←take me home→ ¡benji!

fourteen

no início já tem bomba pq sim : )

#Ben

Não havia lugar em que eu olhasse e não houvesse uma pessoa. Algumas dançando, outras bêbadas, algumas flertando, outras se pegando, ou até mais que isso.

Mas ao meu lado, havia Kenji, pulando junto aos outros e sorrindo, com apenas um lado de seu headphone no ouvido. Ele controla as músicas de um jeito que nunca vou entender, mas eu acho incrível.

Já bebemos um pouco, porém queríamos mais. Então eu me ofereci para ir buscar, mesmo tendo medo, e pra falar a verdade eu fiz muitas voltas.

Kenji pediu cerveja, e ele me fez tomar também, não posso dizer que é uma das melhores coisas que já tomei. Não demorou muito para minha bexiga encher, e eu tomar a coragem de ir ao banheiro.

Kenji segura meu braço ao ver que eu estava saindo dali.

- Onde vai? - pergunta, gritando um pouco, pois era difícil ouvir.

- Ao banheiro, não irei demorar - grito também, sorrio e volto a caminhar. Tento passar um pouco afastado das pessoas ao meu redor. Demoro a achar o banheiro, mas vejo uma placa para meninos e ao lado para meninas.

Um cheiro forte passa pelo meu nariz ao entrar no lugar, um cheiro de fumaça, provavelmente de cigarro, ou outras substâncias tóxicas. Tampo o nariz e vou no mictório mais afastado da porta.

Também têm cabines, onde posso ouvir pessoas rindo alto. Ignoro totalmente isso, e continuo a fazer minha necessidade. Fico aliviado, e minha bexiga também, em seguida, lavo as mãos em uma pia bonita dali.

Saio do lugar, que não suportava mais o cheiro, volto a caminhar em direção onde estava antes.

- Ei, Ben! - alguém grita, ao ponto de eu conseguir ouvir e olhar curioso. Consigo ver alguém se aproximando. - Podemos conversar?

Meus olhos se surpreendem, minha cabeça fica confusa e a música mais alta. Darius me chamava para conversar, como eu poderia reagir a isso? E como eu não sabia que ele estava aqui?

Ele segura meu pulso devagar e me puxa para um quarto qualquer, onde não temos pessoas ao nosso redor.

- Desculpe, não acho que você ficaria confortável para falar comigo lá fora - ainda estava raciocinando. Por que eu deixei ele me trazer até aqui?

- Hm... - resmungo, minha sombrancelha se levanta. - Você está bêbado?

É a primeira coisa que solto, depois de perceber o "desculpe" em sua fala anterior. Ele ri.

- Bom, eu tomei apenas dois copos de caipirinha, você acha que isso é o suficiente para ficar bêbado? - pergunta, enquanto se escora na parede ao lado da porta. - Não estou.

- Ta legal - concordo com a cabeça. Olho ao redor, o quarto não é tão desinteressante, mas não faz meu tipo. - Então, o que você quer conversar?

Ele parecia feliz ao me ouvir dizer isso.

- Não sei como te falar isso, mas vou ser direto - diz, me assustando. - Meu pai, sentiu sua falta. Ele perguntou de você, perguntou por que você não ia mais lá em casa. Eu... acabei que, contando a verdade. - eu o ouvia atentamente. - E sério, Ben. Talvez tenha sido a primeira vez em que vi meu pai mais sério e incomodado do que nunca. Ele me falou algumas, verdades. E mesmo eu já sabendo disso, ele me mostrou o amigo péssimo que fui para você e a pessoa escrota que sou para você agora. - ele se aproxima de mim. Não posso dizer nada, as palavras não se deixam sair. - Muitas vezes, eu sentava em minha cama e me perguntava que tipo de pessoa eu sou... eu não sei o que eu me tornei, mas...