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P.O.V Marília Mendonça

𝔼u queria segurar aquele pescoço atraente dela e a apertar até matar aquela desgraçada.

A Pereira não podia fazer isso comigo! Eu queria sacudir ela e...

Sim...

Era isso que eu ia fazer...

Eu estava com raiva dela, queria a fazer pagar por achar que pode me descartar como uma qualquer coisa quando aparece uma pessoa nova.

E sabia exatamente o que fazer para a deixar afetada...

Ah Pereira, você não devia dar tão pouco valor para mim... Você não sabe com quem está mexendo...

— Você vai se arrepender Maiara, oh se vai.

Foi a única coisa que eu disse antes de seguir para a diretoria por culpa daquela infeliz.

*

P.O.V Maiara

— Vou indo lá parceira! — Lau e eu trocamos um High Five, ela piscou para mim.

— Até segunda-feira brasileirinha! Cuidado por aí, seria uma pena machucar a belezinha que você tem — riu.

— Isso definitivamente não vai acontecer, minha bebê tem proteção divina — devolvi a piscadela sorrindo.

O motorista dela buzinou fazendo Lau revirar os olhos.

— Mamãe leva a sério horários, até, baixinha! — Levantei meu dedo do meio.

— Até barraqueira! — Ela acenou e caminhou até entrar no BMW e o carro dar partida, eu somente me levantei limpando minha calça jeans, já que estava sentada nos degraus da entrada do colégio junto com Lau e arrumei minha mochila nos ombros caminhando calmamente até o estacionamento da escola.

Estava pensando no que faria pela noite, talvez chamasse Lau para sair, talvez ir comprar umas identidades falsas, ela tinha cara de saber onde se arruma esse tipo de coisa, ri com o pensamento e tirei as chaves do bolso da minha calça, para ligar a moto.

Porém quando cheguei onde a deixei cair de joelhos no chão, com os olhos marejados.1

— NÃO! — Me levantei desesperada e fui até ela, a avaliando enquanto lágrimas caiam pelo meu rosto. — Quem fez isso com você, meu amor? Está me ouvindo? Não! Me perdoa... Isso foi minha culpa.

alisando seu tanque, antes tão reluzente e sem nenhum arranhão, agora todo amassado e arranhado, se não bastasse, suas outras partes estavam todas manchadas com tinta amarela, amassada e arranhada...

Ela ainda estava caída no chão, jogada como um lixo...

A abracei manchando meu rosto com a tinta, um pouco fresca ainda.

Foi a Marília, eu sabia.

Ela não tinha coração, era um ser humano horrível, quem faz esse tipo de coisa?!

Eu amaldiçoava o dia em que coloquei meus olhos nela, se não tivesse a conhecido, Potiguar estaria perfeita, me levando para casa, enquanto os seus pneus no asfalto provocavam um som semelhante a um cantarolar divino.

Passei muito tempo, chorando sobre ela, só me levantei quando ouvi uma conversa animada, era as garotas da torcida saindo do treinamento.

Marília estava entre elas, se despediu das garotas que entraram em seus carros, logo saindo alheias a minha presença, já que o lugar onde se deixava motos e bicicletas era um pouco mais afastado do estacionamento dos carros, e praticamente ninguém nessa escola usava.

𝙰 𝚅adia da 𝙼inha 𝙲rush | 𝙼𝙰𝙸𝙻𝙸𝙻𝙰  Onde histórias criam vida. Descubra agora