Macau Theerapanyakul
Hoje era nosso último dia aqui, iríamos embora ao entardecer, então como estava um dia chuvoso decidimos ficar dentro de casa e jogar alguns jogos.
— Macau, você me roubou —Kim reclama me acertando com uma caneta.
De onde veio aquela caneta?
— Você que não sabe jogar xadrez.
— Isso é dama —Porschay revira os olhos.
— Não importa, eu ganhei.
— Saí daí, garoto —Kim me chuta. — É a vez do Porschay, você me rouba.
— Mentira!
Porschay ocupou meu lugar e eu me levantei contra gosto e fui até a cozinha pegar um pouco de água.
— Kim, não é melhor voltarmos mais cedo? A previsão é de chuva intensa pela tarde, pode ser mais perigoso.
— Acho que sim, quando chove muito a saída alaga —Kim olha no relógio e se vira para nós. — Vamos após o almoço.
— Vamos montar outro quebra-cabeça então —Porschay sugere recolhendo as peças de dama.
Eu me sento ao seu lado e jogo as peças do quebra-cabeça no chão.
— O almoço chegou —Kim caminha até a porta.
A viagem de volta para casa foi devagar, já que chovia bastante e atrapalhava um pouco da visão de Kim.
— Kim, se você bater a porra desse carro eu vou te matar.
Ele sorriu e diminuiu a velocidade.
— Pare de me ameaçar, vou te jogar para fora do meu carro —Kim abaixa um pouco da música.
— É para andar a 80 e você está a 100!
— Eu já diminuí a velocidade, está bom para você!? —Kim questiona me olhando pelo espelho do carro.
— Para de gritar seu idiota.
— Estou tentando dormir —Porschay reclama manhoso. — Vocês estão me atrapalhando.
— É seu namorado que está tentando nos matar.
— Kim, dirige direito —Porschay murmura.
Kim me olha incrédulo e eu sorrio. Ao chegar na nossa cidade não chovia mais, ao estacionar em frente a minha casa, já podia ver que o tempo estava se fechando. Peguei minha mochila e desci do carro.
— Da próxima vez vamos a uma casa de praia —Kim avisa abraçando Porschay.
— Do jeito que você é sem sorte é capaz de dar um tsunami e te matar.
— E matar você também, idiota —Kim retruca acertando meu ombro.
— Vai matar todo mundo —Porschay passa por nós. — Porque é um tsunami.
Eu abro a porta de casa e me assusto ao ver Vegas ao lado de Pete encarando a porta de braços cruzados.
— Pelo menos não foi sequestro —Vegas sussurra a Pete, mas logo se recompõe e nos olha de maneira séria.
— Sequestro? Quem sequestra pessoas é você, Vegas —Kim revira os olhos.
— Não iriam voltar ontem? —ele questiona incrédulo.
— Ontem? —Porschay questiona incrédulo. — Não, iríamos voltar hoje de tarde, mas começou a chover.
— Então tivemos que encurtar a viagem porque iríamos ficar presos na cidade por mais dois dias por alagamento nas ruas —Kim responde revirando os olhos.
— Mas você namora um estudante e ele tem aula amanhã cedo.
— Está falando de você e do Porschay ou só ele? —Vegas questiona risonho.
— Vegas —Pete o repreende.
— Ele está falando do Porschay, mas ele veio de brinde —Kim olha o celular.
— Olha que gentil, ele não fez um comentário maldoso.
— Eu deixo pra depois —Kim sorri.
— Você já pode ir, Porschay fica.
Ele revira os olhos, eu trago Porschay para perto de mim.
— Nem parece que foi sequestrado a três dias —Vegas ri, ele recebe um olhar severo de Pete. — Desculpa, Pete, é automático.
— Eu que não iria parar minha vida e perder a oportunidade de passar o final de semana em outra cidade.
— Não estava com Khai até antes de ontem? —Vegas se senta e puxa Pete até seu colo. — Ele esteve perguntando de você.
— E o que disse?
— Que você tinha saído com Porschay e Kim e provavelmente voltaria ontem de noite —Vegas responde sem muito interesse.
— Mas eu te disse que voltaríamos hoje na mensagem, Vegas.
— Bom, cada um com seus problemas, não é? —Vegas questiona rindo.
— Ainda está com raiva por que eu sugeri a Pete sair com Khun?
— Ele tentou casar Pete com umas dez pessoas desde que começamos a namorar —Veges retruca. — E uma das vezes era um casamento de verdade.
— Bom, cada um com seus problemas, não é?
— Vocês parecem crianças —Pete revira os olhos. — Vegas, pare de agir como criança, Macau é o mais novo aqui, não você.
— Viu, Pete me ama.
— Garoto, você tem sorte de ser meu irmão —Vegas revira os olhos.
— Agradeço por isso todos os dias.
Vegas sorri.
— Vocês vão do ódio ao amor em segundos —Porschay ri. — Eu já estou indo.
— Não ia ficar?
— Felizmente ele não vai —Kim o puxa até a porta.
Eu mando um beijo para Porschay que sorri e acena.
— Falando sério agora que eles já foram, Khai te procurou —Vegas olha para Pete. — E eu acho tenho a leve impressão que ele não gostou que você sumisse durante esses dias sem dar sinal ou dizer onde estava.
— Vegas, o que sua leve impressão quer dizer?
— Ele fez uma cara muito estranha e saiu —Pete responde se afastando de Vegas.
— Se ele aparecer aqui, eu nunca estive.
Eles riram, eu caminhei em direção as escadas e fui direto para meu quarto. Tomei um longo banho e me joguei na cama. Estava muito cansado da viagem.
***
O que vocês acham que vai acontecer entre o casal protagonista?
Bom dia :)
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Girassóis-Macau Theerapanyakul
Fanfiction"Para todos os incontáveis beijos que eu nunca te dei, para todas as flores que ainda não te enviei e principalmente para todos o eu te amo ainda não ditos" Para: Macau Theerapanyakul.