Capítulo 22

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Goiânia - Brasil - 08:35 - Segunda feira.

Abri a porta de casa, a primeira coisa eu vi, ou pessoas, foi as duas gays na cozinha preparando café.

Elas se viraram em sincronia para mim.

— ISA!

Maiara largou o pão que segurava e correu em minha direção, já me agarrando.

— Maraisa, o que você tá fazendo aqui? – Disse Lauana.

Me separei de Maiara e abracei minha outra amiga.

— Pensei que eu morasse aqui?

Ouvi a risada de Lamar atrás de mim.

— Oi, moço! – Disse Maiara.

— Meninas esse é Lamar, ele é motorista, segurança, amigo e mais umas mil funções para Marília Mendonça.

— Prazer em conhecê-las, senhoritas. Posso colocar as malas aqui na sala, Maraisa?

— As malas? Eu trouxe apenas uma.

Lamar arrastava a minha mala e outra enorme.

— Essa segunda mala, foi Marília Mendonça quem enviou? – Perguntei, mesmo já tendo certeza da resposta.

— Sim, foi ela. Até mais, senhorita Pereira.

— Você voltará para Paris, Lamar?

— Sim, senhora.

Balancei minha cabeça em afirmação, ele fez um cumprimento e pegou o elevador.

Entrei em casa e suspirei, de volta a realidade. Pior de tudo é o fuso horário me matando. Estou morta de sono.

— Isa, pensei que não voltaria mais. O que aconteceu?

— Maiara, era apenas uma semana.

— Mas você não estava transando com a Marília? – Perguntou Lauana.

— Sim... Raios, Lauana, ela é tão indescritível.

Me agachei em frente a mala que não era minha e abri, arregalei meus olhos vendo o que se tratava. Meu Deus, Marília é doida.

— Meu Deus Heyoon, que tanto perfume é esse? Tu vai é revender Saint Laurent?

— Isso é Marília Mendonça, Lauana, é a porra da Sina Deinert! 

Passei a mão no meu rosto, contando até 10 para não surtar. O que eu vou fazer com mais de 100 frascos de perfume?

— Por que ela te mandou tanto perfume, Isa? Vai tomar banho de perfume agora? – Maiara pegou um e abriu para sentir a fragrância. — Caramba que perfume fodido de bom!

— Foi uma pequena discussão, onde ela queria me dar essa fragrância exclusiva e eu acho que estava ganhando a discussão, até que fui ameaça-la e dizer que ela nunca mais bateria na minha bunda se cancelassem o lançamento desse perfume.

— E ela cancelou? – Perguntou Maiara. Confirmei com a cabeça. — E ela ainda bateu na sua bunda?

Mordi meu lábio inferior lembrando do sexo na sala dela.

— Fui fraca em minhas palavras.

Lauana e Maiara gargalharam alto.

— Vem, Maraisa, senta aqui no sofá e rasga tudo. Fiquei curiosa.

Fui até a cozinha tomar um pouco de água. Voltei e me joguei no sofá desocupado.

— Aí, meninas, acho que estou fodida.

In Paris | Malila.Onde histórias criam vida. Descubra agora