10: Robin e Finney enfrentariam qualquer coisa juntos.

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Ao subir as escadas, Robin se depara com a cozinha. Era normal, exceto pela cadeira de madeira que ficava bem no centro, sem nenhuma mesa ou algo do tipo.

Era como se alguém ficasse ali sentado esperando por algo ou ficasse apenas viajando nos próprios pensamentos.

Por algum motivo, Robin sentiu um calafrio, mas não tinha tempo para sentir. Apenas para procurar.

Quando saiu da cozinha, viu uma sala bagunçada. O sofá sujo, a mesa com pó - Robin se perguntou o que era esse pó - e vários papéis, um mural com vários cartazes, mapas, notícias e jornais.

Aparentemente, Max não tinha mentido quando disse que seu cartaz tinha saído de manhã. Robin conseguiu ver uma grande foto sua, dizendo desaparecido.

Droga, sua mãe iria matá-lo.

A casa não era tão grande, então Robin esperava achar Finney rapidamente. Entrou no corredor em frente à sala, vendo duas portas e uma escada.

Poderia ser considerado invasão de propriedade, mas o mexicano estava abrindo todas as portas.

A primeira era um banheiro e a segunda aparentava ser um quarto de hóspedes. Robin acreditou que era ali que Max dormia, já que era irmão do morador - que era o Sequestrador - e havia várias roupas e objetos espalhados pelo cômodo.

Max conseguiu a proeza de ter um quarto ainda mais bagunçado do que o de Robin.

Finn, ¿dónde estás? - Robin gritou enquanto subia, tendo apenas latidos de Sansão vindas do porão como resposta. Estava tão desesperado para achar Finney que chegou a esquecer que seu amigo não entendia espanhol.

O segundo andar era ainda mais simples do que o primeiro. Chegava a se assemelhar ao segundo andar da casa de Robin.

Um simples corredor, mas era com apenas dois cômodos. O primeiro quarto era apenas um banheiro.

O que sobrava...

Um cômodo.

Se Finney não estivesse lá dentro, Robin ficaria aterrorizado.

Aquele sentimento horrível não tinha lhe abandonado. Sua companhia estava acabando com a sanidade do garoto, que já estava desgastada faziam dias.

Ele precisava de Finney.

Lentamente, como se temesse o pior resultado, Robin começou a caminhar até a última porta do corredor. A cada passo, a tensão aumentava, o medo de não achar Finney lá e não ter mais aonde procurar.

A mão tremia quando encostou na maçaneta. A frieza metálica constratando com o suor, deixando-o com uma sensação morna.

E então abaixou a maçaneta.

Mas a porta não abriu.

Tentou de novo, abaixando a maçaneta com força e rapidez. Empurrava a porta, apenas para ela não mexer um centímetro sequer.

Estava trancada.

— Finn? Finn, você está aí? - Robin gritou contra a porta.

Mas não houve resposta em palavras. Apenas resmungos quase inaudíveis e chorosos.

Robin sabia que Finney estava ali dentro.

— Se você estiver perto da porta, se afaste. Vou arrombá-la. - Avisou, dando passos para trás. Correu até a porta e jogou todo seu corpo contra ela.

Não tinha derrubado.

Então fez de novo: correu até a porta e jogou todo seu corpo contra ela.

Continuava parada no mesmo lugar.

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