CAPÍTULO 11

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Terceiro capítulo para vocês <3. Espero que gostem. Desculpem qualquer erro.
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POV GABRIELA GUIMARÃES

Minha bunda já estava quadrada, mesmo aquele assento sendo macio. Sentia os olhos dos outros sobre mim, desejando ser eu, me invejando por estar sentada, afinal o tempo de espera era longo. Depois de um tempo só havia eu ali esperando.

- O que eu falei sobre sentar assim? - Sheilla saiu do provador com um vestido super curto.

- Esse nem pensar. - Corrigi minha postura.

- Está muito curto? - Olhei para suas pernas completamente a amostra e Sheilla tentou escondê-las com aquela tira de pano que chamava de vestido.

- Se você for uma stripper está ótimo. - Fiz um sinal de positivo.

- Entendi. - Ela entrou novamente no provador. Não demorou nem cinco minutos e ela já saiu de lá novamente. Agora ela estava com uma calça preta, que tinha dois zipers dos lados e um top cropped branco.

- Uau! - Me levantei do assento e fui até ela. - Passamos de stripper para, gostosona do bar de motoqueiros. - Coloquei as mãos na sua cintura e fiquei atrás dela.

- Há Há - Ela riu sem humor.

- Sério, você está maior gata. Você vai levar. - Ajeitei meu cabelo no espelho, era uma mania.

- Acha que Mari vai gostar? - Ela me olhou insegura.

- Se ela não gostar, minha suspeitas de que ela não gosta de mulher chegam a 100% de certeza. Bom, sua bunda ta maior nessa calça, parece até que tem vida própria, eu iria gostar. - Dei de ombros e ela se virou para olhar a própria bunda.

- Minha bunda fica muito grande nessa calça. - Fez uma careta

- Sua bunda fica grande em qualquer roupa, mas não entenda isso como defeito. - Dei uma piscadinha para ela. - Veste a próxima. - A empurrei para o provador.

Era engraçado como Sheilla e eu pegamos intimidade tão rápido. Tudo começou naqueles cinco dias e só ficou pior durante essas três semanas.

Era o meu terceiro dia na casa de Sheilla. Ela não era uma má anfitriã, só desastrada. Eu, com meus dez pontos, precisava impedir, diversas vezes que ela se matasse ou tacasse fogo na casa. O dia amanheceu chuvoso e a chuva engrossou no final da tarde, agora raios e trovões cortavam os céus.

- Eu vou dormir. - Falei em meio a um bocejo. Já passava das dez e o remédio da noite sempre me dava um sono terrível. Procurei Sheilla pela sala e a vi encolhida no canto do sofá. - Tudo bem?

- Tudo. - Ela sorriu sem graça.

Sheilla era uma incógnita para mim, eu nunca sabia o que ela estava pensando ou quando ia ficar doida e me dar um abraço do nada. Nesses três dias eu tentei mantê-la longe, mas ela era invasiva, mesmo com minhas tentativas de afastá-la, algumas vezes de maneira literal. As vezes ela me chamava de babaca, mas depois voltava para perto, era como um filhotinho que se irrita e se afasta, mas não consegue ficar muito tempo longe. Não podia negar que o fato dela ter me deixado dormir em sua cama, enquanto dormia no sofá, foi um ato bem legal da parte dela, mas isso não significava que eu queria abraços o tempo inteiro. Eu estava quase dormindo quando um trovão explodiu no céu, fazendo eu me assustar com o barulho. Eu ia até levantar para ir beber água, mas a silhueta de alguém na porta me assustou.

- Aí caralho, satanás! - Gritei ao me jogar na cama novamente. Depois que ela entrou no quarto vi que era Sheilla. Meu coração estava disparado e meus pontos estavam doendo. - Sheilla, você me assustou.

Masks (sheibi)Onde histórias criam vida. Descubra agora