CAPÍTULO 44

568 48 0
                                        

Oie, mais um capítulo para vocês. Me desculpem qualquer erro nos nomes ou algo do gênero.

NÃO REVISADO❌

Boa Leitura!!
----------------------------------------------------------------

POV SHEILLA CASTRO

Antes eu queria que Luke morresse, eu o odiava, para falar a verdade. Agora, depois de conviver, de ver a forma que ele tratava minhas filhas, até mesmo Liz, que não tinha seu sangue, como Gabriela o respeitava e, mesmo ela não admitindo em voz alta, ela o amava. O funeral estava acontecendo na própria mansão, o evento duraria 3 horas, Gabriela não quis prolongar o enterro, afinal nem corpo tínhamos, era apenas tudo simbólico. Os Guimarães estavam de preto e dourado, Gabriela pediu para que todos se vestissem assim, inclusive as crianças.

- Por que não senta um pouco? - Gabriela cumprimentou todos os convidados e ainda permanecia em frente ao caixão. Ela estava usando salto e realmente não sei como ela aguentava.

- Eu estou bem. - Ela parecia tão distante e triste. Há anos ela deixou de ser uma incógnita para mim, eu consigo perceber como ela está pelo olhar.

- Vamos beber um copo de suco, Marianne pode cumprimentar os convidados um pouco.

Não dei tempo dela falar nada, apenas a puxei para um canto mais reservado da sala. Ela não precisava de suco, nem nada disso, minha Gabriela precisava de um abraço apertado e se sentir amada.

- Não faz isso Shei. - Ela murmurou me abraçando.

- Você precisa.

- Não aqui... quando chegarmos em casa. - Ela me deu um selinho e se afastou. Gabriela ainda não tinha chorado, sei que ela estava acumulando para o momento certo. Ela se afastou e voltou a cumprimentar as pessoas e eu fiquei ali de longe a observando.

As crianças estavam com Nati no jardim da mansão. Todas, sem excessão, estavam bem tristes, afinal Luke era um bisavô bem amoroso. Fui até lá e vi minha filha mais nova sentada num balanço de madeira, que havia ali, me aproximei e sentei no balanço ao seu lado.

- Tudo bem? - Ninna era idêntica a Gabriela, se negava terminantemente a chorar na frente de outras pessoas. Ela só tinha cinco anos, mas já era bem madura para a idade.

- Eu quero o bisvovô de volta.

- Seu bisvovô vai estar sempre com você, aqui. - Coloquei o indicador no lado esquerdo do seu peito. - Porque o amor torna as pessoas imortais.

- Eu quero o abraço quentinho dele.

- Eu posso te dar o meu abraço quentinho? - Ela fungou baixinho e concordou. A tirei do balanço e a abracei apertado. - Vai ficar tudo bem, meu amor.

O enterro foi bem rápido, afinal foi algo simbólico, aos poucos as pessoas iam embora e restando apenas nós. Todos parados, olhando para a lapide. Nikki foi a primeira a ir embora, pedi para que ela levasse as meninas, depois os outros foram, restando apenas Gabriela e eu. Toquei seu ombro e ela apenas abaixou a cabeça.

- Vamos amor, você precisa descansar. - Ela apenas negou.

- Por muito tempo eu o odiei. Eu desejei nunca tê-lo conhecido, desejei nunca ter nascido nessa família. - Acariciei seu ombro. - O que aconteceu? Quando foi que parei de desejar acordar do pesadelo que eu vivia?

- Você acordou?

- Acordei. - Gabriela suspirou. - Mas ainda me sinto num pesadelo as vezes.

- Nossa vida de casadas?

- Minhas obrigações. Eu sempre soube que era a primogênita e por mais que eu soubesse que não herdaria tudo, eu iria herdar a parte em que me afastei.

Masks (sheibi)Onde histórias criam vida. Descubra agora