9. Praia

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- Penelope, você precisa levantar mais os cotovelos antes de soltar a flecha.

- Não consigo usar arco e flecha! Desisto, é muito difícil!

- Não vai desistir! Amazonas não desistem!

- Mas eu não sou amazona!

- Claro que é! - a imperatriz pirata respondeu. - se você é minha irmãzinha mais nova, como não poderia ser uma de nós?

Penny abriu os olhos e deu de cara com o sol brilhando por entre as frestas da janela de seu quarto. Deitada em sua cama com a cabeça encostada sob o peito de Ace, os braços agarrados nele enquanto o mesmo dormia profundamente, ela decidiu se levantar.

Quando afastou um pouco o corpo dali, sentiu os braços de Portgas a puxando mais pra perto. Ela sorriu ao vê-lo ainda com os olhos fechados, mas sorrindo timidamente enquanto a abraçava. Ele fazia carinho em seus cabelos.

Os dois ficaram assim, em silêncio, por um tempo. A paz de espírito do local foi interrompida com algumas batidas na porta.

- Grace, o almoço já está servido. Venha comer - ela pôde reconhecer a voz de Izo - eu sei que você também está aí, Ace. Vem você também.

- Indo!

O rapaz sentiu ter que deixar aquele momento, mas comer alguma coisa agora seria perfeito.

Ambos se levantaram e foram ao local de refeições.

(...)

- O que acha do meu estilo praiano, Izo? - Thatch posava, mostrando o look

- Tá mais pra pagodeiro - Izo bufou - e essa camisa é minha.

- Peguei emprestado. - sorriu - e o shorts de praia é do Marco.

- Pode ficar pra você, não precisa me devolver não - a fênix respondeu - não se deve emprestar roupa íntima.

- E cadê os pombinhos, hein? - Thatch perguntou - aqueles dois não se desgrudam.

- Ace está vindo. - Izo apontou para o rapaz, que vinha sozinho.

Portgas se aproximou do grupo. Haviam cadeiras, guarda-sóis e cangas, tudo para um perfeito dia na praia.

- Onde está Penny? - Thatch questionou.

- No quarto dela tentando escolher alguma coisa pra usar. Tem uns 20 biquínis lá, mas ela insiste que não tem nada que preste.

- Mulheres. - Marco apontou. - se bem que Izo também é assim.

- Estilo é para poucos e requer esforço. - retrucou Izo, levantando seus óculos de sol - falando nisso, lá vem ela.

Parecia um comercial de protetor solar quando Penelope veio se aproximando do grupo que se encontrava na orla. Acenando e sorrindo, o biquíni cortininha todo preto contrastava em sua pele branca e cabelos dourados.

As curvas, que até então não haviam ficado tão aparentes, agora eram visíveis para todos. Grace tinha um corpo escultural, e conforme andava pela areia, todos os olhares estavam vidrados nela.

- Oi, pessoal! - a garota finalmente chegou no local onde seus companheiros estavam. - desculpa a demora, eu estava...

Penny foi interrompida quando Ace a beijou na frente de todos. Ele não podia evitar, não quando todo mundo naquela praia olhava para ela como se fosse um pedaço de carne. Ele se mostrou possessivo, e queria deixar claro que ela era sua.

Ainda um pouco atordoada pela ação repentina do rapaz, Penelope parou o beijo e ficou extremamente corada. Ela mal podia esconder o quanto ficou sem graça com aquela demonstração de afeto na frente de todos, mas ao mesmo tempo, gostou de ver Portgas com ciúmes.

Todos ficaram calados. Ainda bem.

Sentando-se em uma das cadeiras reclináveis, Grace tentou tomar sol, ainda que pouco. Seu corpo estava ali, exposto, mas Ace acreditava que estando ali do seu lado ninguém se atreveria a olhar para ela.

Ele percebeu estar redondamente enganado quando um de seus companheiros se aproximou da garota.

- Gostei da sua roupa, menina - Teach falou alto - ou melhor, quase roupa? Zehahahaha!

Portgas se levantou.

- Cai fora, Teach.

- Calma, Ace, eu não me atreveria a dar em cima da sua garota - Teach ficou na defensiva - estava só brincando.

- Relaxa, Ace. - Penny sussurrou para que apenas o garoto pudesse ouvir - vem, vamos para a água.

Ainda encarando Marshall D. Teach, Portgas se afastou, puxando a mão de Grace em direção ao mar.

Claro que ambos sendo usuários de akuma no mi, não poderiam mergulhar nem ir para um ponto mais profundo do oceano. Portanto, chegaram até um lugar onde a água batia na cintura de Ace.

- Não precisa ter ciúmes de mim - a mulher murmurou quando estavam só os dois, mais afastados - eu não me importo com esses comentários. De verdade.

- Eu não consigo me controlar quando tem todos esses homens te encarando como se quisessem te levar pra cama - o rapaz disse com raiva - quero que saibam que você está acompanhada.

- Estou? Não sabia - Penelope provocou com um risinho.

- Ah, não? - Ace respondeu - pois está. E eu vou deixar isso bem claro.

Portgas a agarrou debaixo da água, sem que ninguém visse, apertando sua bunda enquanto a beijava de maneira sedenta. Colocando-a sob seu colo, com as pernas abertas, ele segurou firme sua cintura enquanto ela agarrava seus cabelos.

Grace sentiu um pouco de água atingir seu rosto e se virou repentinamente para dar de cara com Izo.

- Aqui não. Melhor fazerem isso lá dentro, se não querem que o pessoal veja.

Ace bufou, e Penny riu.

(...)

- Vejam, pessoal! O pai encontrou essa akuma no mi aqui na ilha!

Uma fruta roxa, parecida com uma flor, se encontrava nas mãos de Thatch.

Barba Branca se encontrava sentado em sua cadeira imensa enquanto todos jantavam.

- Quero que fique com ela, filho. Se quiser, é claro.

Thatch sorriu.

- Vou pensar sobre isso. Obrigado, pai. Enquanto me decido tomarei conta dela.

A fruta foi colocada numa redoma de vidro. Mas ninguém notou a sede nos olhos de Marshall D. Teach no momento que pousaram sob aquela akuma no mi.

(...)

Grace já estava de pijama quando escutou 3 batidas na porta.

- Posso entrar?

Fire in our hearts | Portgas D. Ace x OCOnde histórias criam vida. Descubra agora