" Namphueng. "

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Porchay

Saímos da casa principal. Não quero ter que vim aqui tão cedo. Kim está tão abatido, está em outro mundo.

- Se você está pensando que eu estou bravo contigo. Fique sabendo que não estou!

- Eu sei, meu anjo. - Ele diz focado na estrada.

Continuamos o caminho até o seu apartamento em silêncio. Kim estava tenso demais. E eu sei quando ele está nervoso, ele se afasta de mim.

Mesmo sabendo que eu sou seu pontinho de paz.

Além de ter falado algumas merdas para aquele velho, que se diz meu sogro. Quanta falsidade.

Eu sou queria paz, mas sei que dentro de tudo isso não existe paz.

Saímos do carro e andamos até o apartamento. O silêncio desse homem é a pior coisa que existe.

Pior que as mentiras de Khun Korn.

- Vai tomar um banho... - Digo, enquanto acariciava suas costas.

- Uhum. - Ele beija minha bochecha, saindo do cômodo.

Me deitei no sofá, por alguns instantes. Lembrando da noite passada, meu corpo estava um pouco dolorido. Hoje pela manhã, Kim havia feito uma massagem em mim.

A minha primeira vez foi incrível. Kim, cuidou muito bem de mim. É tão saber que ele é somente meu, apenas meu.

Estamos felizes. Estávamos neste caso.

Porra, estou fazendo 18 anos hoje. E já começou, com o Korn querendo um neto do Kim.

Sorrio com os meu pensamentos.

Passou-se mais alguns minutos. Entrei no quarto, dando de cara com o Kim de toalha.

- Melhorou a tensão? - Perguntei me jogando na cama.

- Sim... - Não senti firmeza nesse " Sim ", mas vou levar em consideração.

Ele entra no closet, eu já falei no tanto que o Kim é bonito hoje? Pois é, esse homem é maravilhoso.

Virei-me para o lado, fechando meus olhos. Em seguida senti alguém atrás de mim, me puxando para mais perto.

Me virei, olhando para o rosto do mais velho. Que se mantinha sério, seu olhar era frio, igual da primeira vez que no encontramos.

Seus cabelos ainda estavam molhados, em seus lábios havia um leve bico. Seus olhos pequenos por conta da noite mal dormida.

Retirei alguns fios de seus cabelos de seu rosto, jogando para trás. Seu pescoço marcado.

Senti sua mão descer até minha cintura. Apenas escondo meu rosto na curva de seu pescoço.

- Como você soube de tudo aquilo? - Eu sabia que ele iria me perguntar isso.

Me mantive em silêncio, ouvindo a respiração pesada do homem.

- Inclusive, precisamos conversar sobre isso!

Digo me sentando, mas seus braços estavam enlaçados em minha cintura, enquanto deitava em meu colo.

- Sou todo ouvidos... - Ele disse.

- Namphueng...

- O que tem ela? - Ele perguntou.

- Ela quem me contou tudo. Ela quem mandou eu não ficar lá, ela quem me pediu para abrir os olhos! Pois ela sabia de quem estava se tratando.

- Então o estado de saúde dela...

- O laudo médico está falsificado, o Korn acredita que ela esteja traumatizada. Mas ela está bem, mas finge.

- Ela finge muito bem! - Rimos. - Mas com certeza meu pai já deve estar desconfiado dela...

- Sim. Ele não deixa você chegar nem perto, ele sabe que se você investigar mais, você coloca ele no chão.

- Eu tenho ele em minhas mãos, só tenho que esperar o momento certo de agir!

- Como assim, o momento certo? Está planejando algo?

- Não. - Cerro os olhos - Não, amor. Não estou planejando nada sem você saber!

Está mentindo para mim de novo, Kimhan?

Mas desta vez eu não engulo.

- Não confia em mim?

- Não adianta vir com esse papo. Os seus truques não estão funcionando mais comigo!

Ele se senta na cama, ficando de frente para mim.

- Desculpa, mas eu prometi para mim mesmo, que não colocaria você no meio desse assunto!

- Tudo bem, então. Pra quê mentir? Achou que eu te pegaria pelo pescoço e te jogasse pela janela?

- Talvez... - Ele deita em meu colo novamente.

Eu pude sentir seu corpo frio. Kim estava preocupado com algo, só não queria falar.
Não posso adivinhar no que ele está pensando, mas sugiro que seja em relação ao suposto filho que o Korn, quer que ele tenha.

- Perdão pelo o acontecimento mais cedo! - Ele disse, acariciando minha cintura - Meu pai precisa ser parado... E rápido!

- Está tudo bem, eu bem ligo. Só estou preocupado contigo, você está obcecado em acabar com o seu pai.

- Não se preocupe, Chay... - Ele levanta, caminhando até o closet, saindo dali vestido - Vou sair rapidinho!

Ele diz saindo do cômodo, me deixando indignado.

Kim, Kim... Eu não ligo de terminar tudo de novo, nem que eu sofra por anos. Mais um vacilo seu, e eu tomarei decisões precipitadas.

Mas resumindo. Ele vai se trancar no escritório, investigar mais umas dez pessoas, vai esquecer que é o meu aniversário e depois vai dizer que havia se esquecido.

Eu ligo? Não.

As recordações da noite passada, me deixa mais que satisfeito.

Se ele não me quer em seus assuntos, eu não vou me intrometer. Mas uma hora ou outra, ele vai ter que se abrir comigo.

Me deitei na cama.

Eu preciso dormir...

.

.

.

Até mais! 🪐

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