CAPÍTULO 4

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Oii, voltei com mais um capítulo. Amanhã vou tentar postar mais dois. Espero que gostem e me perdoem qualquer erro.
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Por sorte encontrei o quarto naquela noite, mas Mari demorou tanto para voltar que eu acabei adormecendo. No dia seguinte quando acordei Mari estava dormindo ao meu lado. Eu estava ficando seriamente irritada com ela. Eu sempre tentei ser uma pessoa compreensiva, ainda mais porque nunca gostei de conflitos. Fiz minha higiene matinal e quando voltei ao quarto Mari já estava acordada.

- Bom dia! - Ela falou.

- Onde estava ontem a noite?

- Meu pai me pediu para verificar uma mercadoria que chegaria na madrugada.

- Custava me avisar?

- Pensei que estivesse dormindo..

- Você sabia que eu não estava. E quando você ia me contar que iríamos morar aqui depois do casamento? - Finalmente resolvi confrontá-la.

- Então meu pai falou é? - Parecia nem se importar.

- E você fala assim tranquila? Você está casando sozinha Mari?

- Sheilla, vão ser menos gastos. Casas são caras, mobília também. Aqui temos tudo.

- Mas não é nossa casa e você nem se quer me consultou. - Eu terminei de me vestir. - E quando você ia me contar sobre seu sobrenome ser Guimarães e sua família cuida mais do que transporte marítimo?

- O que? - Ela se levantou da cama. - Quem te contou isso?

- Não importa! O que importa é que você não me contou.

- Sheilla você está criando uma tempestade num copo d'água.

- Quer saber! Eu vou descer para tomar meu café da manhã. - Apenas sai do quarto andando rapidamente pelo corredor. Era cedo ainda, então acho que daria tempo de da uma volta no jardim. Estava andando pelo corredor, quando uma porta foi aberta e de lá surgiu Gabriela. Ela tomou um leve susto ao me ver. Em seu pescoço haviam algumas marcas vermelhas, que foi impossível não notar, mesmo com seu cabelo jogado na frente dos seus ombros, provavelmente para disfarçar. - Bom dia! - Falei.

- Bom dia!- Ela fechou a porta

- Você mora aqui também.

- Sim. - Fomos seguindo pelo corredor. Quando ouvi uma porta ser aberta novamente. Ao me virar vi Megan sair do mesmo quarto que Gabriela saiu. Com certeza aquelas marcas não eram de alergia e lá se ia minha teoria que Gabriela e Mari poderiam ser irmãs.

- Bom dia! - Megan falou.

- Bom dia! - Gabriela e eu falamos quase que ao mesmo tempo. Megan passou por nós rebolando com sua calça apertada. Gabriela me encarou por um tempo e realmente seus olhos eram iguais aos dos outros.

- Seus olhos são lindos. - Sem querer saiu

- Obrigada! - Ela sorriu. - Eu sei que não era isso o que você queria falar.

- Eu... estou confusa. - Gabriela sorriu de canto e se aproximou de mim.

- Nem tudo é o que parece ser nessa casa. - Ela sussurrou no meu ouvido. - Há muitas mascaras por ai. - Ela ia se afastar, mas eu segurei seus braços para ela continuar próxima.

- Eu posso confiar em você? - Era loucura perguntar aquilo, mas desde que cheguei ela foi a única quem me pareceu verdadeira.

- Não deveria, porque eu também sou um deles.

- Guimarães?

- Não legitimamente. - Ela se afastou de mim e voltou a caminhar pelo corredor.

Minha cabeça girava, era muita informação para mim. Até a dois dias atrás eu pensava que Mari era uma simples contadora e agora a família dela comandava a máfia portuguesa de Belo Horizonte e eu teria que morar naquela casa, sem contar que ela nem ao menos me perguntou se eu queria. Realmente as coisas estavam saindo do controle e isso me deixava com medo.

Masks (sheibi)Onde histórias criam vida. Descubra agora