37 - Game Over

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Rafaella POV

Eu sai de controle, meu instinto de sobrevivência falando mais alto que meu próprio medo. E eu o empurrei e tentei correr até a porta mas ele foi mais rápido me agarrando pelo cabelo e me jogando no chão como uma boneca. Ele subiu encima de mim em uma tentativa de me imobilizar e eu o arranhei o mais forte que pude. Minhas unhas deixaram uma marca em seu rosto e eu comecei a gritar o mais alto que pude pedindo socorro enquanto Caon tentava me calar. Entramos em uma luta corporal na qual eu sabia que ia perder mas não estava disposta a ceder. Eu não ia deixar que ele me tocasse.

Ele me imobilizou no chão e tentava tampar minha boca e eu o mordia em uma tentativa desesperada de impedi-lo.

- Você me mordeu - ele gritou irado e desferiu um tapa tão forte que meu rosto virou no impacto, senti o gosto metálico do sangue vindo do corte em meu lábio e meus olhos arderem mas as batidas na porta do andar debaixo me trouxeram de volta, assim como a ele.

Rapidamente Caon tampou minha boca para que eu ficasse quieta, e eu me debatia, cravando minhas unhas mais um vez em seu rosto até que ele me soltasse por reflexo enquanto gritava de dor.

E eu gritei por socorro mais uma vez, mais alto que pude, me agarrando nessa esperança. Mas foi apenas uma vez até que Caon agarrasse meu pescoço tão forte que era impossível respirar.

Eu estava lutando pela minha vida.


Manu POV

Eu abri os olhos e não demorou muito para recuperar meus sentidos e ficar em alerta. Ao parecer Caon não era o melhor em dopar alguém. Tentei ser o mais silenciosa que pude e achar meu celular para mandar uma mensagem à Gizelly. Eu me escondi dentro do armário da cozinha e assim que terminei de enviar as mensagens eu ouvi os gritos de rafa. Fortes e desesperados, fiquei dividida entre ir ate ela e buscar ajuda, precisava pensar rápido, precisava tomar a decisão certa. O número 911 já estava discado e eu sussurrava pedindo ajuda, eles pediam informações que eu não tinha e eu estava em pânico com os gritos de rafa. Sai de onde estava escondida e tentava achar alguma porta destrancada, eu precisava pedir ajuda mais rápido. Mais um grito e eu não consegui mais e agarrei uma faca, correndo em direção a ela. Eu precisava fazer alguma coisa agora. Eu tinha que salvar a minha irmã.

Tik tak tik tak

Os minutos pareciam horas para as duas. O não saber o que está acontecendo e o que iria acontecer era angustiante.

Rafaella POV

Do tudo muito devagar, passou-se a ser muito rápido. A sirene da polícia se fez presente e ele soltou meu pescoço me fazendo tossir violentamente enquanto procurava desesperadamente por ar. Logo as vozes dos policiais se fizeram presentes e eu procurei Caon quando ele me olhou. Em seus olhos o pânico estava refletido mas se dissipou tão rapidamente como apareceu.

Ele se afastou de mim como em um gesto mecânico e eu ouvi a porta abrir, era Manuela. Agarrada com uma faca em punho correndo em minha direção. Isso desviou minha atenção por alguns segundos antes que eu voltasse a encara-lo. Já ele pareceu nem reparar a presença de Manoela no local.

A policia continuava gritando lá fora, mandando que ele abrisse a porta. Era questão de tempo até que entrassem.

- Eles não vão me pegar - Ele disse mais para si mesmo do que para mim. Eu acompanhei seu movimento com os olhos e vi o brilho da arma - E você vai comigo rafa. - Não houve tempo para reagir, ele puxou o gatinho, atirou rápido e sem hesitar. Enquanto eu encara o seu rosto sem emoção alguma me encarar.

O barulho do tiro pareceu ensurdecedor.

Gizelly POV

A polícia recebeu uma denúncia de vizinhos e a casa batia com a descrição. Quando cheguei no local a polícia já havia chegado. Eles me mandaram ficar no carro e ordenaram que Caon saísse mas sem resposta enquanto eles tentavam negociar Caon já estava agindo.

A Policia arrombou a porta assim que ouviu o primeiro tiro e eu saltei do carro. Quando entrei na casa avistei manu correndo com sua roupa ensanguentada. Rapidamente ela indicou onde estavam enquanto uma policial conferia se estava machucada.

- Encontramos ele - foi o que o policial disse, tentei ir na direção indicada mas me impediram. Eu comecei a gritar, gritei a plenos pulmões o nome de Rafaella. Eu estava desesperada, algo muito ruim havia acontecido. Eu não fui rápida o suficiente.

- A vítima também está aqui, chamem uma ambulância!

Em uma distração da polícia eu passei por eles, eu precisava chegar até ela.

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Capitulo novo como prometido e o próximo já está adiantado. Entao comentem pra autora saber se voces querem continuacao. Ta acabandoooo povo

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