chapter 12. never fall in love again.

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    - Tem certeza de que quer isso, [nome]? - Finney colocou a mão no meu ombro indicando apoio, enquanto eu tomava uma importante decisão.
    - Sabe que se não querer não precisa meu bem! - Donna disse com a voz reconfortante.
    - Eu vou fazer isso, pessoal. - Respondi já decidido(a).
   Desde mês passado que briguei com Robin, estava com uma grande vontade de sumir. Eu não iria realmente desaparecer óbvio, mas decidi mudar meus horários de aulas extras para pelo menos evitar encontros desconfortantes. A questão é que, as aulas que eu tinha em comum com o Arellano eram as mesmas em que eu tinha com Finn e Donna, esse era o motivo das contradições deles para minha atitude.
Sei que não deveria estar mudando minha vida por apenas um garoto que conheci a pouco tempo, sei que estou sendo precipitado(a) por fazer tudo isso por um mero menino, mas no fundo preciso fazer isso por mim. Tomar grandes decisões significa progredir em um caminho em que eu não aceitava seguir.
    - Então não nos veremos mais? Tipo, não com tanta frequência? - Finney disse assustado.
    - Acho que não, lindinho. - Respondi rindo. - Vamos nos ver em intervalos e talvez nas aulas que sobraram.
    - Vamos sentir sua falta, [nome]. - Donna me abraçou. - Também vou sentir falta de vocês casal.
   Peguei minha bolsa do chão e sai andando da recepção.
    - E aliás. - Disse novamente. - Cuidem do Robin por mim. Ele detesta matemática mas ele tem potencial. Boa sorte galera.
   Naquela hora eu tinha aula de espanhol, era uma das aulas que eu e Arellano ficávamos conversando e rindo já que éramos fluentes na língua, mas hoje eu não teria ele lá e por um segundo não parecia tão ruim voltar a seguir minha rotina do primeiro dia de aula.
   Eu sentia falta dele e eu admitia isso querendo ou não. Por uma parte olhar para algumas coisas faziam o garoto vir para minha cabeça novamente, mas por outras olhar para lugares diferentes me fazia sentir uma sensação de que dessa vez eu não tinha que impressionar ninguém, eu poderia tomar decisões que afetassem apenas o meu futuro. Obviamente todos precisamos de um amor algum dia da vida, não importa de que forma ele venha. Também precisamos na vida saber viver sozinhos porque, nada vai ser mais importante para você do que você mesmo.
   Fiquei pensando sobre isso durante a aula de espanhol, em alguns momentos eu respondia alguma pergunta que o professor fazia, em outros momentos anotava algo no meu caderno e desviava meu olhar para trás como se Finn, Donna, ou o Robin estivessem lá.
    - Ei! Você é o(a) [nome], certo? - Um garoto loiro, quase menor que eu disse enquanto parava a frente da minha mesa. - Soube que mudou suas aulas porque você e seu namorado terminaram.
    - Hã?... Eu e Robin não namorávamos. - Disse simples. - Mas por que veio falar comigo do nada?
    - Eu meio que queria te chamar para sair faz um tempo, mas eu achei que você namorava o magrelo mexicano aí não arrisquei. - coçou a nuca e ajeitou o corpo, ele demonstrava nervosismo.
    - Quer me chamar para sair com você? - perguntei rindo. - Qual seu nome?
    - Dylan. - Olhou para mim e sorriu. - Aceita ir?
    - Claro Dylan! Que dia?
    - Pode ser hoje à noite? Eu sei que é só quarta feira, mas eu tô livre só nesse dia da semana. - se animou um pouco mais. - Eu te busco na sua casa! Pode ser? Vou te levar no drive-in que eu vou com meus amigos.
    - Perfeito! Te vejo as 20:30 ok? - perguntei
    - 20:30 então! - Virou de costas e foi andando, até dar meia volta e voltar para minha mesa. - Aliás, já é o intervalo... Quer ficar comigo e com meu grupo?
    - Obrigada pelo convite Dylan, mas já tenho amigos de outras aulas para passar o recreio. - Dei um beijo em sua bochecha como despedida. - Até depois!
   Eu sai da sala e dei de cara com Gwen e Donna me esperando. Finney passava seus intervalos com Robin para não deixar o garoto sozinho, eles obviamente não perderam contato com o Arellano, mas tentavam se dividir para não deixar nenhum de nós a sós.
    - Quem era aquele garoto [nome]? - Donna perguntou tímida.
    - Era o Dylan, ele me chamou para sair hoje. - Disse entusiasmado(a).
    - Você vai, não é? - Gwen entrou no assunto.
    - Claro que vou. Já faz um mês e uma semana que qualquer coisa que eu e Robin tivéssemos acabou. Não vou ficar pensando nele para sempre. Ele disse muita coisa pra mim da última vez e eu sinceramente levei a sério, então não vejo motivos em insistir em alguém assim.
    - Por mais que você também tenha surtado com ele na primeira briga. - Donna me repreendeu.
    - Você está certa Donna. - suspirei pesado. -Acho que se depender do orgulho próprio de nós dois, nunca mais vamos nos falar nem como amigos...
    - Isso não importa agora, o que importa é o Dylan! Fico feliz que tenha conseguido seguir e frente. - Gwen disse subindo nas minhas costas. - Agora anda, quero ir pro pátio.
   Minha manhã de hoje foi simples, troquei mais algumas palavras com o loiro do encontro, vi Gwen no intervalo das aulas e fofoquei com Donna na aula de matemática que matei. Finn me dava oi pelos corredores e nos encontrávamos nas aulas opcionais de artes e educação física. Não tinha visto Robin na escola e eu senti um pouco de preocupação, eu me importava com a educação dele de qualquer forma.
   Assim que cheguei em casa me joguei na cama e fechei minha porta, meus pais não estavam lá novamente e isso significava que ficaria sozinho(a) até Dylan me buscar. Teria tempo o suficiente para resolver o conflito interno na minha cabeça.
   (Se ele tentar me beijar, será que o beijo?)
   Minha cabeça já doía de novo e eu nem percebi quando me rendi ao sono, só quando acordei com meu travesseiro babado e minhas roupas de escola amassadas.
   (Que maravilha de elegância que eu tenho para dormir, puta que pariu.)
   Assim que levantei fui direto para o banho, já que era de noite. Perdi minha tarde dormindo e por ironia sonhei com os meninos. Sonhei que Robin e Dylan brigavam um com o outro, o que cá entre nós seria bem provável. Eu estava realmente afetado(a) com a falta de presença do Robin mas feliz pelo convite do Dylan, é aí que está. Minha consciência pesava porque eu amava o Arellano, mas não podia insistir em algo que nos machucou as duas vezes em que tentamos. Talvez o novo menino não fosse tão ruim assim, ele era legal e bonito.
   Namoros de pré adolescência são isso certo? Ache alguém bonito e legal e fique com ele, não se apaixone porque assim, acabará pior do que quando estava sozinho(a). Essa era a regra da vida.

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   Ui que agora não teve briga, mas vai ficar meio foda de lidar. Boa sorte lindes. Eu juro que vai ficar melhor daqui alguns caps!!!
    Perdão pelos errinhos e me ajudem a decidir se posto ou não o primeiro capítulo da fic do Tristan Pravong que eu tô escrevendo 😭.
    Bjos do Azi!! 💋💭

ALIVE - The black phone, Robin Arellano.Onde histórias criam vida. Descubra agora