chapter 11. whats up?

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Já era sexta feira de novo, mais um dia em que eu teria que ir para a escola. Dessa vez sua sabia que tinha aula de matemática, isso significava sentar do lado de Robin de novo.
    - Hey! Bom dia amor!! - Gwen apareceu do meu lado pulando nas minhas costas seguida.
- Bom dia!! - Sorri a segurando para não cair.
    - Quer carona até a sua sala então?
- Claro! - Bateu na minha cabeça indicando para que eu andasse. - Vamos logo, não quero me atrasar.
   Enquanto andávamos não pude deixar de perguntar, senti falta do Finn aqui. - Gwenny, onde seu irmão está?
- Com a namoradinha dele, parece que agora é oficial. - Pulou de cima das minhas costas. - Obrigada pela carona, vou indo. Tchau!! - me abraçou e saiu andando.
Assim que fiquei sozinho(a) e sai andando vi Arellano ao lado de uma outra garota, ele parecia estar ajudando ela ou sei lá. Uma raiva incontrolável borbulhou no meu corpo, não podia esboçar reação sobre isso, aliás havíamos brigado e eu tinha terminado qualquer coisa que nós tivéssemos.
(Filho da puta, demorou uma semana e já tá em outra, babaca.)
     - [nome]! - Finn me chamou um pouco mais adiante do corredor. - O que está fazendo parado(a) aí? O professor já está em sala, corre!
   Não demorei nem mais um segundo, apertei o passo e sai o mais rápido o possível para deixar de ver aquela cena horrorosa do meu garoto e uma mera estranha. Eu não estava com raiva da garota, ela nem devia saber da minha existência. Estava com raiva dele, que me beijou várias vezes, me visitara e dormira na minha casa, saíra comigo rotineiramente e em uma semana conseguiu superar tudo.
- Que merda Finney! - resmunguei furioso(a). - Quem é aquela garota perto do Robin no corredor?
- Por que quer saber? Não me diga que está com ciúmes dele. - Finn respondeu surpreso. - Bom, ela é uma prima dele lá do México, pelo o que eu saiba ela veio para cá porque no verão passado começou a namorar um garoto do nosso time de beisebol. Relaxa amiga, eles não tem nada.
(Escutei tudo o que Finney disse atentamente, mas logo depois percebi e me decepcionei. Eu estava com ciúmes de um garoto que eu mesmo(a) tinha decidido me afastar?)
    As aulas seguiram normalmente, mesmos horários e mesmas chatices. Dessa vez eu conseguia prestar atenção, mas é porque Robin estava mais me encarando assim como nos outros dias. Não podia negar que pensava nele constantemente.
- Ei chico(a). - Reconheci sua voz de primeira, me virei rapidamente. - E aí? - me perguntou desconcertado. - Queria saber se posso pedir pra mudar de grupo com você na aula de matemática.
- Eu... Hã... - Não sabia nem como falar com ele de novo.
- Quer saber, não precisa responder. Lembrei que não quer falar comigo não é? - Agora ele parecia mais afetado e irritado do que a poucos segundos. - Vou pedir para mudar de qualquer jeito. Tchau. - Saiu andando ainda e me deixando de boca aberta. Ele me tratou de forma mais seca do que me tratara quando nos conhecemos. No primeiro dia em que trocamos palavras ele demonstrava raiva, naquele momento em que trocamos de novo ele demonstrava decepção e mágoa. Dessa vez ele não me olhou nos olhos, nem por um segundo.
    Ouvi ele um tempo depois falando com a professora, mas sua voz saía abafada pela distância em que estava, ou pela enorme dor de cabeça que voltei a sentir.
    Não lembro quando, nem na aula exata em que apenas abri a porta da sala e sai de lá. Estava com uma dor de cabeça tão forte que nem aguentei muito tempo até cair no chão da cabine do banheiro em que estava. Acho que em algum momento alguma pessoa da sala deve ter sentido minha falta porque, magicamente fui carregado(a) até a enfermaria. Só que não foi "mágica", foi o Arellano.
    - Ei [nome]. - Robin disse cabisbaixo. - E aí?
    - "E aí?" - disse meio tonto(a). - Você acabou de me carregar do banheiro até aqui, eu estou passando mal e tem a porra de um comprimido horrível na minha boca e você me diz só um "e aí?" - Não entendia o motivo da minha reação, talvez fosse saudade.
    - Ah, mil desculpas vossa alteza. Esperava o que de mim hein? - respondeu na defensiva. - Por acaso está  "batendo de frente com seus problemas" e os superando igual fez naquela sexta feira?
    - E o que você esperava de mim? Porra, você me ajudou toda vez que eu estava mal e na sua cabeça você tem a imagem de que eu sou uma pessoa fraca. Você me acha tão inútil ao ponto de ter que brigar para me defender. - Me sentei bruscamente na cama em que estava deitado(a). - E adivinha só Robin, eu não sou essa pessoa fraca que você pintou.
    - Meu Deus! Da onde você está tirando isso? - Ele me olhou assustado. - Porra, eu sempre estou te ajudando talvez seja porque você não consegue nem se virar sozinho(a). - Falou como se estivesse prestes a gritar.
   E naquele momento, naquela última fala dele doeu. No fundo eu estava certo(a). Poderia ter blefado no primeiro comentário porque achei que era mentira, mas no fundo ele realmente me achava fraco(a). Todos os momentos em que me abri para ele, contei meus segredos e fraquezas...
   No fundo eu tinha uma voz pequena na minha cabeça dizendo que eu deveria estar atrapalhando enquanto falava tudo aquilo, mas a voz dele dizia que não. E sabe? Acho que eu deveria ter dado atenção a minúscula voz, ela poderia ser uma paranóia, mas estava tão certa como nunca. Agora eu tinha notado a burrada em que tinha me metido com ele.
    - Então é isso? Acha realmente que eu sou fraco(a)? Sou fraco(a) apenas por confiar em você e achar que você não me julgaria por ter problemas como todas as outras pessoas? - O encarava nos olhos, estava chateado(a). - Você acha que é feito do que Robin? De ferro? As pessoas tem emoções e tem problemas. Se elas te contam sobre eles meu amigo, isso significa que a pessoa confia. Mas você... Você não tem emoções, não conseguiria amar alguém nem mesmo que tentasse, covarde. - Me levantei da cama e fui até a porta da enfermaria.
    - Eu espero realmente que você nunca mais olhe para mim, [nome]. Me julgue o quanto quiser, me chame de sem sentimento, mas eu... - Hesitou em terminar de falar. - Eu te amava.
    - Então é isso? Algo do passado? Ok... - me virei para ele. - Eu te amava Robin.
    - Eu nunca mais quero ver você na minha vida. - Disse seco e direto. -
    - Eu espero que você suma e nunca mais volte para minha vida. - Respondi no mesmo tom
    (Robin, eu confiei em você. Então por que disse tudo aquilo? Eu não quero perder você, eu quero te ver de novo... A gente ainda se encontra de novo.)

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   Tomem isso e lidem com isso💭. Admito que eu talvez tenha metido um problema meu de insegurança de fraqueza aí, mas preciso trazer problemas reais pra essa história mis amigos. Prometo que vou tentar diminuir as brigas nos próximos caps (eu acho), mas não garanto nada😉
   Perdão por erros e beijão do Azi 💋🌷
  

ALIVE - The black phone, Robin Arellano.Onde histórias criam vida. Descubra agora