NOVA VERSÃO
"Papai diz que eu não sou boa pra nada
Mamãe diz que eu puxei isso dele
Irmã maníaca pensa que eu estou quebrada
Irmão diz que isto está nos meus genes
Você ainda me quer? Ainda quer ser meu?" (Alterado)— Bang Bang Bang Bang, The Soho Dolls.
26 de Outubro de 2014.
Desprezado diário,
a solidão é uma companheira constante, uma sombra que me segue aonde quer que eu vá. Criada num mundo de concreto e indiferença, fui moldada pelas mãos ásperas de cuidadores que nunca foram pais de verdade. Chamá-los de "pai" e "mãe" era apenas um jogo de palavras, uma farsa que encenávamos para os estranhos que se atreviam a olhar para nós. Ate porque eles eram apenas meus cuidadores, contratados pelo infeliz do meu pai biológico.
Ninguém entende, ou talvez ninguém queira entender, o que é viver no silêncio cortante de um lar onde o amor é uma palavra proibida. Onde os gritos ecoam mais alto do que qualquer tentativa de afeto. Onde as cicatrizes não são apenas físicas, mas também marcadas na alma.
Sarcasmo é minha língua materna, e a insensibilidade, minha armadura contra o mundo. Afinal, por que me importaria com o que os outros pensam, se eles nunca se deram ao trabalho de tentar me conhecer além das aparências?
Todos têm suas teorias sobre mim. Os professores dizem que sou travessa, incapaz de me concentrar. As garotas arrancam meus cabelos como se fossem puxar raízes de uma erva daninha. E os meninos... bem, os meninos nem sequer se aproximam. Talvez tenham medo do que podem encontrar por trás do meu olhar frio e distante.
Meu pai, se é que posso chamá-lo assim, insiste que não sirvo para nada. Minha mãe... ah, minha mãe, ela acredita que herdei dele toda essa maldade que me consome. Minha irmã, a maníaca que enxerga a loucura em tudo, pensa que estou quebrada além de qualquer conserto. E meu irmão, bem, ele apenas ecoa o que todos os outros já disseram: está nos meus genes, está no meu destino, está na minha essência.
Então, aqui estou eu, erguendo muralhas cada vez mais altas ao meu redor, alimentando a fera que habita dentro de mim. Porque, afinal, se ninguém quer chegar perto, por que diabos eu deveria me importar em ser alguém diferente?
A pergunta que faço aos meus futuros namorados; Você ainda me quer? Ainda quer ser meu? Quer se aventurar pelos corredores sombrios da minha alma? Ou prefere manter uma distância segura, observando de longe, com medo de se queimar nas chamas que me consomem? A escolha é sua. Mas sei que no final a solidão é minha.
*******
Acordei sentindo como se alguém estivesse perfurando minha alma com um olhar intenso. Abri os olhos, ainda meio atordoada, e me deparei com Loki, com seus olhos tão azuis quanto o oceano mais sombrio, encarando-me a centímetros de distância. Um pulo assustado da cama e um encontro brusco com a cabeça de Loki se seguiram. — Ai! — gememos em uníssono.
Massageei minha testa dolorida e, com um olhar fulminante, lancei um ataque verbal contra o pobre deus nórdico, que se ergueu com uma postura de superioridade irritante. — Pensei que não havia como vocês ficarem mais horrendos, mas dormir ultrapassa os limites. Por que fazem barulhos tão irritantes e babam enquanto dormem? Seus travesseiros devem implorar por misericórdia.
Resmunguei, arremessando meu travesseiro "babado" em sua direção. Ele fez uma careta de nojo enquanto o objeto o atingia em cheio.
— Isso é nojento, Midgardiana, e inapropriado. — Repreendeu-me, como se eu tivesse culpa pela sua incapacidade de manter a boca fechada durante o meu sono. Cruzei os braços, irritada, enquanto ele arqueava uma sobrancelha, como se questionasse minha irritação.
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𝐌𝐞𝐮 𝐄𝐬𝐭𝐫𝐚𝐧𝐡𝐨 𝐕í𝐜𝐢𝐨 | 𝐿𝑜𝑘𝑖
Fanfiction༒𝐄𝐌 𝐏𝐑𝐎𝐂𝐄𝐒𝐒𝐎 𝐃𝐄 𝐑𝐄𝐕𝐈𝐒Ã𝐎 𝐄 𝐑𝐄𝐄𝐒𝐂𝐑𝐈𝐓𝐀, 𝐒𝐔𝐉𝐄𝐈𝐓𝐎 𝐀 𝐀𝐋𝐓𝐄𝐑𝐀ÇÕ𝐄𝐒༒ Loki novamente fez uma de suas trapaças, nenhuma surpresa para o Deus delas, mas desta vez, por conta do falecimento de Odin, quem estava sob o co...