ᒪOᑎᘜ IՏᒪᗩᑎᗪ, 𝙽𝙴𝚆 𝚈𝙾𝚁𝙺
Gustav - 18:56 PM- Gustav meu querido. - Uma voz familiar me chamou. Merda. Merda. Merda.
- Bexey? - Falei e fiz uma pequena pausa. - Quanto tempo.
- É, eu dei uma sumida mas sempre estive pelos lugares. - Bex disse e eu só acenei com a cabeça. - Sua garota nova? - Ele pergunta.
- Somos apenas amigos. - Alicia respondeu. - Na verdade, bons amigos. - Completou.
- Apenas amigos. - Eu disse.
- Que clima chato. Mas enfim, só vim te cobrar aquela parada, me disseram que você ia estar aqui.
- Que parada? - Alicia perguntou olhando pra mim.
- Seu namoradinho aí tá me devendo dinheiro de fental e maconha. - Bex respondeu.
- A gente resolve isso por telefone.
- Não Gustav, já faz três semanas que você tá me devendo quase quatrocentos dólares. - Bex aparentava já estar um pouco impaciente enquanto disse isso.
- E você acha que eu vou tirar a grana da onde? - Pergunto e Alicia me olha.
- Faz seus corre "Peep". Se daqui cinco dias você não aparecer com meu dinheiro, se considere um homem morto. - Bexey disse dando aquele sorrisinho de canto enquanto se virava para ir embora.
- Que porra foi essa? Quem é ele? E você tá devendo dinheiro pra ele? - Alicia me interrogou.
- Ele é o George, ou Bexey, tanto faz. Algumas semanas atrás eu fiquei muito chapado e fui comprar droga cm alguns manos mas só achei ele vendendo, e aconteceu que eu comprei e não tinha dinheiro pra pagar. - Fiz uma pausa enquanto a garota me olhava.
- Continua.
- Mas eu achei que ele ia deixar essa merda de lado, quem se importa com quatrocentos dólares?
- Você é um fudido Gustav.
- É, eu sei. Seu "amigo" é um fudido. - Disse frisando a palavra "amigo".
- Qual foi?
- Nada. Vamo embora? - Pergunto.
- Ah. Okay.
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Alícia - 21:21 PMCheguei em casa e vi mamãe chorando, tentei falar com ela mas fui ignorada, meu pai estava visivelmente alterado, mas que porra aconteceu?
Apenas fui para o meu quarto e tranquei a porta antes que aquele merda quisesse falar comigo, tentei ligar para o Gus umas três vezes e ele não me atendeu, coisa que normalmente não acontece. Cadê a merda da presença que ele prometeu? Ou talvez eu seja uma garotinha egoísta que só pensa em si mesma e não vê os problemas dele, mas quem sou eu pra tirar Gustav das merdas dele?
Eu acho que no final das contas eu só dormi pensando em tudo que tinha acontecido e como talvez eu esteja muito confusa com meus sentimentos. Bom, estava dormindo até Gus decidir retornar minhas ligações de madrugada.| Te acordei? - Gustav pergunta do outro lado da linha com uma voz cansada.
| Possivelmente sim, mas o que aconteceu pra estar ligando?
| Eu tô no hospital. Digamos que algumas coisas aconteceram depois que te deixei em casa.
| QUE MERDA ACONTECEU? - Pergunto em um tom mais (muito mais) alto do que costumo falar.
| Tô te zoando, mas enfim... - O garoto parou de falar na hora que percebeu que eu estava rindo e quase indo matar ele, mas voltou alguns segundos depois a falar. - Não queria pedir isso mas eu preciso de um dinheiro.
| Por causa daquele carinha lá? O Bexey.
| Exatamente. Ele me ligou agora pouco totalmente surtado dizendo que queria o dinheiro pra amanhã, mas não tem como eu arrumar agora. Cê sabe que eu ia atrás de trampo essa semana.
| São quatrocentos dólares, certo? - Pergunto e ele concorda com um murmuro. - Olha, eu tenho uma grana guardada mas não é muita coisa, tenta ver com a Liza se ela não te dá o resto.
| E eu vou falar o que pra minha mãe? - Pergunta dando uma pausa. - Okay, foi uma pergunta retórica, e muito obrigado garota.
| De nada, eu acho. - Respondo.
| E por que você tinha me ligado?
| Na hora que eu cheguei meu doador de esperma tava aqui em casa bêbado, e mamãe chorando. Fiquei com medo de que algum merda tivesse acontecido ou de então que ele fizesse algo comigo.
| Ele já fez algo? - Gustav perguntou em um tom extremamente compreensível, nunca tinha visto ele falando assim, e eu apenas concordei. - Sinto muito. Quer que eu vá ficar aí com você, ou quer vir pra cá?.
| Olha, não tem como você entrar na minha casa sem que ele perceba e isso não de merda, mas talvez eu consiga sair de casa.
| Consegue fazer isso sozinha? - Pergunta.
| Aham. Me encontra na árvore daquele dia em dez minutos.
| Okay. Se cuida. - Gustav diz e eu apenas desligo o telefone.
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Que merda eu tô fazendo tentando ser "escrota" ou fingindo que não dou a mínima pra ele?
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Gustav - 04:04 AMA noite estava estrelada, eu caminhava rapidamente até a casa de Alicia. Foi quando vi a garota com seus cabelos voando e um cigarro entre os dedos.
- Desde quando você fuma? - Pergunto sem entender.
- Faz uns quinze minutos.
- Uau. Eu não começaria se fosse você, mas quem sou eu pra te dizer o que fazer, não é?
- Você pode dizer. Mas, obrigado por deixar eu ficar na sua casa hoje. - Alicia diz dando um pequeno sorriso e me passando o cigarro, que inclusive era sabor melancia e menta.
- Vem cá, me dá um abraço. - Disse e a garota fez. Abraços em noites frias são como beber um copo de água em um deserto, você precisa daquilo mas nem sempre vai ter. Separo um pouco nossos corpos e abaixo a cabeça pra tentar dar um beijo em Alicia mas ela se afasta.
- Desculpa Gustav.
- Apenas amigos, certo?
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𝚂𝚃𝙰𝚁 𝚂𝙷𝙾𝙿𝙿𝙸𝙽𝙶
FanfictionAlicia é uma garota que está começando a cursar o terceiro ano do colegial em uma nova escola, todo o enredo problemático de sua família fez com que ela parasse em Long Island, para talvez o melhor ou o pior ano de sua vida escolar. Dizem que o últi...