar e a curiosidade sobre minha intenção. Fiz outra tentativa, um pouco mais perto desta vez. Cada movimento parecia pesar uma eternidade.

── Você não precisa lutar ── continuei, minha voz suave. ── Eu posso te ajudar, mas você precisa confiar em mim.

Ela hesitou, seus olhos indo de mim para o caos ao fundo, onde lobos e vampiros continuavam a lutar contra os recém-criados. Era como se ela estivesse tentando calcular as chances de sobreviver se escolhesse acreditar em mim. O medo ainda brilhava em suas íris douradas de recém-transformada, mas havia algo mais ali - esperança.

Finalmente, ela deu um passo tímido em minha direção. Meu peito apertou com um misto de alívio e tristeza. Ela era tão pequena, tão frágil.

🩸𝐯𝐞𝐫𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨 𝐬𝐚𝐧𝐠𝐮𝐞, 𝗃𝖺𝗌𝗉𝖾𝗋 𝗁𝖺𝗅𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora