44 - Ciclos

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Último capítulo e venho pedir pela última vez que favoritem e deixem seu comentário sobre a história.  

Essa jornada de 3 anos que chegou ao fim e que sou tão apegada.

Obrigada a cada um de vocês por fazer parte disso. Vou sentir saudades 🥰

Gizelly POV

Gizelly observava toda essa interação de longe. Era uma mistura de sentimentos sobre eles e sobre si mesma. Se pegou pensando sobre sua prória família e onde estariam. Ao contrário de Rafa além de suas amigas não tinha ninguém. Ninguém a procurou e ela tampouco sabia nada deles e as vezes esse vazio chegava a gritar. Foi tirada de seus pensamentos por Rafaella que apertava sua mão e a encarava como se tentasse ler a sua mente. Rafa sempre percebia ela e ela sempre a percebia. Voltaram a se comunicar pelo olhar e isso era algo que me encantava. Nunca tinha tido uma conexão tão forte com ninguém e acho que jamais teria. Ela era a sua pessoa e fim.

Comeram com Manu e seu irmão preenchendo o ambiente. Ele contava amenidades sobre sua vida e Manu contava sobre a faculdade na qual ele parecia interessado. Mas aquele subto interesse não convencia a mim e nem a Rafaella que me encarava vez ou outra como se confirmasse meus pensamentos.

- As coisas estão muito ruins para a nossa família Manu - ele dizia mas seus olhos eram direcionados a Rafaella - Precisamos de ajuda financeira

- Ninguém da comunidade pode ajudá-los? - interrompeu Rafaella

- Estão todos mal desde o que aconteceu - Um tom acusatório não passou desapercebido por mim - E você pode nos ajudar. Você é rica agora

- Rafaella... - Manu interveio e antes que eu me metesse Rafaella me parou

- Sinto muito ouvir isso mas não vou ajudá-los. Acho que isso é algo que tem que ficar claro aqui - sua voz não tremeu nem um pouco. Eu estava impressionada.

- Caon está morto - A menção de seu nome fez Rafaella se encolher e eu cerrei os punhos - Você sabe que ele só queria te ajudar. Ele te amava

- Estranha forma de amar não acha? - Rafaella foi ácida - A minha resposta é a mesma

- Você precisa nos ajudar. Você é da familia e estanos passando necessidade. Você viraria as costas pra gente? - ele bateu na mesa e os talheres fizeram um ruído. Eu tinha ficado em alerta novamente

- Eu lamento muito que o motivo de você me procurar seja esse irmão

- Você vai renegar a sua família? - raiva que ele tentava controlar se manifestou por um segundo

- Eu não reneguei ninguém mas o que você chama de família me virou as costas e me traiu há alguns anos. Engraçado você me cobrar sentimentos por pessoas que não tiveram isso por mim. Afeto é algo que se alimenta diariamente e se não alimentado vai morrendo aos poucos. O meu amor tentou resistir como pôde, se alimentava de pequenas lembranças de momentos felizes em meio a tanto sofrimento mas ele cansou. Eu cansei.

- Você não vale nada mesmo - me olhou com desdém, a máscara caindo - Você desgraçou a sua família e arrastou a nossa irmã com você

- Não fale assim com a minha irmã - Manu gritou

Eu me levantei da mesa, aquilo tinha cruzado todos os limites. Ele não faltaria o respeito com Rafaella na minha frente.

- Vá embora. Isso é um adeus - ela disse firme e o encarava nos olhos. Deixando a certeza que não poderia ser convencida do contrário - Para você e para todos eles.

- Adeus - Manu disse atras de mim. Sua voz não escondia a tristeza e eu a abraçei. Ela cresceu com ele afinal de contas, não conseguiria ignorar a sua dor mesmo que achasse que não valesse a pena. - Desculpa Rafa. Eu pensei... eu pensei...

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