Capítulo 28

2.6K 231 100
                                    

(2/2)

Goiânia - Brasil - 19:56 - Sexta feira

Estava em meu quarto me arrumando para o aniversário do sogro, quando tomei banho coloquei o estimulador em mim, Marília não fazia ideia, pois ela não terá a honra de ter o aplicativo no celular, vai apenas ver eu mexendo nele. Vesti uma calcinha apertada para ele não ficar se movendo, um sutiã de bojo, para o bico dos meus seios não ficar dando bobeira por aí, e um vestido da YSL.

Marília estava sentada na minha cama, já arrumada com suas inseparáveis roupas de alfaiataria, calça corte reto, blazer e camisa. Dessa vez não eram preto, e sim de uma cor cinza escuro e tênis branco no pé.

Despedimos das meninas e entramos no carro de Lamar.

— Marília, aquele apartamento que você mencionou que alugou, ainda está alugado?

— Sim. Mas por que a pergunta? Vai me expulsar do seu quarto?

— Não... Queria dormir com você lá, sabe, mais espaço para fazer o que quiser.

Marília deu um sorriso de lado entendendo no mesmo momento minhas intenções.

— Lamar, após deixar eu e Maraisa na festa do meu pai, pode ir curtir a garota que você mencionou estar conhecendo. Eu e Maraisa pegamos um táxi para casa.

— Sim senhora! Obrigado!

Marília piscou o olho para mim.

Chegamos na festa do pai dela, tinha um grande movimento de pessoas pelo jardim. Assim que Lamar desceu, peguei o melzinho que eu tinha comprado. Vamos brincar, Marília.

— Marília, toma isso aqui. – Entreguei o envelope para ela.

— Que isso? Veneno? – Ela tacou o negócio na boca e abriu.

— E se for veneno? Já vai tomando assim?

— Acho que você não séria doida de me dar veneno, ainda nem passei todos meus bens para seu nome. Provavelmente isso é algo que me deixar com desejo sexual. Estou certa?

— Não, Marília, é só um doce.

Observei ela derramando o conteúdo na boca e chupando o envelope.

— Isso desceu queimando tudo. Tenho certeza que é alguma espécie de estimulante sexual. Não vai fazer efeito em mim, Maraisa, você de salto causa mais que isso.

— Que bom que vim com esse da YSL que você mesma me presenteou.

Lamar abriu a porta do carro, Marília desceu e me ajudou.

Marília tinha a sacolinha com o presentinho de alguns milhares de dólares. Ela entregou para uma moça da recepção, que apenas escreveu o nome dela em um envelope.

— Meu pai nunca soube fazer festa. Que coisa horrenda!

— Marília! – A repreendi.

Marília pelo visto é aquela pessoa que vai para festa e sai falando mal, mas ela é ainda pior, ela fala mal é durante a festa mesmo.

Um garçom passou servindo vinho e champanhe, ela pegou duas taças de vinho e me entregou uma, em seguida já foi levando a taça até os lábios e provou.

— Nossa senhora, vinho de péssima categoria.

Provei do meu, e o sabor não chega realmente perto do que Marília tomava por aí, parecia mais com o meu "suco de uva".

Ainda bem que não tinha ninguém por perto ouvindo aquilo e ela dizia em uma altura que apenas eu ouvisse.

— Você parece aquelas pessoas que vão pra festa dos outros e fica falando mal.

In Paris | Malila.Onde histórias criam vida. Descubra agora