CAPÍTULO 3

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Bom dia!! Capítulo novo para vocês, espero que gostem. Se der tempo eu posto outro de noite. Qualquer erro eu corrijo mais tarde.

Boa Leitura!!
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Todos os pelos do meu corpo se arrepiaram ao ler aquilo. Eu desde sempre tentei me manter longe de coisas erradas. Depois que meus pais morreram, quando eu tinha oito anos, eu fui morar com minha avó materna. Ela era uma mulher pobre, mas com um enorme coração, a vizinhança a qual ela morava era bem perigosa e todos os dias ela me dizia "Sheilla, se alguém te oferecer algo diga não e vá embora, seus pais lá do céu e eu vamos ficar muito tristes se você aceitar algo". No inicio eu achava que ela falava de balas, doces ou coisas do gênero. Quando fiz quinze anos e um dos meninos da escola me ofereceu um papelote de cocaína por dez dólares eu descobri do que ela estava falando.

- Tudo bem querida? - Mari perguntou no meu ouvido.

- Tudo sim. - Engoli minha própria saliva.

Eles continuaram a conversar, até eu comecei a participar mais da conversa. Minha cabeça estava lotada de perguntas, mas estas só poderiam ser feitas a Mari. Ouvimos a porta da sala de jantar correr, porque era uma porta de trilhos e lá surgir a morena do posto de gasolina. Ela estava vestida da mesma forma, tirando o pouco de terra que havia na sua jaqueta, pude notar também sua mão enfaixada por um pano surrado. E eu estava certa, ela fazia parte da família de Mari.

- Boa noite senhores! Senhoras! - Ela cumprimentou a todos. Megan, Diogo e eu fomos os únicos que demos boa noite a ela.

- Vá se lavar e venha jantar. - Luke falou ríspido.

- Sim Senhor! - Ela ia sair, mas Mari soltou um pigarro.

- Penso que apenas a família deveria estar presente nessa ocasião. - Mari se pronunciou. Eu apenas franzi o cenho sem entender. Megan parecia surpresa com a atitude da irmã. Diogo apenas abaixou a cabeça, enquanto Joseph calou-se, deixando a decisão para o pai.

- Então vá jantar na cozinha com os empregados. - Luke falou.

- Sim senhor! Com licença, desculpem o incomodo. - Ela prestou um breve reverencia e saiu. O clima ficou um tanto estranho naquele local, eu ainda estava alheia a situação.

- Você é inacreditável Mari.

- Megan! - Joseph chamou atenção da filha. Ela apenas levou a taça de vinho a boca tomando por completo o liquido que havia ali. - Sirvam o jantar. - Michael fez um gesto de mão e a empregada sumiu numa das portas, que deveria dar para a cozinha.

Durante aquele tempo em silencio, eu só conseguia pensar na mulher. Obviamente que todos a conheciam e que Megan tinha uma ligação com ela, mas porque Luke a mandaria comer na cozinha com os empregados? Que mal teria ela se sentar a mesa conosco? Comida tem de sobra. Será que ela fez algum mal para ele? Será que ambos são rivais? Ou ela é filha de uma das empregadas e do senhor Guimarães? Porque ela é muito parecida com os Guimarães. Seus cabelos meio castanhos, sua pele clara e a característica mais marcante deles, a mandíbula bem definida e os olhos. Depois de um tempo o clima amenizou e todos voltaram a conversar. Joseph fez um brinde a nosso noivado, desejou felicidades e todos fizeram o mesmo.

Depois do jantar todos decidiram ir para a varanda conversar. Mari foi conversar com alguns dos homens que estavam do lado de fora da casa. Me deixando com seu pai.

- Como está se sentindo em relação ao casamento? - Joseph me perguntou.

- Eu estou animada. - Falei sendo sincera.

- Mari fez certo em te trazer antes de se casarem, afinal você precisa se acostumar com nossa família.

- Ela falava pouco sobre vocês, eu até me surpreendi quando ela disse que queria passar um tempo aqui.

- É bom que você se habitua com a casa e não ficará perdida quando vier morar. Lembro de uma pessoa que trouxe aqui, que ficava perdida as vezes. - Ele sorriu.

Eu apenas continuei o assunto com Joseph tentando não sair dali e começar a lançar as diversas perguntas que tinha para Mari. Eu estava impaciente, quando Mari me mandou dormir e ficou ali conversando com os homens. Quando o relógio marcou onze e doze da noite, me levantei por conta da falta de sono. Precisava falar com Mari. Eu não queria morar naquela casa, era uma casa linda, mas não era "a sua" casa, com sua esposa e sim a casa de seu pai. Desceu as escadas, enrolada em seu hobby de cetim. Decidi procurar por Mari do lado de fora da casa, mas ninguém estava mais lá. O jardim, assim como a casa, era enorme, então ela decidiu caminhar para ver se encontrava sua noiva. Andei por ali, mas nada. Cheguei até a parte de trás da casa, onde havia uma enorme piscina. Seria bom mergulhar ali nos dias de calor. Vi duas sombras num canto mais afastado da piscina e decidi ver se era Mari. Quando fui chegando perto, percebi que não era a Mari, mas sim aquela mulher que Luke mandou ir comer com os empregados.

- Você precisa acabar com... - O homem que conversava com ela parou de falar. - Quem é você? - Ele falou grosseiro. Ela se virou e seu olhar se encontrou com o meu.

- Está tudo bem Drew. - Ela falou. - Ela é a noiva de Mari. - Está tarde, não deveria ficar andando pela casa Senhorita.

- Vocês viram a Mari? - Perguntei na esperança de um deles me dizer.

- Não.

Os dois falaram ao mesmo tempo.

- Obrigada! - Falei um tanto desanimada. Comecei a voltar, mas percebi que estava perdida. O caminho parecia diferente, sem contar que mais escuro. Ouvi passos atrás de mim e talvez pelo que Thaisa me contou, eu acabei ficando com medo de quem poderia ser. Eu tentei me esconder, mas assim que me virei eu acabei dando de cara com alguns arbustos e cai em cima deles.

- Está tudo bem? - A mulher de cabelos cacheados apareceu e me ajudou sair do meio dos arbustos.

- Estou. - Eu me limpava por conta das folhas que ficaram presas no meu hobby.

- Você está indo para o lado errado. Se quiser entrar na casa, tem que voltar e seguir em frente. - Ela me instruiu. - Indo por aqui você vai chegar ao labirinto.

- É uma casa muito grande. - Sorri sem graça.

- Posso te acompanhar até a porta da casa. - Ela olhou rapidamente a hora em seu relógio de pulso.

- Eu não quero atrasar você.

- Não tem problema. - Ela sorriu de maneira doce. - Céus, seu sorriso era radiante.

- Você trabalha aqui? - Eu estava muito curiosa para saber sobre ela e sobre o porquê daquele clima todo quando ela apareceu.

- Vamos dizer que sim. - Ela colocou os braços para trás.

- Trabalha com o que? - Ela ficou pensativa e então sorriu, como se lembrasse de alguma piada.

- Na área administrativa, corte de pessoal, recolhimento de dinheiro e as vezes venda de mercadoria.

- Faz bastante coisa. - Realmente eram muitas funções. Chegamos até a porta de vidro que ficava na lateral da casa.

- Está entregue. - Ela ia saindo.

- Eu não sei seu nome. - Falei um pouco mais alto. Ela se virou novamente.

- Gabriela e o seu?

- Sheilla. - Gabriela sorriu mais uma vez e se virou, voltando a caminhar. Ainda consegui ouvir ela murmurar "Lindo nome." antes de sumir na escuridão do jardim.

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Do que será que Gabriela e Drew estavam conversando?

Não se esqueçam de votar. Beijinhos e até o próximo capítulo.

Masks (sheibi)Onde histórias criam vida. Descubra agora