3. Presente

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Cinco anos haviam se passado desde que Grace Penelope havia deixado o East Blue.

De início, ela havia sido levada por Garp a um lugar seguro. Este lugar era Amazon Lily, ou ilha das mulheres. Penny permaneceu naquela ilha por três anos, onde treinou, treinou e treinou até dominar várias habilidades. Ela precisava saber como se proteger, visto que sempre seria um alvo.

Na ilha das amazonas, a garota fez várias amizades, inclusive da própria imperatriz pirata Boa Hancock. A mulher a acolheu como uma irmã mais nova, a protegeu e a ensinou a se defender.

Aos 17 anos, já não era mais seguro para as habitantes de Amazon Lily que Penelope permanecesse ali. Apesar de relutarem muito, as mulheres a deixaram ir, com a confiança de que a mesma saberia se cuidar.

Desde então, Penny, agora com 19 anos, vive como nômade. De ilha em ilha, povoado em povoado, ela deixa um pedacinho de seu coração. A saudade de casa, de sua família, de seus amigos, passou a confortá-la.

Ela sabia que Luffy acabava de completar 17 anos, e que cumpriria sua promessa de sair para o mar e se tornar o rei dos piratas.

E também tinha Ace.

Ela acompanhara todas as notícias sobre ele. Quando ele saiu com seu próprio bando pirata, quando foi convidado para ser shichibukai. Quando se tornou o imperador das chamas e quando se tornou um dos filhos de Edward Newgate. Penelope se sentia orgulhosa, mais orgulhosa que nunca.

E Ace também deve ter visto notícias sobre ela. Ou melhor, não viu notícias. Apenas um cartaz de procurado e talvez alguns boatos.

Grace Penelope era procurada simplesmente por ser usuária da akuma no mi da anulação.
Seu poder era anular os poderes de todo e qualquer fruto do diabo.

Nunca fora sua intenção lutar com ninguém, batalhar ou ser uma ameaça. Mas o fato de ter comido o fruto já implicava tudo isso.

(...)

Penny estava na ilha Hand, famosa por seus artesãos e por ter um formato de mão. Seu log pose havia a levado para lá, e quando chegou percebeu uma bandeira pirata. O território era protegido pelo Barba Branca, portanto, não deveria temer.

A mulher entrou no primeiro bar que viu e se sentou no balcão. Pediu o de sempre: whisky duplo com gelo.

Ela permaneceu ali sentada, apreciando seu drink. O bar estava cheio e ela definitivamente não queria ser notada.

No entanto, a mesma começou a ouvir uma voz que há tempos não ouvia.
Ela temeu em virar para ver o dono daquela voz, mas o fez mesmo assim.

Ela arregalou os olhos. Estava mesmo vendo Portgas D. Ace diante de si?

- Ace?

Ele olhou para ela, e seus olhos pareceram se perder naquele mar azul.

- Ace!

Penny se levantou e saiu correndo para abraçá-lo. Quando os corpos se chocaram, era como se tudo estivesse se encaixando. Penelope o abraçou com toda a força que tinha, e queria ficar naquele abraço para sempre.

Quando realmente se deu conta, Ace apertou os braços ao redor da mulher e percebeu que seus  cabelos cheiravam a flores do campo.

- Penny...

- Ahem.

Um homem loiro com um cabelo esquisito chamou a atenção dos dois. Somente nesse momento, Penelope percebeu que Ace estava numa mesa com vários outros homens. Ela corou imediatamente e desfez o abraço.

- Ace, não vai nos apresentar a sua... amiga? - um outro homem ruivo com um topete perguntou.

- Essa aqui é a Penny. Ela é minha melhor amiga.

Penelope deu um sorriso tímido. Então ele ainda a considerava sua melhor amiga?
Seu coração disparou.

Fire in our hearts | Portgas D. Ace x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora