chapter 15. where u are?

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   Tantas vezes que imaginei esse cenário na minha cabeça, não foi nada igual eu pensara. Robin havia novamente me chamado para um encontro, dessa vez ele gaguejou mais do que a primeira, foi engraçado.
    - Robin. - O chamei divertido(a). - Está novamente me chamando para um encontro?
    - Tô! Eu tô sim. - Sorriu desistindo de falar. - Aceita ir [nome]?
    - Claro!! - Sorri o abraçando. - Vou ficar muito feliz de sair com você de novo. Onde nós iremos dessa vez?
    - Que tal em um restaurante de verdade?
    - Robin, não tenho dinheiro para isso. - Disse sério(a).
    - Mas eu tenho! Meu tio me deu dinheiro todo mês pra trabalhar na casa do vizinho... - Tirou do seu bolso de trás uma carteira embargada de notas. - Viu? Acho que isso da!
   Puxei a de suas mãos e escondi na minha manga. - Deve dar sim Robin! Mas não saía com isso em mãos livres, está louco?
    - Só se for por você mi amor. - Sorriu ladino.
    - Não força rato. - Avisei paciente.
   Não que eu não queira que ele me ame, mas não me renderia tão fácil assim a uma relação de novo.
   Eu esperava ansioso(a) pelo meu encontro com o Robin. O garoto havia combinado de me buscar ás 18:00. Obviamente foi um grande sufoco convencer meus pais a me deixarem sair nesse horário, principalmente porque eles ficaram a parte da minha briga com o garoto.
   Desci agitado(a) ao escutar meu telefone da sala tocar, corri pelas escadas e quando atendi vi que era Finney.
    - Ei [nome]! Robin está aqui em casa se arrumando e logo chega aí! Já está pronto(a) também?
   (Merda!)
    - Já sim Finn! Pode falar pra ele que estou esperando ok? - Desliguei suspirando pesado.
   A verdade é que, cheguei da escola e dormi até 17:15. Robin me buscaria em menos de uma hora e já estava saindo da casa do Finney, não teria tempo o suficiente.
   Pulando de degrau em degrau corri para o chuveiro e tomei um banho super rápido. Sequei meu cabelo de forma mal jeitosa porque, obviamente estava correndo contra os minutos. Coloquei uma antiga calça jeans boca de sino, uma jaqueta também jeans preta e uma regata branca por baixo, não poderia esquecer de uma coisa, a bandana que Robin me dera no dia que me ajudou a limpar meu quarto da imagem de Bruce Yamada. Sua voz ainda soava como um peso na minha cabeça.
   Assim que terminei de colocar meus sapatos escutei o telefone de novo. Dessa vez era a Gwen.
    - Oi Gwenny! - Disse animado(a).
    - Oi maninho(a). O sequelado do seu namoradinho tava aqui em desespero a poucos minutos, acabou de sair para te buscar. Logo chega aí, bjos! - Se despediu e desligou o telefone na minha cara.
   (Ué, menina louca.)
   Esperei Arellano chegar ansiosamente, desde 18:00 até 18:30, mas mesmo assim nada dele. Minhas pernas doíam de esperar em pé então me sentei no meio fio da minha rua até ele chegar. Novamente nada, nem sabia que horas eram, mas era inevitável reparar no sol se pondo e nas minhas esperanças também.
   Entrei de novo e liguei para os Blake. - Hey Finn! Você sabe se Robin já saiu daí?
    - Já sim [nome]. Por que? - Finn perguntou curioso.
    - Ele tá duas horas atrasado. Já são 20:00 e nada dele chegar poxa. - Suspirei mordendo minha unha. - Será que ele fez isso por que não quer sair comigo mais?
    - Relaxa [nome]. Nem que uma ponte caísse na frente dele o Robin deixaria de aparecer. Ele vai chegar logo, só deve ter passado comprar alguma coisa pra você sei lá. Respira.
    - Tá bom, obrigada amorzinho. - Coloquei o telefone de volta no gancho e fechei a porta da casa. Me sentei no meio fio novamente e fiquei vendo os carros passando, as pessoas andando, as nuvens se mexendo, mas nada do Arellano.
   (Será que ele está bem?)
   Não me preocupei mais com as horas, já sabia que havia escurecido e que ele não viria mais. Ele não iria aparecer.
   Tranquei a casa novamente e subi as escadas frustado(a). Não iria chorar, estava duvidoso(a). Ele tinha sumido, mas pelo o que sabia tinha saído da casa de Finney, ele poderia ter desistido de última hora. Talvez algo grave tivesse acontecido com meu menino...
    - Alô? - Atendi ao telefone do meu quarto que tocava.
    - Boa noite! - Uma voz de um homem respondeu. - Sou o tio do Robin, queria saber se ele vai voltar logo para casa.
   (Ele não estava na casa dele?)
    - Boa noite senhor. - Respondi aflito(a). - Robin não está aqui comigo, nem na casa dos Blake. Certeza que ele não está no quarto dele ou sei lá?
    - Tenho certeza sim. Estou usando o telefone de seu quarto agora... - O tio dele do outro lado da linha parecia preocupado.
   Foi uma falta de educação tremenda, mas desliguei a ligação na cara do homem e coloquei o telefone novamente no gancho, ele obviamente caiu e ficou pendurado já que coloquei de mal jeito. Corri para fora de casa e olhei pela quadra inteira. Arellano não estava em lugar nenhum.
   Sentia minhas mãos suadas e meus olhos arderem, tudo parecia uma repetição do que aconteceu com o Bruce. Desaparecimento, mas ele estava em algum lugar, se saiu da casa do Finn e não fazia 24h que havia sumido então ele não era considerado "perdido". Ainda tinha chances.
   Corri até a praça onde vi de longe uma silhueta familiar a dele, corri desconcentrado(a) e ansioso(a), mas assim que coloquei minha mão no ombro da pessoa não era ele.
   (Onde ele está?)
   Pedi desculpas para a garota que confundi, com vergonha óbvio. Mas não fiquei muito tempo por lá porque em seguida corri até o Drive-in que fomos na primeira vez. Nada dele. Cortei caminho para o restaurante que ele comentou. Nada também. Onde diabos esse garoto estava?
   Em algum momento da minha procura, eu cansei e me sentei no chão, acumulando uma frustração e preocupação que fariam um mal terrível para mim depois. Esperei e esperei até criar força nas pernas que tanto forcei para correrem e voltei mancando para casa. Chegando lá fechei a porta, não a tranquei, e deitei no sofá com um pote de sorvete na mão que tinha comprado no caminho de volta. Fiquei até de madrugada esperando ele, não tinha passado a chave na entrada porque ele ainda podia passar por lá. Estava seriamente preocupado(a), mas Robin era forte e sabia se cuidar, voltaria em algum momento.
   Pensei, pensei e pensei. Não tinha ideia de onde o menino estaria. De tanto que tentei imaginar acabei dormindo na sala com a porta destrancada para caso ele voltasse. Antes de me render ao sono não pude deixar de dizer.
   (Robin, onde você está?)

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   Comecei a tragédia e clímax da fic galera. Se vcs acharam que o término foi a confusão, vocês não estão preparados pro que vai vir...
   Perdão por errinhos de coesão, coerência e ortografia. Não me matem tbm galera, preciso de conteúdo pra fanfic!!
   Beijão do Azi!! 💋💭
  

ALIVE - The black phone, Robin Arellano.Onde histórias criam vida. Descubra agora