Capítulo 23

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Macau Theerapanyakul

Abro a porta do meu quarto e me assusto ao ver Khai sentado em minha cama, ele mexia em meu celular, fechei a porta e caminhei na sua direção arrancando meu celular das suas mãos.

— Meu celular não.

— Por que? —ele segura em minha cintura e me puxa para a cama.

— Porque você não tem oque ver aqui e também porque se encontrar oque não quer, vai ficar irritado, e eu nem sei oque está fazendo aqui.

— Eu vim te ver —ele distribuí beijos pelo meu pescoço.

— Como entrou aqui?

— Pela porta da sala —ele responde soltando a cordinha da minha calça. — Trancou a porta?

— Por quê?

— Por que? —ele ri, suas mãos passam pelo cós da minha calça, ele segura em meu quadril. — Não se faça de inocente, Macau, você sabe porque perguntei se trancou a porta.

Eu o beijo, suas mãos sobem até minha cintura e ele se encaixa entre minhas pernas.

— Não, ele não trancou a porta —Kim entra no quarto quase derrubando a porta. — Khai, preciso do garoto ai.

— Eu não fiz nada dessa vez —eu empurro Khai para o lado. — Olha, eu não o beijei.

— Eu nem falei nada —ele cruza os braços. — Veste uma camiseta, preciso falar com você.

— Primeiro, eu não vou por uma camiseta —eu me sento na cama. — O que aconteceu?

— Porschay acha que estou o traindo —Kim senta no sofá. — Ele me colocou para fora da minha casa.

Eu ri .

— São meia noite.

— Exatamente —Kim revira os olhos. — Ele sonhou que eu estava o traindo, me acordou e quando eu neguei que o traia e pedi para voltar a dormir ele me colocou para fora da minha casa.

— E o que você está fazendo aqui? —Khai questiona incrédulo.

— Eu vou ficar aqui até amanhã —Kim responde sorrindo. — Macau, você vai ter que me ajudar é o melhor amigo dele e sabe que eu nunca o tiraria.

— Vou falar para ele que você não está o traindo e que é mais fácil ele te trair comigo do que você o trair com qualquer outra pessoa —eu encarei o relógio. — Pode ficar aqui em casa, Kim, de qualquer forma é da família, Vegas considera Porschay nosso irmão.

— Espera trair com você? —Khai questiona confuso.

Kim sorriu e levantou uma das sobrancelhas.

— História complicada.

— Eu sinto que não vou querer saber sobre isso, então eu vou para minha casa —Khai beija meus lábios.

Após Khai sair do meu quarto Kim andou até minha cama e se deitou.

— Então, ele acha que você está o traindo?

— Sim, foi só um sonho, eu tentei falar para ele que sonhos não são verdadeiros e ele achou que eu estava tentando encobrir tudo —Kim ri baixinho. — Eu o trair? Que tipo de pessoa ele acha que eu sou?

— Um babaca traidor.

Ele riu e se deitou.

— Cala a boca, garoto —ele tampa o rosto com o travesseiro.

Eu me deito ao seu lado e apago a luz. Ficamos em silêncio, uma vez ou outra eu ouvia Kim se mexer.

— Tudo bem? —Kim questiona acendendo a luz do abajur.

— Acho que sim.

— Tomou os remédios? —ele questiona se encostando na cabeceira da cama.

— Sim.

— Como está a faculdade? —ele me olha.

— Ótimo, estou gostando muito, é divertido, a gente está trabalhando para a exposição de arte da faculdade.

— O diretor da faculdade de artes quer que eu cante —ele revira os olhos e cruza os braços.

— E você não quer.

Ele nega.

— E você vai pintar o quê? —ele questiona mexendo na minha gaveta.

— Não sei, o professor quer que usemos inspiração de outras pinturas para criar a nossa, não sei oque fazer ainda.

Ele concorda.

— Acho que eu queria algo inspirado em uma pintura de Romeu e Julieta que eu vi uma vez. Simbolizava que eles não poderiam ficar juntos, eram os rostos e mãos puxando eles.

— Eu sei de qual pintura você fala —ele sorri. — Ela é interessante, da para ter muitas interpretações pessoais.

— Preciso de alguém como base —eu olho para ele. — Acho que vou usar você e Porschay como modelo.

Ele levanta uma das sobrancelhas, eu sorrio e apago a luz, me ajeito na cama e me cubro.


***

A pintura está na mídia.

Como vocês estão?

Boa tarde, boa quinta :)

Girassóis-Macau TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora