Capítulo 29

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Macau Theerapanyakul

Eu estava na aula, decidi sair para pegar água, vi Khai conversando com uma garota no corredor. A faculdade dele não é do outro lado?

Respira fundo, Macau.

Peguei um copo de água, bebi e joguei no lixo, pretendia voltar a minha sala, mas vi um cara que queria sair comigo, não queria conversa então me virei para o outro corredor, Khai mantinha seu olhar fixo no meu. A garota falava e ele continuava me olhando.

— Macau —o cara me chama.

Eu pensei em me virar, mas logo Khai caminhou na minha direção, eu segui na sua direção e segurei em seu ombro o empurrando até o outro corredor.

— Quem é ele? —ele questiona se deixando guiar pelos meus passos.

— Quem é ela?

— Não sei —ele responde revirando os olhos. — Eu sou gay, Macau.

— Não interessa, eu não gosto que converse com outras pessoas.

— Vai me proibir de conversar com outras pessoas também? —ele levanta uma das sobrancelhas.

— Cala a boca.

— O que houve, Macau? —ele questiona confuso, eu me aproximo.

— O que eu te falei no seu quarto aquele dia?

— Merda, você sabe sobre a festa, não sabe? —ele questiona passando as mãos pelo rosto. — Não é oque está pensando.

— Não é? —eu aperto sua mandíbula. — As fotos não diziam isso, os vídeos muito menos.

— Para de fazer isso —ele puxa minha mão. — Eu não te trai.

— Não namoramos.

— Então por que está tão bravo? —ele cruza os braços.

O motivo não é óbvio?

— Cala a boca.

— Eu não te entendo, Macau —ele ri. — Está me impedindo de ficar ou falar com qualquer outra pessoa, mas ao mesmo tempo diz que não temos nada.

— Eu disse que não namoramos, não que você não é meu.

Eu o empurro até a parede.

— Você não tem idéia do quanto eu tive que tentar convencer Vegas a não te torturar.

Ele ri.

— Eu também te disse que não importa o quanto eu estivesse irritado, isso não te faria menos meu.

— Macau, eu sinto muito —ele respira fundo.

— Continue sentindo, porque eu ainda estou em aula e é para lá que estou voltando.

— Não me importo —ele me puxa pelo corredor.

Eu olhei irritado para o mesmo, ele me puxou até a porta da minha sala e bateu duas vezes.

— Licença, eu vim buscar as coisas do meu namorado —Khai me puxa para ficar ao seu lado. — Espero que não tenha problemas.

— Tudo bem, pode pegar as coisas dele —ele sorri.

Eu entro na sala, recolho minhas coisas e caminho em direção a Khai e entrego minhas coisas a ele. Abro a porta do carro e entro.

— Você é um idiota.

Ele sorriu.

— Quem é a garota?

— Macau, eu não sei quem é aquela garota, não a conheço, eu estava bêbado —ele respira fundo. — Estava pensando em você, eu nem estava me importando com aquela garota.

Girassóis-Macau TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora