O Labirinto de Labirintos dentro do Apartamento (Partes 5 e 6)

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BLOCO E

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BLOCO E

Apartamento 521

— Olá, bom dia.

— ...

— Prazer, meu nome é Júnior, a gente é vizinho, eu sou do BLOCO D, nº 421. Eu sou amigo do Patrique. Já faz uns dias que tô tentando entrar em contato, mas ele me disse que você é um cara mais reservado mesmo... Legal essa sua máscara. Daora. É uma referência àquele filme, Halloween, não é? Achei o máximo. Como era mesmo o nome do assassino? Michael alguma coisa? Não tô lembrado. Eu não sei seu nome. Você é o...?

— ...

— Tudo bem se não quiser falar. Será que eu poderia entrar? Eu tenho uma proposta pra te fazer, cara. Eu gostaria de obter algumas informações... informações sobre uma pessoa específica, porque eu tenho um blog e... não, não! Por favor, não fecha a porta na minha cara, não. Eu posso te dar cento e cinquenta reais. Ei, ei, pera aí, não, não fecha a porta. Eu posso te oferecer outras coisas. O que é que você quer? Quer colocar uma faca no meu pescoço? Pode pôr! Quer que eu grite e entre em pânico e comece a chorar aqui? Eu posso fazer isso também. Eu te juro, eu sou capaz de fazer qualquer coisa se você compartilhar comigo o que você compartilhou com o Patrique, porque ele se recusa, ele se recusou de tudo o que é jeito a me contar algo sobre o tal fugitivo do manicômio, e eu sou muito curioso, cara, muito mesmo, e eu tenho esse blog onde eu escrevo sobre uns temas sinistros e acho que essa história é a cara do meu público. Eles vão adorar conhecer mais sobre esse tal lorde psicose que talvez seja conhecido seu ou sei lá o quê. Me conta aí, velho, eu quero saber também. Eu deixo você fazer o que quiser comigo. Te juro. Tudo o que tu quiser. Faço completo, do início ao fim, e não reclamo, tanto que você me prometa que eu vou sair inteiro, ileso, sem nenhuma parte do corpo ferida... tanto que você me prometa isso eu topo absolutamente tudo. Valeu, meu parceiro, valeu, eu sabia que tu ia se interessar, dá licença. Olha, até que seu apartamento é bem bacana, hein? Uau, esses móveis devem ter sido caros. Que pintura é aquela ali? Eu juro que já vi esse quadro em algum lugar. Você é colecionador de arte?... É verdade que você pagou pelo apartamento à vista? De todos os que eu visitei aqui o seu é com certeza um dos melhores. Que lustre maravilhoso... ele já tava aqui quando você veio? É... com certeza cento e cinquenta reais não teriam te convencido...

— Senta aí, pode ficar à vontade. Você deseja alguma coisa?

— Ei... você... você tem língua então. E que voz bonita que tu tem, hein, cara. Você por um acaso...?

— Sem conjecturas, por favor. Essa é a regra número um.

— Entendi... acho que tô começando a entender.

— Guarde pra você. Eu não vou revelar a minha identidade. Aceita um vinho, um uísque, água?

— Eu tô de boa. Vamo deixar isso pro final da conversa. Eu posso gravar?

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