chapter 23. first love

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    - Ei mi amor! - Acordei com Robin me chamando, entusiasmado. - Acorda! Vamos sair.
    - Robin! São 04:00 da manhã! - Respondi entortando a boca. - É madrugada ainda, o que pensa que está fazendo?
    - Saindo com o(a) meu(a) namorado(a)! - Me puxou da cama rápido.
   Robin me cobriu com seu agasalho, rodeando minha cintura para eu não cair pelo sono. Me puxou escada a baixo destrancando rapidamente a porta.
   Aquela brisa fria bateu no meu rosto como água gelada me fazendo despertar na hora. Era uma sensação boa, depois de duas semanas que achamos o garoto ele já estava superando então havíamos voltado a ser próximos como nunca.
    - Posso saber onde está me levando? Pelo menos. - Perguntei enquanto sentava na parte de trás de sua bicicleta.
    - Vamos até a praça! - Sorriu para mim. - Antes que diga algo, vai ser agora!
    - Por que agora, por que hoje? - Disse apertando seu corpo contra o meu para me esquentar.
    - Você não lembra. - Me olhou incrédulo. - Hoje faz alguns meses desde nosso primeiro encontro!
   Dei um leve tapa na minha própria testa. Andava tão preocupado(a) com seu estado emocional que houvera esquecido totalmente que era aquele dia. Sorri e dei lhe um beijo na bochecha.
    - Então vamos logo!
   O caminho foi calmo. Arellano pedalava rápido e olhava para os lados com frequência, desde aquele dia da van preta ele comecara a andar com um soco inglês no bolso da calça, sempre tinha medo do que podia acontecer.
   Assim que paramos e deixamos a bicicleta no chão me levantei e reclamei de dor nas pernas por já estarem amortecidas.
    - Está com dor, gatito(a)? - Meu garoto perguntou atento.
    - Só um pouco, nada demais. - Disse massageando meus joelhos doloridos.
    - Eu te carrego então! - Sorriu ladino, me pegando no colo estilo noiva e andando até o banco da praça.
   O mesmo banco que estávamos sentados no nosso primeiro encontro.
    - Robin! - O chamei rindo. - Me solta, por favor!
   O menino obedeceu meu comando, me soltando e me girando lentamente.
    - O que está fazendo Arellano? - perguntei acompanhando o ritmo de seus passos.
    - Dançando com você ué. - Disse simples. - Assim como na primeira vez. - Me deu um selinho de canto.
   Há tanto tempo que não sentia aquele conforto e amor com ele, retribui seu selinho com um beijo de verdade. Pude sentir meu corpo arrepiando e meu sangue como se estivesse fervendo, foi a coisa mais incrível do mundo, como se aquele beijo demonstrasse amor verdadeiro, saudades, talvez fosse nosso primeiro amor.
   Dançamos no ritmo da música, suas mãos rodeavam minha cintura e eu abraçava sua nuca, tudo tão mágico e eletrizante.
    - Eu senti falta de você, [nome]. - Me olhou com os olhos brilhando.
    - Eu senti mais ainda, Robin. - Sorri o abraçando por cima.
   As coisas poderiam estar diferentes, ele poderia ter mudado, poderia estar mais sério é mais cuidadoso, mas a única coisa que nunca mudou foi nosso amor. Nosso primeiro amor.
    - Robin, eu te amo. - Disse sincero(a). Sentindo uma gota sair de meus olhos.
    - Ei! - Limpou minha lágrima passando o dedão pela minha bochecha. - Por que está chorando?
    - Porque eu achei que tinha perdido você. Eu nunca teria amado de novo.
    - Você nunca vai me perder [nome], estamos juntos e eu te amo. Você é e sempre vai ser meu primeiro amor.
   Sorri em retribuição, sendo rodado(a) novamente ao ritmo da música que quando percebi, era a mesma do nosso primeiro encontro. Todas as coisas iguais, mas o que mudava era que dessa vez nós sabíamos como amar.
    - Que tal voltarmos para casa? - Me perguntou assim que a música parou de tocar e a única coisa que ouvíamos era nossas próprias respirações. - Já está tarde e estou com frio.
    - Claro amor. - Respondi o abraçando.
   O caminho de volta foi de um silêncio confortável, eu gostava de silêncio e Robin sabia disso. Era bom ter ele porque mesmo que não falasse nada eu sentia sua presença ali comigo.
    - Posso te pedir algo, [nome]? - perguntou ansioso.
    - Está tudo bem? - Disse sorrindo. - Parece nervoso...
    - Eu meio que... - Coçou a cabeça e enfiou a mão no bolso traseiro da calça. - Você aceita namorar comigo? Agora de verdade!
    - É claro que eu! - Travei em felicidade. - Sim! Eu aceito Robin!
   O mesmo encaixou no meu dedo uma linda aliança brilhante, parecia ser cara pelo tanto que era bonita.
    - Deveria saber o preço disso? - Perguntei duvidoso(a).
    - Acho melhor não! - Disse brincando. - Comprei com meu dinheiro, relaxa.
   Não decidi mais tocar no assunto de preços, aliás isso nem importava. Agora éramos oficialmente namorados.
    Então foi naquele dia, naquele jardim da minha cabeça iluminado apenas pela luz acesa que esquecera do meu quarto, que Robin me pedira em namoro. Talvez aquela fosse a maior prova de amor que já tivéssemos feito um para o outro.
    - Que tal entrarmos e formos dormir? - Me disse saindo do abraço que eu houvera lhe dado alguns minutos atrás.
    - Sim, estou com muito frio, parece até que vai nevar! - Disse brincando.
   Assim que entramos fomos direto para o quarto e lá Robin deitou do meu lado encostando a cabeça no meu peito, obviamente estava mais cansado do que eu.
   Não conseguira pegar no sono, era 06:00 da manhã e o Sol já raiava aos poucos, mas não era como se eu ligasse para isso. Minha cabeça repetia como uma fita cassete o que Robin dissera "você é e sempre vai ser meu primeiro amor." Estava tão feliz quanto nunca estive na vida, tudo parecia tão certo, tão ajeitado e claro.
   O olhava enquanto ele dormia, porra, ele estava tão lindo. Sua pele agora estava macia e seus lábios rosados. Olhos fechados e bem desenhados, o cabelo sedoso e grande como sempre. A cada dia ele ficava mais bonito, era como se estivesse sido pintado com um pincel de ouro. Eu o amava tanto e amava também a sensação de saber que ele me amava de volta.
   Pela janela ouvia o vento batendo forte, estava frio, logo que olhei para fora pequenos flocos brancos preencheram minha visão. Estava nevando na cidade mais improvável de nevar.
    - Ei Robin... - Ia chamá-lo, mas ele dormia tão tranquilamente que desisti.
   Levantei da cama e peguei uma câmera antiga que tinha, assim gravei a visão de fora, a neve caindo e Robin deitado ao meu lado.
   "Esse vídeo é para o futuro, espero que lá eu ainda esteja com ele. Eu amo esse menino que chega a doer, mas qual seria a graça do amor se não tivesse todos os sentimentos juntos? Até mesmo a dor faz parte, mesmo que ela machuque. Dependendo de como ela vem, isso mostra que você ama de verdade."
   Desliguei a câmera a jogando na mesa de cabeceira. Me deitei no travesseiro e estava quase pegando no sono enquanto olhava no anel de namoro.
   (Meu primeiro amor.)

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   Olhem que soft!! Não coloquei anda triste para alegrar vcs e pq se não me engano, uma pessoa pediu pra eu escrever capítulos longos. Galera eu não consigo escrever muito longo não, não tenho criatividade na real, mas posso escrever coisas bonitinhas! Beijão pra vcs tá ok? Amo todos!!!
   Vim avisar também, faltam só 2 ou 3 caps pra fic acabar!! Logo eu posto a do Tristan, não me abandonem, juro que vai ser boa também! 🌷😭
   Perdão por erros!!!
   Beijão do Azi!! 💋💭

Watch you sleep - Girl in Red.
Opera House , Apocalypse & Affection- Cigarretes After Sex.
Brooklyn Baby - Lana del Rey
Amor de índio - Beto Guedes
Tempo perdido- Legião urbana.

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ALIVE - The black phone, Robin Arellano.Onde histórias criam vida. Descubra agora