chapter 13. how to really love?

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Admito que, nunca pensei que estaria nessa situação em que me encontrei agora. Estava "namorando" o Dylan e sentia uma sensação enorme de conforto estando ao lado dele, mas havia um problema. Eu o amava, ou amava a sensação de ter alguém me amando novamente? Passei tanto tempo do nosso relacionamento com medo de machuca-lo que nem vi quando já estávamos juntos.
Desde o dia do encontro no Drive-in até duas semanas depois começamos a ficar sério. Dylan considerava um namoro, mas eu considerava apenas uma queda momentânea e esse era o ponto. Poderia machucá-lo tão fácil que minha consciência pesava diariamente.
   - Ei, amor! - O loiro passou a mão pelo meu rosto tentando despertar minha atenção. - Tá ouvindo?
   - Oi meu bem! - o abracei feliz. - Estou sim.
   - Ótimo, vamos andar um pouco na praça? - Pegou sua bolsa animado. - Quero jogar um pouco e quero que você me assista.
Dylan me fazia feliz de qualquer forma, por mais que em alguns momentos eu desconfiasse do meu amor por ele tudo estava indo tão bem. Não discutíamos e não discordávamos , não havia cenários de futuras brigas e coisas do tipo.
As vezes eu me lembrava do que pensei quando sai com ele pela primeira vez "nunca se apaixone de novo." Essa era um dos meus namorados da pré adolescência que eu não faria questão de amar de verdade, sei que isso é errado, mas assim como eu Dylan vai crescer e iremos terminar. Não quero correr o risco de sair machucado(a) de novo.
- Segura aqui? - me entregou sua bolsa e de lá tirou uma bola de futebol americano. - Vou lá com meu amigo Marcs. - Me deu um selinho. - Não esqueça de me dizer o que achou da jogada, ok?
  - Claro amorzinho. Arrasa! - Disse feliz.
  Ele realmente foi muito bem na jogada, não tive reação a não ser aplaudi-lo e beija-lo. Depois de um tempo jogando o vi sair do campo e sinalizando que iria comprar uma água. Ele sempre esquecia de colocar a própria dele na bolsa.
Tudo estava indo de acordo, um dia bonito na praça com meu namorado bonito comigo, mas algo estava errado, ou melhor, alguém.
   - Não sabia que tinha rebaixado seu nível assim, [nome]. - Me arrepiei ao ouvir sua voz. - Eu era melhor que ele.
   - O que está fazendo aqui Robin? Porra, você sumiu por semanas e quando volta é para me falar isso? - Me virei o encarando de novo.
Depois de tanto tempo que fiquei sem olhá-lo nos olhos me esqueci do quão expressivos os mesmos eram. Ele estava bravo, como um ciúmes, estava com olhos como de um leão.
- Patético da sua parte. Me disse todas aquelas coisas escrotas para depois aparecer aqui com um ciúmes sem razão? Perdão Robin, mas eu já segui em frente e você deveria também. Vá namorar, vá ser feliz e não julgue minhas escolhas agora.
  - Sério essa? Vai de novo ser grosso(a) comigo? Se eu vim aqui não é para te ofender ou coisa do tipo porra! Eu sinto sua falta [nome]! Passei quase dois meses fugindo de você e tentando ao máximo te evitar no corredor com esse seu novo namoradinho aí. Será que eu deveria superar ou você não me amava de verdade para ter superado em um mês?
- Eu sinto sua falta Robin, sinto sua falta todos o dias, mas por que insistiria em algo que acabava em brigas a cada momento? Por quê?
  - Porque no fundo. - Se aproximou encostando a mão no meu ombro. - No fundo você me ama e sabe que quando tentamos pela primeira vez não sabíamos como amar.
  - Está dizendo o que? Por que está me dizendo agora como que realmente se ama? Está dizendo que quer tentar de novo? Está disposto?
  - Eu sempre estive, [nome]. Fui grosso com você, mas fui assim como você foi na primeira vez. Eu quero testar de novo e acho que podemos dar certo. Por favor...
  - Robin, você pode estar disposto a testar, mas eu não estou mais... - Olhei para os lados e vi Dylan parado um pouco atrás de nós, encarando eu e o mexicano. - Eu finalmente estou tentando e conseguindo ser feliz, posso não amar meu namorado como amei você, mas amar você me machucou. Já estive disposto(a) em outros momentos e você não deu a mínima. - Tirei sua mão do meu ombro gentilmente. - Agora, acho que temos que seguir em frente e esquecer o que já aconteceu. Podemos ser amigos Arellano, mas nada mais do que isso.
  - Você tem certeza não é? - Riu nasalado e saiu andando. - Eu sempre admirei sua persistência [nome].
Fiquei o olhando ir embora. Se eu realmente tivesse esperanças de que daria certo, eu tentaria ter algo novamente, mas eu sabia que não daria. Uma amizade seria uma boa opção para termos algum tipo de contato novamente.
- Não sabia que você ainda falava com ele. - Dylan surgiu do meu lado. - Vou voltar para casa tá? Mais tarde te ligo.
- Dylan, espera! - puxei seu braço e o abracei. - Por favor, me deixe explicar...
   - Se você ainda ama ele eu não vou julga-lo(a) se decidir ir atrás dele agora. - Apontou para Robin. - Ele ainda está aqui, ainda dá tempo.
   - Não. Eu não vou atrás dele. - Disse sério.
   - Então você não o ama? - Dylan perguntou, parecia ter uma pontada de esperança em sua voz.
   - Eu não vou atrás dele porque amo ele. - Suspirei pesado me desvencilhando do abraço e olhando para ao loiro. - Eu amo ele, mas não sei se consigo amar você. Você é incrível e me fez tão bem quanto ninguém, mas do que adianta se eu vou acabar causando um amor platônico?...
   - Não adianta nada. - Me olhou com os olhos embargados. - Eu entendo você, já desconfiava desde o início. Podemos ser amigos também, não é? Ou sei lá. Eu te amo, mas não vou te forçar a ficar do meu lado. - Pegou a bolsa da minha mão e me abraçou forte de novo.
Não queria ter machucado o garoto. Eu tomei a decisão errada de ter aceitado entrar na relação desde cedo, ter aceitado aquele primeiro beijo no dia do drive-in e ter feito todas aquelas coisas de casal com ele achando que algum dia ele poderia ser igual ao Robin. Esse era meu problema, eu mudei a minha vida por um garoto. Eu deveria ter mudado por mim mesmo(a).
- Desculpa Dylan... - gaguejei chorando. - Me desculpa. - Apertei mais o nosso abraço.
Ele não disse mais nada, saiu andando e me deixou lá.
Dessa vez eu não fui atrás de nenhum dos dois, apenas segui para casa. Senti um aperto enorme no peito ao lembrar de Dylan, mas uma felicidade e orgulho próprio de não ter corrido atrás de Robin. Eu poderia sim ter causado uma confusão enorme na minha vida amorosa mas a vida é assim, ela é cheia de problemas e no fundo a sua única missão é tentar se entender, aliás do que adiantaria entender os outros e não saber nem que eu sou?

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A partir de agora meus amigos, Robin Arellano tá de volta!!! 🫶
   Esse cap tá curto e teve um corte no tempo. Sim eu quero que vocês entendam que as coisas vão acontecer no próprio tempo do(a) [nome], no caso vcs né, e que vcs nunca tem de correr atrás de alguém para acompanhar um tempo que não é seu ok?
   Perdão por erros básicos aí e beijão do Azi!! 💋🌷

ALIVE - The black phone, Robin Arellano.Onde histórias criam vida. Descubra agora