2 - Primeiro Beijo

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Não sei se conseguirei postar amanhã então estou adiantando o capitulo!!

Ps: As vezes um comentário/mensagem pode não significar nada para muitos mas significa tudo para essa escritora aqui. Obrigada meninas por proporcionaram o apoio e motivação que me fazem sentir honrada de escrever pra vocês: 

fanficsapatao

AnaCarla5378

jheniferCarvalho567

15 anos de Idade

Rafaella sempre amou estudar e o fazia escondido do pai para não ir mal na escola. Dos irmãos a mais próxima era Manoela, quatro mais nova. Manu sempre teve um espirito mais rebelde e questionador assim como Gizelly, não era atoa que Manu se espelhava nela. Rafa sempre as encobria e já foi punida várias vezes no lugar das duas. Gi e Manu se davam super bem e as duas eram o mundo feliz de Rafa. O mundo no qual ela se refugiava para se conectar emocionalmente com alguém. As pessoas nas quais ela não tinha que estar na defensiva o tempo todo.

- Gizelly você não pode mais quebrar regras o tempo todo – Rafa sussurrava – Vão nos separar e mandar você para penitência ou te expulsar – seu olhar era cheio de súplica - Não quero me separar de você Gizelly

- Não vão nos separar – Gi pareceu se assustar com aquela perspectiva e segurou sua mão – Eu vou seguir as regras. Não posso me separar de você, eu prometo

Rafa deu um sorriso fraco. Ela demonstrava cada vez menos as suas emoções, cada vez mais contida e subserviente. Rafaella ia perdendo seu brilho dia após dia.

Gi era vista cada vez mais com desconfiança pela comunidade e os pais de Rafaella estavam cada vez mais contra aquela amizade. Por mais que não demonstrasse seus sentimentos, Gizelly era o que ainda dava cor na vida de Rafaella e ser separada dela fazia ela ter a sensação do seu ar escapar pelos pulmões. Tentava sempre proteger Gizelly e faria tudo para isso mas sentia que não conseguiria protege-la para sempre, tinha medo das coisas ficarem sérias. Por quê elas podiam ficar.

Mas não era só isso que perturbava a mente de Rafaella. Ultimamente ela vinha rezando tanto até seus joelhos doerem, mas sentia que Deus não a estava escutando suas preçes. Pedia fortemente que Deus tirasse aqueles sentimentos dela. Quando estava perto de Gizelly, Rafaella sentia seu coração acelerar. Tinha vontade beijá-la como um casal que as duas viram uma vez enquanto brincavam de espiar os vizinhos. E essa vontade só estava crescendo desde então. Isso não era certo, isso era pecado e Deus a puniria por isso. Seus joelhos estavam constantemente roxos do tempo que ela ficava se punindo. Rezando arduamente para que essas vontades passassem e não passavam. Dias passaram e as coisas não melhoravam. Que Deus a perdoasse, ela estava sendo fraca por não ficar longe mas não conseguia se afastar de Gizelly.

Rafaella POV

Um dia estavam no campo ajudando na colheita de maçãs. Gizelly andava saltitando pela plantação. Ela era pura energia e só de olhá-la já tinha vontade de sorrir.

- Vamos logo Rafa – ela me pegou pela mão e saiu me arrastando – Se terminamos super rápido vamos poder ver o pôr do sol.

E assim ela me convenceu, eu fazia tudo o mais rápido que podia. Minha ansiedade de estar com ela fazia me coração acelerar, mas ela não pareceu perceber. Totalmente alheia a tudo como sempre. Terminamos tudo e nos olhamos, os rostos vermelhos e ofegantes, mas estávamos felizes por ter feito tão rápido. Isso me dava um pouco mais de uma hora antes de ter que voltar para a casa.

Caminhamos até a beira de um precipício próximo a plantação. Desde crianças era o nosso lugar secreto, sempre tentávamos fugir pra lá. Não era fácil mas eu desfrutava cada momento como esse. Era os meus momentos preferidos e eu os ansiava cada dia.

- Chegamos a tempo – ela se sentou ao meu lado – O pôr-do-sol não é a coisa mais linda do mundo?

- É sim – disse simplesmente, a cabeça baixa enquanto olhava para as minhas mãos que descansavam em meu colo. Eu estava nervosa de ter Gizelly tão próxima e nem sabia por quê. Uma mulher era capaz de gostar de outra? A mulher não sempre tinha que ficar com um homem e constituir família? Por quê então ela estava sentindo todas essas coisas? Tinha medo de ter algo errado com ela e não podia falar com ninguém sobre isso, era covarde e tinha muito medo de ser punida e não ver mais Gi.

- Você esta estranha ultimamente – levantei a cabeça e vi Gizelly me observar com o cenho franzido – Você não fala mais como antes e sempre fica se comportando estranho. Eu não gosto dessa Rafaella

- Você não gosta mais de mim? – meu coração apertou tanto, eu era tão estupidamente insegura sobre isso – Me desculpa eu... – eu apertava as mãos nervosamente incapaz de olhar nos olhos dela

- Não precisa ficar assim rafinha, só quero que me conte o que está acontecendo com você. Somos amigas e prometemos contar tudo uma pra outra, lembra? – ela segurou minha mão

- Eu estou sentindo umas coisas – eu falei baixinho apesar de estarmos sozinhas – Eu acho que não é certo, estou tão confusa e tenho vontade de fazer algo que nunca tive antes

- Vontade do que? – ela estava confusa, mas eu não conseguia dizer nada – Se você não vai me dizer, me mostre. Eu prometo não contar pra ninguém - Gizelly adorava segredos e estava animada para esse, eu estava em uma batalha interna.

No fim eu só assenti e me aproximei dela. Ela não reagiu e isso me deu coragem de continuar. Eu só encostei meus lábios nos dela. Num beijo casto, nunca havia beijado ninguém e ela também não. Isso só era permitido depois do casamento. Mas ao encontrar meus lábios no dela foi como um mini choque elétrico mas de um jeito bom. Assim que me afastei e abri meus olhos para encarar os seus. Eles me olhavam em completo choque.

- O que você acabou de fazer? – sua voz soou horrorizada e eu entrei em pânico. Sua expressão era uma mistura de nojo e surpresa. Esse era o meu maior medo. Era errado e eu havia estragado tudo. Sabia que não deveria ter feito aquilo. 

Me levantei rapidamente

- Eu-eu me desculpe Gi – me virei saindo correndo pelo campo, as lágrimas correndo pelos meus olhos. Deus ia castiga-la, Gizelly a odiava. Isso era um castigo. Era uma menina má e tinha que ser punida por isso.

Assim que cheguei em casa eu rezei. Rezei tanto para que Deus me perdoasse, eu tinha sido fraca e Deus estava me castigando

- Perdão, perdão – repetia sem parar em uma súplica desesperada

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