Capítulo 7

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Khai Black

Estava sentado no sofá esperando os convidados do meu pai chegar. Aye me olhava.

— Macau está te evitando, eu estou te falando —Ayan fala negando. — O que fez a ele?

Ele está com essa idéia desde mais cedo quando encontrou com ele no corredor, depois o vimos com seus amigos e ele disse que ele fugiu.

— Eu não fiz nada a ele, nada de diferente.

— Não sei não —ele nega.

Os Theerapanyakul chegaram, mas Macau não estava com eles.

— Eu disse que tem algo errado —Aye sussurra para mim. — Ele não veio, ele não perderia a oportunidade de te ver.

Talvez você esteja certo.

— Aonde está Macau? —meu pai questiona confuso.

— Ele está indisposto, então não veio hoje —Vegas responde segurando a mão de Pete.

— O que ele tem? —minha mãe questiona.

— O de sempre —Kim responde indiferente.

— Kim! —Porschay o olha sério.

Ele levanta as mãos em rendição e se cala.

— O que seria o de sempre? —meu pai questiona curioso.

— Kim não sabe oque fala —Porschay responde olhando feio para Kim. — Ele não dormiu bem essa noite.

Porschay sabe de algo, Khai, e Kim também sabe.

Aos poucos todos se espalharam, eu me aproximei de Kim.

— O que você sabe?

— Como? —Kim questiona sorrindo.

— Macau.

— Eu não sei de nada, só o vi hoje —ele responde olhando para alguma direção.

— Esteve com ele?

— Um pouco —ele responde buscando por algo. — Preciso falar com Porschay.

— O que fez a Macau? —Akk questiona se aproximando.

— Por que eu teria feito algo?

— Porque ele não está aqui, ouvi sua conversa com Ayan, e faz sentindo —ele responde cruzando os braços.

— Eu não sei se fiz algo a ele.

— Talvez ele esteja magoado com algo que fez ou disse —Akk sugere.

— Eu não fiz e nem disse nada que ele não esteja acostumado.

— Talvez ele tenha percebido que você o trata mal e isso é humilhante —Aye sorri parando ao meu lado. — Sou seu melhor amigo, mas tenho meu ponto de vista. Não sei como ele aguenta.

— Oque houve nunca vai justificar suas ações —Akk fala, ele levanta uma das sobrancelhas. — Papai me disse que ele estava estranho ontem, parecia estar em uma conversa tensa com Porschay, pegou os papéis e saiu logo.

— Boatos pelos corredores da faculdade que ele estava com alguém na sala de artes, o cara até mesmo expulso um aluno para eles ficarem lá —Aye conta me olhando. — Talvez você tenha feito algo. Ele estava estranho quando falei com ele.

— Estou saindo.

Eu tirei as chaves da minha moto do bolso e caminhei para fora da casa. Eu estacionei minha moto em frente a casa da segunda família, passei pelos seguranças e entrei na casa. O procurei em seu quarto mas ele estava.

Ele saiu?

Ouvi uma baixa música em um dos quartos, abri a porta e notei ser o quarto de Vegas, Macau dormia em sua cama, me aproximei sem fazer barulhos. Acariciei seus cabelos.

— Ah droga —ele se assusta. — O que faz aqui?

— Você está tomando seus remédios?

— Claro que sim —ele responde se afastando. — O que está fazendo aqui?

— O que houve?

Ele me olha confuso.

— O que te fiz?

— Pode me deixar dormir? —ele questiona se deitando novamente.

— Macau.

— Vai embora —ele resmunga cobrindo o rosto.

— Macau.

— Eu mandei ir embora! —ele se levanta furioso. — Vai embora! Vai embora!

— Macau.

— Eu vou pedir uma última vez para ir embora, então vai embora —ele respira fundo. — Idiota!

Eu continuei parado o olhando, ele me empurrou e saiu da cama, caminhou para fora do quarto e eu o segui.

— Macau, o que houve?

— Eu cansei de você, pode sair? —ele questiona descendo as escadas.

— Não, não posso.

Ele se vira para me olhar, respira fundo e concorda, mas nada disse apenas caminhou para a cozinha.

O que fez a ele, Thonkhai?

Eu não acredito que vou fazer isso.

— Macau, fala comigo, por favor.

— Falar? Eu não quero falar com você, Khai, eu quero que você vá embora —ele abre a geladeira. — Eu quero te ver longe daqui.

— Foi algo que eu te disse?

— Você sempre me diz muitas coisas —ele fecha a porta da geladeira. — Pode ir embora?

— Tudo bem.

Ele se vira para a bancada, eu caminho em direção a saída. Fui para minha casa, não queria voltar para a casa dos meus pais. Me sentei no sofá e fiquei olhando para a parede.

Um dia você vai saber.

Girassóis-Macau TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora