7. Beijo

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O beijo entre Ace e Penelope era intenso. Os lábios se encaixavam perfeitamente, as línguas se entrelaçavam com sincronia. Vez ou outra, o rapaz mordia o lábio inferior da garota.
Durante alguns minutos, esse momento se sucedeu. O sol já havia atingido o ponto máximo no horizonte. As mãos de ambos revezavam entre os cabelos, pescoço, cintura, quadril. Pouco a pouco se aprofundava mais.

- Cof cof.

Penny interrompeu o momento abruptamente, somente para se virar e encontrar Marco parado na frente dos dois, com os braços cruzados.

- Ah, não... - Grace corou, querendo achar um buraco para se esconder.

- Sai daqui, Marco!!!

- Acho que vocês deveriam ser mais cuidadosos, caso não queiram ser descobertos. Se o Thatch visse essa cena no meu lugar, ele iria contar pra todo mundo do navio... - o médico se explicou - além disso, o pai deve acordar a qualquer momento. Sabe como é, né... idosos acordam cedo.

- Marco. Para de falar. - Ace alertou - você fala demais!

Ignorando completamente o que seu companheiro disse, Marco agora se dirigia à Penelope.

- Penny, vamos buscar seus itens pessoais e quando voltarmos, te mostro o quarto que arrumamos pra você.

A garota sorria de orelha a orelha, assentindo.

- Vamos!

- Eu vou com ela. Você fica aí - Ace se dirigiu para Marco. - vamos, Grace.

Portgas segurou a mão da garota, indo em direção à pousada. O toque de início foi estranho para Penny, que não estava acostumada com esse tipo de afeição. Mais uma vez, ela entrelaçou os dedos nas mãos quentes do homem, que sorriu satisfeito.

Ao chegarem no local, Penelope abriu a porta de seu quarto que estava totalmente organizado. Ace riu, relembrando que a garota sempre havia sido meticulosa enquanto ele era o oposto. Claro que depois de um tempo ele também aprendeu a ser organizado. Mas isso demorou.

Colocando suas coisas numa mochila, Grace não podia estar mais feliz. Roupas, itens de higiene pessoal, seu arco e flecha, seus itens de pintura... ela colocou toda sua vida dentro dali e levou os itens para o Moby Dick, onde esperava ansiosamente por um recomeço.

E durante esses minutos, Ace a admirava. O simples fato dela estar tão feliz e sorridente a tornava ainda mais atraente.

Ao retornar para o navio, também de mãos dadas, Edward Newgate já havia despertado e tomava seu café da manhã. Ele observou os dois e soltou uma risada. Com poucos gestos ele já pôde perceber o que estava se passando entre os dois.

- Vem, vou te mostrar seu quarto.

Ace guiou Penny até o ambiente, e a mesma ficou fascinada quando abriu a porta. O quarto era pequeno, mas para ela era perfeito. Uma cama de solteiro com lençóis cor-de-rosa, um armário de madeira para que pudesse guardar seus pertences, um banheiro e uma janela com vista para o mar.

O que mais ela poderia querer?

Ela rapidamente se jogou na cama, sentindo a maciez do colchão, e o sono por ter passado uma noite em claro bateu.

- Obrigada, Ace. Esse lugar é maravilhoso! Tão incrível que vou até tirar um cochilo.

O homem sentou na beirada do colchão, encostando no batente da cama, sorrindo contente.

- Que bom que gostou. Eu também vou pro meu q... zzzzzzz

Penelope começou a rir quando notou que Ace havia pego no sono abruptamente, assim como fazia na infância.
Ela ajeitou seu corpo, fazendo-o deitar na cama e cobrindo-o com o lençol. Fechando a porta do quarto, ela encontrou um espacinho na sua própria cama, que continha Ace esparramado nela. Deitando-se no cantinho, Grace rapidamente pegou no sono, dormindo profundamente.

Fire in our hearts | Portgas D. Ace x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora