chapter 1. Robin Arellano

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[nome] vision:
No começo eu nunca imaginaria estar aqui, digo, em uma escola diferente. Pessoas me olhando enquanto ando pelos corredores como se eu fosse um animal exótico, na verdade só sou de uma escola diferente ou pelo menos era.
Ando como se não estivesse com medo do que me aguardava até a hora do intervalo, para mim se eu sobrevivesse até aquele momento estaria tudo bem , aliás é nessas horas que podem haver brigas, e pelo meu histórico não queria acabar sendo alvo do público por violência.
Eu odeio chamar atenção, quer dizer, de vez em quando até que vai, mas quando envolve conflitos e até mesmo sangue eu prefiro passar longe, ou pelo menos evitar "cair no soco" com alguém quando tem muitas pessoas ao redor.
   - Ei chico(a), não olha por onde anda não? Está em um corredor, acho que seria bom sair desse seu mundinho e focar no caminho!
   - E quem é você? Educação sempre é bom moleque estranho! - rebati, estava inseguro(a) de estar naquele local. Como é que agiria numa boa após uma patada dessas? Não queria ser grosso(a), mas foi impulsivo...
- Olha, eu estou indo brigar com um hijo de puta nesse momento! Então, a não ser que queira acabar fudido(a) igual ele saia logo e me deixe passar. - Não disse mais nada, apenas me empurrou e saiu andando como se eu fosse um belo nada.
- Ora! Não sabia que nesse colégio as pessoas bonitas seriam mal educadas. - ele não ouviu, e dei graças a Deus no fundo. - Nunca quis tanto estar em outro lugar.
Depois daquilo percebi que ainda estava no meio do corredor e havia falado alto o suficiente para atrair olhares. - que maravilha [nome] você só toma no cu! - Andei e falei até a sala da diretoria, parecia melhor do que bater de porta em porta até achar a minha aula.
- Seu nome é [nome & sobrenome] correto? - A diretora, que eu nem me importei em saber o nome, disse.
- Isso mesmo, queria saber qual minha sala já que as aulas começam logo. - falei e gaguejei, ainda não estava entendo o porque do meu nervosismo e ânsia.
- Sala 203, vire o corredor à direita, ela da de frente a porta para do pátio... - em um estante tomamos um susto, o que diabos estava acontecendo lá fora? - Ouviu isso também certo [nome]? Vou dar uma olhada, espere aqui.
Essa voz... Eu já ouvi antes! - Não diretora! Eu vou, aproveito para conhecer melhor a escola e te aviso depois sobre o que está acontecendo. - Depois de ouvir aquele grito lembrei que o menino da bandana mencionou uma briga, só não pensei que seria agora.
- Então está certo! Vá e me conte na volta, caso seja briga prevejo que seja Robin Arellano... Então tome cuidado porque ele é violento e logo será suspenso! - não ouvi direito o nome porque já estava na porta, mas escutei a parte da suspensão já que parecia que a mulher fez questão de ressalta-lá.
Eu corri até o pátio, se tivesse mesmo uma briga seria melhor ver antes do que contar, não me leve a mal... Não vejo motivos de perder uma briga na questão de assistir, afinal de contas seria de camarote.
- Soque ele mexicano! - um grito veio de uma roda turbulenta.
- 'Qualé Moose, rebata! Vai perder para uma criança magrela? - uma outra voz, dessa vez mais grossa.
   Estava uma bagunça enorme ali e eu com certeza não fui idiota de tentar não ver, e assim muito rápido o "magrelo mexicano" derrubou Moose no chão com um belo chute. Socos e mais socos, expressões de medo vindo do público, Moose quase desmaiado e o mexicano em pé. Ele tinha ganhado e tinha sangue em mãos, fazia questão de tirar aquilo. Demonstrava um semblante que dizia algo como "quanto mais sangue melhor".
   - 'Hey Moose! Perdeu feio porra! - uma outra pessoa disse, mas eu nem pensei em ver quem era porque no mesmo instante em que me aproximei o vencedor olhou em minha direção, estava com raiva e orgulho próprio. Lembrei de mais cedo e só corri, sinceramente, não queria ser a próxima vítima.
   - Espere aí chico(a)!! - Ele gritou e logo pegou no meu braço de uma forma gentil só não sabia se era pela mão machucada ou por querer ser amigável e menos "assustador". - Está me devendo uma por mais cedo já que esbarrou em mim. Que tal un poco de ayuda aqui?... - ele disse, e nesse instante forcei me para lembrar seu nome... Robin! Então era ele.
   - Não me leve a mal cosplay de ninja, não nos conhecemos direito e você foi grosso comigo mais cedo, não vejo motivos para te ajudar! - disse e logo tapei a boca, esqueci que ele tinha acabado de derrubar um menino com o dobro do tamanho dele. ( mas que porra foi essa [nome]? )
   - Ok, ok... Vamos ser realistas então? Estou falando com você por obrigação, a diretora me escolheu pra isso já que você fala espanhol e "es un(a) buen(a) chico(a)" .- fez sinal de aspas na última frase, o que claramente me irritou. - Então que tal fazer seu papel de pessoa caridosa e resolver logo meu machucado? Se não percebeu estou desesperado, até sua ajuda serve!
   - Aprenda a diferenciar uma pessoa boa de uma pessoa burra. Você nem fez questão de saber meu nome e acha que pode aproveitar da boa vontade alheia? - Não estava mais com medo, estava com raiva. Aquele sotaque espanhol maldito e seu jeito de ironizar mexeu comigo em um mau sentido, e eu não deixaria barato.
   - Porra, não pode só fazer isso logo? Vamos, não complique algo que já está embaralhado. Apenas me ajude e não nos falamos mais ok? - ele me encarou e por um segundo hesitei, mas se eu tenho uma fraqueza, ela é troca de olhares.
   - Não pense que sou legal só porque vou te salvar dessa. - assim que terminei minha frase que era para soar ameaçadora, o puxei para sentar em um banco atrás de nós.
   - Tenho fita aqui, se quiser para ajudar... - Robin parecia manso agora, não havia o encarado já que odiava olhar nos olhos das pessoas, mas mesmo assim não estava entendo essa bipolaridade.
   - Está louco de cobrir com fita porra? Quer cobrir o machucado ou cortar a circulação sanguínea? - Eu por outro lado ainda estava ofendido(a) pelo comentário dele.
   - ¡Dios Mio! Sua educação está enfiada em qual local? Aposto que no meio do seu c- Aí! Isso dói, porra! Está louco(a)? - Ele gritou antes de me xingar, admito que foi satisfatório ver ele calado por pelo menos um momento. Único segundo de paz que tive nessa escola até agora.
   Eu ri dele, e ri muito. O atrevido estava me humilhando mas esqueceu que quem estava colocando as bandagens e regulando o "aperto" era eu. - Que grito mais fofo! Não combina nada com seu perfil de marrento! - Eu disse entre soluços, não sabia se ria ou se chorava de tanta dor no estômago que sentia já.
   - Pare com isso caralho! Não vejo a hora de você terminar de enfaixar minha mão pra eu não ver sua cara nunca mais. - agora sim, ele não estava mais manso, estava irritado de novo.
   - Também não vejo a hora, ah pera! Vejo sim e é agora, pode vazar otário. - falei e me levantei. Sai andando e nem fiz questão de pegar meu mini kit de machucados. Poderia estar pilhado(a) de raiva, mas sabia que ele faria mais bom uso do que eu.
   - Tchau piolho de cobra! Espero que caia no corredor e quebre esse seu nariz empinado. Idiota!! - acenou com o dedo do meio para mim. Eu riria se não tivesse puto(a) por ser chamado(a) de "piolho de cobra".
   Eu espero nunca mais ver ele.
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Amores!! Opinem sobre pfvr, eu ia colocar mais coisa mas tenho preguiça até de beber água, imagina de escrever né 💭.
Perdão por erros de coesão, coerência e ortografia. Revisei três vezes e ainda tenho medo de errar.
Beijão do Azi, se cuidem e votem! 💋

ALIVE - The black phone, Robin Arellano.Onde histórias criam vida. Descubra agora