Paris - França - 09:43 - Quarta feira.
Marília mencionou que hoje é a folga dela, e que nós duas não vamos para a YSL, mas eu fiz questão de me vestir perfeitamente para desfilar pela casa dela.
Ouvi uma única batida na porta, fui até lá e abri.
- Bom dia, Maraisa. Tenho um presente para você.
Observei a caixa em suas mãos, que logo me foi entregue, eu sabia perfeitamente que era algum calçado. Até a caixa da Saint Laurent é chique, não tenho condição financeira pra pagar nem pela embalagem dessa marca.
Abri tudo rapidamente, e vi um scarpin perfeito, eu sempre quis um desses. Ele é inteiramente preto, e o salto dele é a logo da YSL.
- Achei que eu não pudesse usar saltos, Marília Mendonça...
Fiz questão de dizer o nome dela arrastado.
- Amo quando os usa, por esse motivo a proibi, por mais que você nunca tenha me obedecido.
Fui até minha cama e sentei, Sina fechou a porta e caminhou até mim. Observei ela levantar o tecido da calça social que usava, apoiou apenas o joelho direito no chão e a outra perna flexionada.
- Posso? - Ela estendeu a mão, me pedindo o salto que eu segurava.
Entreguei para ela. Eu usava apenas um vestido, e obviamente salto alto, desde que Marília me proibiu de usá-los, passei a viver com eles, principalmente agora que estou embaixo do teto dela. Estou sempre desfilando por essa enorme mansão com esse tipo de calçado.
Suspirei quando ela retirou o meu salto agulha fechado, a sensação de retirar um calçado apertado é sempre ótima, alonguei meus dedinhos dos pés e fiquei os balançando.
Marília tocou meus pés com aquelas longas mãos quentes e macias. Massageou meus dedos com uma pressão esmagadora.
- Sabe por que não pode usá-los, Carla?
- Me fale...
Mordi meu lábio inferior, sabia que isso a desestabiliza. Marília mudou a visão dos meus lábios para meus pés, tirou meu outro salto, e me calçou com o par da Saint Laurent.
- Levante-se, meu bem...
Levantei, e fiquei com Marília ajoelhada aos meus pés, nunca tive ninguém ajoelhada assim, nem mesmo homens para me chupar. Meus pelinhos se arrepiaram quando ela deslizou as mãos por minhas panturrilhas, subindo até minhas coxas.
- Os saltos são sexy. Mostra a definição perfeita de suas panturrilhas. Você caminha de uma forma lenta e provocante... - Marília passou as mãos por minhas panturrilhas, foi levantando, deslizando as mãos pelas laterais no meu corpo, onde levantou levemente meu vestido. - Eles deixam seus seios maiores e chamativos. - Suspirei quando ela tocou meus seios pelas laterais do meu corpo. - Me excita, Carla...
- Sou sua, Marília...
Marília me olhou bem nos olhos.
- Está falando isso porque está afim de transar?
- Estou falando isso porquê você me protege. Fala do meu corpo e o deseja como ninguém jamais fez. Tem um puto beijo gostoso, palavras que desestabilizam até mesmo minha alma. E a sua pegada... Ah, Marília, a sua pegada me molha inteira, me deixa pulsando. Estou falando isso, pois eu me toco todos os dias para você, antes mesmo de saber que era você.
Soltei um gritinho de surpresa quando ela me jogou contra a cama sem delicadeza alguma. Marília ficou parada na minha frente. Minha intimidade se contraiu quando vi ela desabotoando o blazer que usava e jogando pelo chão. Em seguida desabotoou os pulsos da camisa social azul bebê, arregaçou as mangas até os cotovelos. Nunca vi ela usando gravata, é sempre apenas a camisa com dois botões da gola abertos.
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In Paris | Malila.
FanfictionCarla Maraisa é funcionária do senhor João Gustavo Dias, um incrível rapaz herdeiro da agência de modelos de seu pai. Por mais que o trabalho e ser secretaria de um cara legal fosse bom, Maraisa já estava cansada de sua vida repetitiva e do dinheiro...