Extra: Calor de inverno.

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Era uma manhã nublada e gélida de inverno quando Finney e Robin acordaram. 

— Bom dia. - Robin murmurou na nuca de Finney, abraçado ao corpo do namorado com um edredom e uma coberta sobre os dois. — Dormiu bem? 

No dia anterior, uma sexta-feira fria, Finney pediu encarecidamente para seu pai o direito de passar a noite na casa de Robin. O Sr. Blake não encontrou motivos para uma recusa, então atendeu o pedido do filho prontamente.

A noite tinha sido incrível. Recheada de filmes, doces, pipoca, refrigerantes e muito carinho. Também diversas cobertas compartilhadas, ainda mais nos filmes de terror que Robin inventava de colocar.

Robin nunca se deu conta do quanto amava Finney até que o tivesse em seus braços.

Eles tinham dormido abraçadinhos e quentinhos embaixo de um edredom e de uma coberta na cama de Robin, que, pela primeira vez em séculos, estava arrumada - ele tinha se dado ao trabalho para receber Finney. 

E Robin não se lembra de ter dormido tão pacificamente quanto aquela noite. O calor de Finney em seus braços, a segurança de que ele está ali ao seu lado, o conforto de uma cama quentinha ao lado do amado e a sensação de que é amado eram insuperáveis. 

Se amar Finney fosse um crime, Robin seria condenado à cadeira elétrica. Não que tenha sido muito romântico este pensamento, mas Robin deu seu melhor.

— Dormi... - Finney resmungou, virando-se para Robin. Os dois estavam próximos um ao outro, os narizes se encostando, os braços do mexicano contornando o outro garoto em um abraço, e a respiração era sentida por ambos.

Os dois selaram os lábios novamente. Depois de um tempo, a vergonha diminuiu, então se sentiam mais à vontade.

Nunca fizeram nada a mais, mas também nunca sentiram necessidade de fazer. Apenas estar na companhia um do outro, com leves carícias, beijos, abraços e palavras recíprocas, era o suficiente para os dois. 

Um amor inocente que tinha sido cultivado há muito tempo e colhido há pouco. Às vezes, você precisa estar perto de perder a pessoa para perceber o quanto a ama. 

— Não sei se eu quero sair da cama. - Finney comentou quando os lábios se separaram. — Aqui está tão bom...

— Olhe só, o nosso grandioso Finney Blake de preguiça? - Robin brincou, colocando uma mecha de Finney atrás da orelha do mesmo. — Será que eu sou uma má influência? 

— Eu gosto da sua má influência. - Aquele sorriso era capaz de matar Robin de amores. — Não me lembro de ter uma noite tão boa assim desde que... Você sabe.

O clima estava tão agradável e doce. Como uma simples citação foi capaz de acabar com tudo?

— Não vamos falar disso. - Robin repreendeu, agarrando a mão de Finney. — Vamos falar sobre o quanto eu te amo e o quanto eu quero te dar beijinhos.

— E o que você está esperando? - Finney perguntou de volta, movendo o braço para acariciar os cabelos de Robin. 

Os dois se aproximaram ainda mais. Robin desfez o abraço e colocou um braço na cintura de Finney, puxando-o para perto de seu rosto. Começou a distribuir vários beijos leves e carinhosos na bochecha rosada do namorado, que ria e continuava acariciando seus cabelos.

Finney amava seus fios sedosos e bem cuidados. E Robin amava quando o namorado cuidava deles.

— Você já tentou prender o cabelo? - Finney perguntou, cessando com os beijos que Robin distribuía. O mexicano se deitou sobre o pescoço do outro. — Talvez fique legal.

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