capítulo 44

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Quando Luísa voltou abrir seus olhos já era madrugada em Asgard e a maioria dormia.
Thor bateu em sua porta, mas quando não foi atendido compreendeu que a humana precisava descansar e que poderia fazer o tour por Asgard no dia seguinte.

O ruim sobre Luísa acordar durante esse horário é que para regular seu sono com o fuso Asgardiano seria ainda mais difícil.

Ela levantou-se da cama faminta, seu quarto estava escuro, ela apenas conseguia enxergar algumas coisas pelas janelas do quarto que permitiam o lunar clarear. Ela nem ao menos sabia se aquilo era mesmo a lua já que estava em um planeta completamente diferente, ela ainda tentava acostumar-se com a ideia de não estar sobre a Terra.

Green acendeu todas as luminárias de seu quarto, se sentindo melhor para caminhar nele e mais segura.
Como o lugar era gigante e mal iluminado, lhe lembrava todo tipo de filmes de terror que já assistiu, então ela foi obrigada a deixar o seu quarto o mais iluminado possível para que parasse de pensar que havia algo nos lugares que não conseguia enxergar.
Sua barriga pedia por comida, e então ela se lembrou das falas de Thor, que se ela sentisse fome a noite, poderia apenas fazer o sino soar, assim os guardas avisariam uma das criadas. Mas isso parecia muito exagero para ela, Thor disse a noite, não a madrugada. Ela não queria acordar ninguém, poderia muito bem preparar algo com suas próprias mãos.

Então ela abriu a porta de seu quarto, observando o corredor mal iluminado com alguns guardas no lugar. Ela temeu que um deles lhe impedisse de sair, mas enquanto ela caminhava pelo corredor, nenhum deles se moveu.

Ela sentiu-se aliviada com isso, o corredor extenso lhe dava frio na barriga, mas sentia-se melhor sabendo que não era a única no corredor já que os guardas estavam ali.
Procurou pela cozinha, e então lembrou que só poderia ser perto da sala de jantar, que ela sabia exatamente o caminho.
Não demorou muito para que ela encontrasse a enorme cozinha, que lhe lembrava até a de um restaurante caríssimo.

Como ela imaginou, nenhuma criada ou cozinheira no lugar. Se ela precisasse pedir, teria que acordar as coitadas, e isso era desnecessário. Então ela abriu os armários, à procura de algo.

Ela bufou quando percebeu que não conseguiria encontrar nada com o lugar mal iluminado daquele jeito, e que também precisava de luz para seu medo passar novamente. Então para não fazer muito barulho e nem chamar atenção para o lugar, ela acendeu apenas uma vela, iluminando o lugar e lhe possibilitando ver quem estava na cozinha.

Ela sobressaltou e antes que pudesse gritar ela tapou sua boca, respirou fundo com seus olhos fechados. Seu coração acelerou pelo enorme susto.

Loki estava ali em sua frente com seu semblante irritado enquanto a mulher ainda se recuperava. Ele olhava a todo instante para as entradas do lugar, para checar se alguém vinha vindo ou visto a humana.

Ele agarrou um tecido de mesa e passou pelos ombros da humana, a cobrindo por inteiro, ela franziu seu cenho e observou o tecido.

- O que está fazendo?! - Ela o questionou, não entendendo o porquê de sua atitude e seu jeito inquietante.

- Alguém viu você? - Luísa não entendia o motivo de Loki estar ali, totalmente impaciente e nervoso enquanto falava em sussurros. Ela não compreendia o motivo da pergunta, então mentiu.

- Não. - Ela tirou o tecido de seus ombros, deixando que caísse no chão. Ele a encarou por exatos dois segundos, como se fosse matá-la por ter tirado o pano. Ele agachou-se, agarrando o tecido novamente e pondo sobre ela.

- Isso é inapropriado. - A repreendeu enquanto Luísa observava suas vestes, tentando entender qual era o problema de Loki.

- Isso é literalmente uma camisola, um pijama. - Rebateu.

𝐌𝐞𝐮 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐡𝐨 𝐕í𝐜𝐢𝐨 | 𝐿𝑜𝑘𝑖Onde histórias criam vida. Descubra agora