7: Finn...

818 106 376
                                    

A brisa da noite parece esfriar quando Robin se encontra na frente da casa novamente.

Enquanto se perdia pelas ruas porque não lembrava direito o caminho, as palavras de Griffin voltavam à sua mente: "Você não tem muito tempo."

Maldito espírito e sua mania de ficar repetindo a mesma frase.

— Si Dios es bueno y el diablo no es bueno, llegué a tiempo. - Robin jogou no ar, rezando pela primeira vez para que o diabo fosse realmente ruim.

O mexicano não conseguia ver se as luzes dentro da casa estavam desligadas. A porta, apesar de ser transparente, tinha uma outra atrás que cobria a visão. As janelas tinham suas cortinas fechadas.

Só restava a Robin começar a procurar pela janela que levasse à Finney.

Ainda sentindo o frio sobre seu corpo, o garoto começou a investigar a parede da direita. Sabia que era aquele lado, então não seria difícil achar.

Agachou-se na grama que envolvia a casa. Sentindo cada plantinha pinicar suas mãos, Robin começou a engatinhar olhando para parede e, embora estivesse com pressa, evitava fazer barulho.

Nunca se sabe quando alguém pode passar na rua e flagrá-lo ou quando o próprio Sequestrador pode ouvir. 

Mierda. - Robin resmungou ao ver uma formiga em sua mão. Quando a expulsou de seu corpo, ela já tinha lhe picado.

A grama não lhe servia de nada. Era curta, não dava para escondê-lo, mas era obrigado a engatinhar por ela porque sabia que a janela estava no rodapé.

O mexicano ficava irritado por apenas ver tijolos e mais tijolos na parede. 

Que carajo, ¿dónde está esa maldita ventana? - Resmungou, coçando a cabeça. Estava quase chegando ao fim da parede e nada da janela.

Até que Robin olhou para o lado. E a maldita janela estava lá.

— ¿Dios me escuchó? - Robin quase chorou de felicidade. Apenas não o fez porque tinha prioridades.

De fato, a janela quase alcançava o chão. Deveria ser uma altura grande para quem estava do lado de dentro do porão.

Robin se deitou de bruços para tentar ver alguma coisa. Mas tinha uma grade atrás da janela, além da escuridão.

Teria que arrombar pelo sim ou pelo não. Não era hora de desistir.

Cierto... - Robin sussurrou para si mesmo, se sentando com os pés para a janela. — Aqui voy yo, Finn.

Chutou a janela com toda sua força, mas ela não quebrou. Que tipo de vidro era aquele?

O mexicano tentou de novo. Chutou e chutou, mas ela não quebrava de jeito nenhum.

Não estava funcionando.

Robin parou de chutar a janela para pensar em como abri-la. Deveria ter levado alguma barra de ferro, mas achou que seus punhos seriam o suficiente. 

Não estavam sendo dessa vez.

A janela tinha uma espécie de alavanca por fora. A tranca ficava por dentro, e, provavelmente, para abrir a janela tinha que empurrar. Mas do lado de fora, tinha que puxá-la.

Se chutasse do lado de dentro, daria certo. Entretanto, estava do lado de fora, então tinha que pensar em outra forma.

E se...

Robin chutou a "alavanca". De novo e de novo, até que a tranca se abrisse.

Quem olhasse de fora, acharia que a ideia era a mais burra existente, mas na cabeça de Robin fazia sentido.

Call For HelpOnde histórias criam vida. Descubra agora