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Pov Maíara

ℚuando eu desci as escadas ouvi um sermão enorme de Maraisa, mas ela parou de me meter a boca por alguns minutos quando eu sussurrei no ouvido dela que estava beijando a Marília.

Maraisa sorriu na direção de Evan e sussurrou algo no ouvido dele, em seguida me puxou pro bar.

— Metade, escuta, você não tem vergonha nessa cara, não é? — Fallou indignada.

— Amigo traga alguma coisa pra fazer criar vergonha na cara dessa desgraça, por favor.

O garçom riu e acenou com a cabeça, trazendo um copo pequeno de um negócio azul marinho.

— Toma!

— Não acho uma boa ideia, fiquei com ela porque estava bêbada...

— Toma!

Dei de ombros e virei o negócio, fazendo uma careta, parecia remédio!

— Que nojo, prefiro cerveja, amigo traz uma gelada — rapaz novamente acenou e trouxe uma cerveja.

— Me conta essa história direito!

— Ela me puxou para um quarto escuro, eu estava bêbada e pedi para ela me beijar, e ela parecia estar bêbada também...

— Por favor me diga que foi apenas um beijo rápido!

Neguei abaixando a cabeça envergonhada.

— Trás outro daquele negócio colorido — pedi pro garçom.

— Foi um belo amasso.

Maraisa abriu a boca e deu um tapa no meu braço.

— Ai!

— Você não vai mais sair de perto de mim, sua sem noção! Parece que gosta de correr atrás de quem acaba com tua vida!

— Que dramática!

— São palavras suas, sua hipócrita!

— Ok, você está certa, eu estava bêbada, não vai acontecer novamente, vamos voltar lá pro pessoal, Ok?

Maraisa revirou os olhos mas acabou concordando com a cabeça.

Eu estava um pouco perdida, como não estar?

Marília, a pessoa que infernizava minha vida, a mesma Marília nojenta e esnobe, a garota mais popular do colégio, mais linda, me beijou no banheiro, e pareceu gostar, se não fosse suficiente essa situação ser tão confusa, ainda por cima ela falou para V2 que eu era uma aberração!

E ainda me beijou novamente hoje...

Me puxou para aquele cômodo da casa por algum motivo desconhecido e me beijou.

Eu estava tão confusa, mas resolvi não pensar nisso muito, afinal estava ali para curtir e não ficar pensando em Marília, já que ela me beijou porque estava bêbada provavelmente, suspirei e neguei com a cabeça seguindo Maraisa até o pessoal.

Naiara estava lá, junto com Evan e mais duas pessoas que não lembro o nome, agradeci a Deus por ela não ter perguntado nada sobre a minha sumida, afinal eu não era muito boa em mentir, espantei Marília da minha mente e tentei curti.

— Gostei que você veio — Naiara gritou no meu ouvido pelo alto som da música, eu sorri e concordei com a cabeça, tomando um gole de minha cerveja, não queria abrir espaço para as investidas dela.

Observei ao redor, me arrependendo em seguida, afinal, encontrei Marília, ela estava me olhando com um olhar que não consegui decifrar, mas virou para outro lado depois de alguns segundos que nossos olhos se encontraram.

Ela estava linda com um conjunto de renda cropped e saia longa, os cabelos soltos e lisos, Murilo estava abraçando ela pela cintura, eles estavam na frente de um sofá branco, onde as amigas de Marília também estavam com seus namorados, Luisa estava agarrada com o seu affair enquanto Ana e Harry estavam apenas de mãos dadas conversando e rindo.

Eu neguei com a cabeça e me virei para minha turminha, não iria ficar dando atenção e nem perdendo meu tempo com Marília, ela já tinha ocupado muito a minha mente.

Começou a tocar "I'm A slave 4 U" e Naiara me puxou para dançar com ela, eu admito que estava me divertindo muito com ela, era uma garota muito legal, ela começou a dançar colada em mim, e eu como já estava bêbada novamente, apenas ria e puxava ela para mais perto.

Eu estava sentindo minha nuca suada já, mas mesmo assim não parava de dançar, estava me divertindo muito, mesmo com tudo rodando.

— CARALHO! — Gritei me soltando de Naiara quando senti algo muito gelado e molhado atingir a lateral do meu corpo, quando me virei com as mãos levantadas, tentando achar o indivíduo, e arregalei os olhos quando encontrei Marília com a mão na boca me olhando em deboche.

— Me desculpe, Naiara! Acho que já estou ruim...

Naiara balançou a cabeça e então notei que ela também tinha se molhado, na verdade, bem mais que eu.

— Poxa Marília, vou ter que me trocar agora — negou com a cabeça mas deu de ombros chateada.

— Vou lá me trocar Mai, já venho para a gente terminar de dançar — piscou sorrindo e foi em direção a entrada da casa.

Eu olhei com raiva para Marília que deu de ombros e me afastei indo até o banheiro dos empregados da casa da Naiara, o que ficava na parte de trás da casa, provavelmente esse seria o único vazio, os outros estariam com pessoas transando.

Por sorte, Naiara liberou os empregados, contratando alguns homens para serem garçom, então não tinha risco de estar ocupado, quando o encontrei, vi que era muito mais simples que o banheiro da casa.

Peguei alguns pedaços de papel higiênico e comecei a passar no vestido para tentar não ficar toda grudenta, quando olhei de relance para o espelho quase tive um infarto quando vi Marília me olhando, apoiada na porta de braços cruzados.

— Porra! — Falei, me tremendo. — Está igual assombração em filme de terror me seguindo Mendonça!

Marília riu irônica e umedeceu os lábios.
— Você é uma vagabunda — disse entre dentes, eu franzi o cenho e me virei para ela, rindo.

— Sou? E por quê?

— Estava se esfregando com a piu piu, logo após me beijar!

Eu ri mais alto, negando com a cabeça quando percebi do que ela estava se referindo.

— Eu sou alguma palhaça para te fazer rir assim PEREIRA?!

— Se eu sou uma vagabunda por isso... O que você é Marília? — Ergui as sobrancelhas.

— Talvez eu deva perguntar para o seu namorado o que ele acha que você é... Quem beija outras pessoas enquanto namora é o que?

Joguei o papel que estava em minhas mãos no lixo, resolvendo acabar com aquela situação, caminhei até a porta, mas Marília segurou meu braço me puxando para perto, me fazendo encarar seus olhos.

— Você não seria louca...

— Quer testar? — Desafiei dando um passo para frente

— Não brinca comigo...

— Eu digo o mesmo, Marília — empurrei seus ombros a fazendo bater na parede.

— Não brinca comigo! Eu não sou a porra de um BRINQUEDO! — Falei me aproximando dela.

Marilia me encarava com os olhos cintilando em raiva, observando meus movimentos, eu grudei nossos corpos e puxei sua cintura para mim.

— Está ouvindo?! — Apertei a pele macia com gosto e me aproximei mais, mordendo seu lábio inferior e puxando para mim, Marília fechou seus olhos e acenou com a cabeça, eu sorri e acabei com a distância de nossos lábios, não ia pensar em mais nada.

𝙰 𝚅adia da 𝙼inha 𝙲rush | 𝙼𝙰𝙸𝙻𝙸𝙻𝙰  Onde histórias criam vida. Descubra agora