𝚂𝚃𝙰𝚁 𝚂𝙷𝙾𝙿𝙿𝙸𝙽𝙶

22: pray for me

GUSTAV
LOS ANGELES 13:48

Depois de algumas horas, Tracy recebeu uma resposta de um dos membros da Gothboiclique. Era **Wicca Phase Springs Eternal**, o fundador do grupo. Ele disse que tinha ouvido nossas músicas e que tinha gostado do nosso estilo. Ele nos convidou para ir ao seu estúdio e conhecer os outros integrantes.

Tracy ficou eufórico com a notícia. Ele me mostrou a mensagem e me abraçou, dizendo que era a nossa chance de fazer parte de algo maior. Eu também fiquei feliz, mas um pouco nervoso. Não sabia como seria conhecer os outros artistas e se eles iriam nos aceitar.

- Vamos lá, Peep. Não se preocupe, eles vão gostar da gente. Nós temos talento e personalidade. - Tracy me encorajou.

- Tudo bem, vamos nessa. - Concordei, tentando parecer confiante.

Pegamos nossas coisas e fomos para o endereço que Wicca Phase nos enviou. Era um prédio antigo, com uma placa que dizia "Gothboiclique". Entramos e subimos as escadas até o último andar. Lá, encontramos uma porta com um adesivo que dizia "GBC".

Tracy bateu na porta e esperamos alguns segundos. A porta se abriu e vimos um homem de cabelos escuros e olhos verdes. Ele usava uma camiseta preta com o símbolo da Gothboiclique e uma calça jeans rasgada.

- Olá, vocês devem ser o Tracy e o Peep. Eu sou o Wicca Phase Springs Eternal, mas podem me chamar de Adam. - Ele se apresentou, com um sorriso amigável.

- Prazer em conhecê-lo, Adam. Nós somos grandes fãs do seu trabalho. - Tracy disse, com entusiasmo.

- Obrigado, eu também gostei muito das suas músicas. Venham, entrem. Vou apresentá-los aos outros. - Adam disse, nos convidando a entrar.

Entramos no estúdio e vimos vários equipamentos musicais espalhados pelo ambiente. Havia também alguns sofás, pôsteres, revistas e CDs. No canto, havia um grupo de pessoas conversando e rindo.

Adam nos levou até eles e começou a fazer as apresentações.

- Pessoal, esses são o Tracy e o Peep, dois artistas que eu descobri no Soundcloud. Eles fazem um som muito bom e querem fazer parte da Gothboiclique. - Adam disse.

- Olá, bem-vindos ao nosso grupo. Eu sou o Lil Tracy, mas podem me chamar de Jazz. -

- Oi, eu sou o Cold Hart, mas podem me chamar de Jayden. - Outro rapaz de cabelos castanhos e olhos castanhos disse, nos dando um sorriso simpático.

- E aí, eu sou o Horse Head, mas podem me chamar de Patrick. - Um terceiro rapaz de cabelos pretos e olhos verdes disse, nos acenando.

- Olá, Patrick. É um prazer conhecê-lo. - Tracy disse, retribuindo o aceno.

- E eu sou o Lil Peep, mas podem me chamar de Gus. - Gustav dizia, o garoto de cabelos rosa e olhos castanhos se aproximou e cumprimentou todos aí redor com um aperto de mão. Gus usava uma jaqueta de couro preta, uma camiseta branca com o rosto de Kurt Cobain e uma calça jeans preta. A nova tatuagem "cry baby" em sua testa provavelmente tomava todo o destaque de seu rosto. - Vocês têm um som muito original e sincero.

- Vocês querem se sentar e conversar um pouco? Nós podemos trocar algumas ideias e experiências sobre a música e a vida. - Adam sugeriu, nos convidando a se juntar a eles no sofá.

- Claro, nós adoraríamos. - Tracy disse, animado.

Nós nos sentamos no sofá e começamos a conversar com os outros membros da Gothboiclique. Eles eram muito simpáticos e receptivos, nos fazendo sentir parte do grupo. Eles nos contaram sobre suas histórias, suas influências musicais, seus projetos futuros e seus desafios pessoais.

Nós também compartilhamos um pouco sobre nós mesmos, nossas origens, nossas aspirações, nossas dificuldades e nossas esperanças. Eles se mostraram interessados e compreensivos, nos dando conselhos e apoio. Foi uma conversa muito agradável e enriquecedora.

Meu telefone tocou, uma, duas vezes, olhei pra tela e era a Alicia, acho que ela podia dar uma esperada, eu estava resolvendo um bagulho importante.

Depois de algum tempo, Adam nos propôs uma ideia.

- Que tal se nós fizéssemos uma música juntos? Eu acho que seria muito foda. - Adam disse.

- Eu topo! Eu sempre quis fazer uma música com vocês. - Tracy disse, animado.

- Eu também! Eu acho que seria uma ótima oportunidade de aprender e crescer como artista. - Eu disse, empolgado.

- Eu também! Eu acho que seria uma experiência única e memorável. - Cold Hart disse, concordando.

- Eu também! Eu acho que seria uma honra fazer parte disso. -

Todos nós concordamos em fazer uma música juntos. Nós fomos para o estúdio e começamos a trabalhar na nossa colaboração. Nós escolhemos um beat que combinava com o nosso estilo e começamos a escrever as letras. Cada um de nós contribuiu com um verso, expressando nossos sentimentos e pensamentos sobre a música e a vida.

Nós gravamos nossas vozes e adicionamos alguns efeitos sonoros. Nós ouvimos o resultado final e ficamos impressionados com o que tínhamos criado. Era uma música poderosa e emocionante, que refletia nossa personalidade e nossa essência.

Nós decidimos que iríamos lançar a música só nas próximas semanas, pra ter certeza se era aquilo que queríamos.

Ficamos mais um tempo conversando e fumando maconha até que anoiteceu e decidimos ir embora.
Chegando em casa liguei para Alicia, mas ela não atendeu, então desligo a tela do celular e apago.

ALICIA
LONG ISLAND 18:18

Alicia olhava para a pilha de livros à sua frente, seus olhos cansados refletindo o brilho da luminária. Ela estava estudando incansavelmente para seus exames finais, mas sua mente estava inquieta. A ansiedade estava tomando conta dela, deixando-a sempre à beira de um colapso.

Long Island, com suas paisagens pitorescas, normalmente era seu refúgio. Mas agora, até mesmo as praias idílicas não conseguiam acalmar seu coração acelerado. Era como se o peso do mundo estivesse sobre seus ombros frágeis.

As lágrimas começaram a se formar nos olhos de Alicia enquanto ela lutava contra a opressão em seu peito. Ela tinha medo de falhar nos exames, medo de decepcionar a si mesma, sua família e seus amigos. A pressão era esmagadora.

Na esperança de encontrar conforto, Alicia pegou seu celular e discou o número de Gus, era a única pessoa em que confiava. Ela esperava que ele pudesse oferecer algum consolo ou pelo menos distraindo-a momentaneamente do turbilhão de pensamentos.

No entanto, após várias toques, a chamada foi para a caixa postal. Sua chamada não foi atendida. Alicia sentiu uma pontada de decepção em seu peito. Ela precisava desesperadamente de apoio, mas parecia que Gus não estava disponível para ela como costumava estar.

Decidiu então ir andar pela praia, sem rumo, a noite era fria mas pela agitação da garota, isso não era muito sentido.
Ela não podia continuar escondendo sua ansiedade e esperando por uma solução mágica.

Decidiu novamente ligar para Gus e deixar uma mensagem na caixa de voz, ela sabe q ele não ouviria.

- Hmm, então Gus, tenho noticias. Escrever tá se tornando uma terapia pra mim, lembrar de você aqui me deixa um pouco triste, mas, torço pelo seu sucesso, espero poder ir logo pra Los Angeles. Eu sinto sua falta. - Desligou o telefone e escutou o "bip" confirmando que a mensagem tinha sido entrega a caixa de voz.

- Ei garota. - Uma voz estranhamente familiar chamou no escuro da praia.