15: if i said i love you, what would you do?

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ᒪOᑎᘜ IՏᒪᗩᑎᗪ, 𝙽𝙴𝚆 𝚈𝙾𝚁𝙺
Gustav  - ??:?? AM

"Apenas amigos".

Isso foi a última coisa que Alicia me disse a duas semanas atrás, a garota sumiu, não vi mais ela na escola, não atende minhas ligações, absolutamente nada acontece. Já tentei contato com ela de várias formas e não sei se ela se mudou ou só quer ignorar o que aconteceu entre a gente, mas especificamente antes dela sumir.

13 DIAS ANTES.

Que merda Alicia, que merda. – Eu dizia um pouco fora de controle, tudo sobre a garota era sempre oito ou oitenta, não era algo que eu controlava. – Amigos. É isso? Então por que fingiu toda aquela merda de sentimentos medíocres.

— Gus, se acalma. – Alicia falou calmamente com os olhinhos lacrimejando. – Merda. – Penso comigo.

— Quer saber? Você é só mais uma vadia que quer fuder comigo. Eu costumava sonhar com você, mas você não é diferente das outras.

—Não? – Ela perguntou. Foi uma pergunta retórica, eu sei, então fico quieto. – Quem caralhos aguentaria esses seus surtos de merda sem ter absolutamente nada com você, encare isso. – E o ambiente voltava a ficar em silêncio absoluto, a não ser pelas leves fungadas que Alicia dava.

____

Nesse dia ela estava mais do que certa.
Mas, o que é maior do que o ego de um cara que quer o mundo?

ᒪOᑎᘜ IՏᒪᗩᑎᗪ, 𝙽𝙴𝚆 𝚈𝙾𝚁𝙺
Alicia  04:04 AM

Praia, pra mim essa é a definição de paz.
Eu decidi me afastar de muita coisa nessas últimas semanas, minha mãe gastou quase metade do salário dela pra me deixar hospedada em um hotel pertinho do mar, pra ver se pelo menos eu dou uma tranquilizada nas coisas que estão acontecendo na minha mente. Papai anda bem mais ausente, o que eu acho uma coisa boa pra mim e mamãe, aquele homem é maluco.

Conheci algumas pessoas aqui nesse lado da cidade, alguns carinhas sem personalidade e umas garotas meio infantis demais, então eu basicamente não converso com ninguém além do meu velho diário que eu trouxe pra ficar comigo.

Essa era a última noite que eu ia passar aqui então decidi apenas ficar na paz. Desenvolvi um puta de um vício em cigarro, acho que em partes é culpa dos meus pais e do Gustav, garotas bonitas e vícios feios, não é mesmo?

A maré tá alta essa noite, a nicotina corre nas minhas veias e o vento bate as vezes, era uma coisa agradável ficar sozinha, mesmo que seja errado eu ter sumido sem dar notícias pra ninguém.

Até que o telefone toca.
Quem liga pras pessoas essas horas? Não vou atender. O celular toca uma, duas, três vezes até eu ceder e atender essa merda.

— Alô? – Pergunto.

— Lis? – Voz conhecida do outro lado da linha ou eu tô ficando louca? – Qual foi, eu sei que você tá ouvindo, É o Gus. – Desligo o telefone, ele não precisa da minha atenção.

Não é como se só eu tivesse errada, mas não foi legal da parte dele. Um correio de voz é deixado no meu telefone, ele não cansa? Volto ao apartamento e clico no correio.

"Eu só tô olhando minha vida correr pelo ralo, Lis. Vi seu rosto na chuva esses dias, acho que tô ficando louco, essa merda parece uma corrida pela fama e eu vou conseguir o primeiro lugar, mas também preciso me resolver com meus demônios. Por favor retorna a ligação ou vem até a minha casa, a ligação foi gratuita, você está em Long Island, só preciso conversar contigo."

Dois minutos de blefe, sério?

Gustav é egocêntrico, por que me ligaria querendo conversar? Ele só liga pro próprio pau e a carreira dele.

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