chapter 7. moonlight kiss

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  Estávamos andando juntos pela rua um do lado do outro, decidimos ir de noite já que Robin disse que o céu ficava mais bonito assim.
  Nunca havia ido em um cinema à céu aberto, eu estava com um friozinho na barriga pensando no que poderia acontecer. Fiquei a semana inteira dando encima de Arellano, mas agora se rolasse algo, o que eu faria? (Certeza que vou travar na hora).
  - Chegamos! - Ele disse entusiasmado - Não é um lugar muito incrível, mas é um dos meus preferidos.
- É perfeito Robin! - Sorri encantado(a). - Que filme nós vamos ver?
   - Então, sobre isso... - Ele parou de falar para ajeitar o cabelo sem bandana e me olhar nos olhos. - Esse é o horário certo para ver massacre da serra elétrica, o que acha chico(a)?
  - Ah meu Deus! Sabia! Esse era o motivo de querer vir de noite não é? - O olhei surpreso(a).
     - Sim. - Levantou os braços em sinal de rendição. - Também porque de noite as estrelas ficam mais bonitas.
Ele cuidadosamente levantou minha cabeça para cima segurando no meu queixo, me fazendo olhar para a noite de lua estrelada.
- Achei uma frase romântica ratinho, mas vai cortar todo o clima do "céu estrelado" quando tiver uma maldita serra elétrica fatiando uma pessoa ao meio no telão. - Ri um pouco. Logo deixando de olhar para cima e o encarando.
- Ok, ok... Está certo(a) niño(a). - Enquanto falava pegou na minha mão e me puxou para dentro. - Mas mesmo assim vamos ver o filme.
Ficamos um bom tempo na fila e nesse período Arellano me abraçava com frequência. (Eta carência maldita).
   - Robin, você está carente... De novo? - Olhei para ele, que logo em seguida escondeu o rosto no meu pescoço.
- Não tô carente porra! - Resmungou. - Só tô tentando demonstrar afeto.
- Demonstrar afeto é outros quinhentos, você tá carente sim. - Disse decidido(a)
- Tá tanto faz. - Me largou e foi andando na frente
Logo que nos sentamos nas cadeiras o filme começou. (Ai Deus, fudeu). - Rato, se eu me assustar muito, você se responsabiliza por isso, não é? - O olhei aflito(a)
- Claro gatito(a), agora se prepara que vai começar. - Logo em seguida de virou para mim. - Caso você se assuste eu te protejo.
- Aham vai nessa. Por acaso vai chutar o telão gigante que tá passando o filme? - o olhei irônico(a)
- Exato. - Eu nem sei direito o que ele disse porque, aquela desgraça de serra elétrica, praticamente estourou meus ouvidos na hora.
O resto do filme, pelo menos para mim, foi cheio de sustos e pulos. Me escondia atrás do ombro do mexicano frequentemente e ele só ria.   
   Quando aquela tortura gratuita chamada de filme acabou nunca fiquei tão feliz.
- Ei, [nome]! Antes de ir embora, quer passear comigo? - Robin disse. Ele estava ansioso.
- Claro gato, mas antes de tudo. Não está pensando em me levar para o meio do mato e me sequestrar não é?
- Não né idiota, não deixaria tão óbvio assim se fosse... - Riu perverso
Fomos andando até uma praça lá perto, do lado dela tinha uma discoteca. Estava tocando uma música lenta, aquelas que os casais dançam.
- Ei levanta desse banco. - Ele me puxou para ficar em pé e colocou uma mão na minha cintura, a outra levantou minha mão livre.
- O que está fazendo bobão? - perguntei curioso(a).
- Dançando com você.
Eu não sabia como reagir, então apenas dancei. Ou pelo menos tentei.
- Não sei dançar, Robin. - disse concentrado(a)
- Sem problemas mi amor, eu te ensino. - Ele deu risada e continuou me guiando a cada batida da música.
Estava tudo tão tranquilo, estar perto do Arellano dançando. Mesmo que eu não soubesse enquanto estava com ele não havia errado nem um passo. Olhava em seus olhos tão lindos, brilhantes e vivos... Obviamente encara sua boca também.
- Está olhando muito para minha boca. - pausou a fala para me rodar enquanto ainda dançávamos. - Se quer me beijar é melhor me falar.
- Porque falar? Tem como beijar enquanto fala? - não sabia se olhava para seus olhos ou, óbvio, para seus lábios.
- Então isso é um sim? - perguntou.
   - Sim para o que, exatamente? - respondi com outra pergunta.
- Sim para um beijo. - Ele se aproximou devagar, estava tão nervoso quanto eu.
- É um sim, Arellano.
Foi a última coisa que disse antes de sentir seus lábios nos meus. Foi uma sensação tão vívida. Sempre tive medo de beijar mal, mas com Robin foi tão diferente. Foi meu primeiro beijo e foi tão emocionante. Eu não sabia muito bem o que fazer, mas parecia tão certo que eu nem me preocupei depois de uns segundos.
Os braços dele apertavam minha cintura, como se fosse para eu não me afastar. Minhas mãos seguravam sua nuca e seu ombro. Parecia tão natural que nem percebi o tempo em que ficamos lá, mas sentia a luz da lua acima de nós, e aquela noite estava tão brilhante. Não tinha do que reclamar. Era tudo tão romântico, tão doce, tão bom...
   Assim que nos afastamos por falta de ar, não pude deixar de notar o olhar brilhante do garoto.
- Isso... Isso foi demais! - Me abraçou forte.
   - Sim Robin, foi demais. - Ri o abraçando de volta.
- Acho que, foi o melhor beijo da minha vida! - Ele disse entusiasmado.
- Pera, você já beijou antes? - perguntei meio ansioso(a)
- Não, mas com certeza foi o melhor!
Dei risada. - Então como vai dizer que é o melhor? - O olhei rindo.
- Porque veio de você. - Disse simples logo depois me dando um selinho.
Nunca imaginei que beijaria uma das pessoas que eu mais me dei mal de primeira impressão, nunca imaginei que seria a pessoa em que passaria muito dos meus dias. Agora demos mais um passo, não éramos amigos. Éramos talvez ficantes? Sinceramente pouco importava, eu estava feliz naquele momento. Após ter beijado Robin Arellano. Nada mais estragaria isso.
- Acho que tenho que ir embora. - respondi triste saindo do abraço. - Meus pais chegam de viagem hoje de madrugada.
- Eu vou com você, posso?
- Pode sim ratinho. - disse sorrindo
- Sério essa? Acabamos de nos beijar e ainda me chama de ratinho? Por que ratinho? - perguntou indignado
- Você é pequeno como um ratinho ué. - disse simples
- [nome]... Lo siento mucho por lhe enformar, mas você é menor do que eu...
- Cala boca ratão. Vou te chamar de ratão então caralho. - disse bravo(a)
Ele riu muito, mas muito mesmo.
- Ratão? Meu cacete que ridículo! - Continuou rindo ao ponto de chorar.
- Hey, para porra! Vamo logo embora ratão mutante. - Sai andando na frente.
   - Espera aí, piolho de cobra.
Cheguei em casa rápido, me despedi do Robin com um selinho e subi correndo para o meu quarto.
(Meu Deus, aquilo foi tão incrível...)
   Eu estava me sentindo muito bem, foi tão bom que eu não conseguiria explicar nem se tentasse.
Ele fazia tão bem para mim. Poderia até admitir, algum dia eu me apaixonaria por Robin Arellano. Em um futuro que nem eu sabia quando chegaria.

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TOMEM ISSO PARA ACABAR COM A DEPRESSAO DE VCS.
Já fiquei com algumas pessoas na minha vida e até hoje não sei dizer como que beija galera. Fodase também.
Perdão pelos errinhos básicos aí.
Votem e chorem!!
Beijão do Azi!! 💋🌷

ALIVE - The black phone, Robin Arellano.Onde histórias criam vida. Descubra agora