Capítulo 6

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Macau Theerapanyakul

Entro na faculdade e sigo para minha sala.

— Hoje o senhor não chegou atrasado, certo? —o senhor Tem entra na sala.

— Como pode ver estou aqui, professor. Posso também ver que tem boa visão.

— Sua falta de respeito começa logo cedo? Uau —ele questiona com um sorriso irônico.

— Sim, e sua burrice começou logo cedo.

— Macau —Peat me olha incrédulo.

— Se eu tivesse filhos eu nunca deixaria eles serem amigos ou namorados de pessoas como você, inclusive pensar que meus sobrinhos podem namorar alguém como você me assusta —ele cruza os braços.

— Pensar em estar na sua família me da nojo.

— Macau, pode se retirar da minha aula —ele abre a porta.

Eu me levanto, recolho minhas coisas e caminho para fora da sala. Sigo pelo corredor e me sento em um banco.

— Por que está aqui? —Aye questiona sentando ao meu lado.

— Fui tirado da sala.

— Por que? —ele questiona me olhando.

— Porque ele foi irônico comigo, eu respondi e ele não gostou. Ele não gosta de mim.

Ele concorda.

— Por que está aqui?

— Estava indo para a minha faculdade e te vi aqui, então vim ver se estava tudo bem —ele responde sorrindo. — Eu preciso ir agora, não quer vir?

— Não.

— Tem certeza? —ele me olha confuso.

— Sim, vou aproveitar para ir treinar um pouco.

Ele concorda, acena e segue seu caminho. Eu segui até a piscina, me sentei nas arquibancadas e fiquei lá durante duas ou três horas.

"Você também não será malvado assim comigo, certo?"

"Não."

Como não será? Sempre me tratou com indiferença, nunca pareceu se importar de verdade.

Você me deixa tão confuso.

Todas as coisas que eu fiz.

Eu considero isso humilhante, Macau.

Me deixa em paz porra!

Eu jogo minha mochila em meus ombros e sigo para a faculdade de música. Me sento em um banco no corredor da sala de Porschay e decido esperar por ele.

Ele é o único que pode me entender agora.

— Então, o que faz aqui? —Kim questiona parando em pé do outro lado do corredor.

— O mesmo que você.

— Quais os seus motivos para estar aqui? —ele questiona se aproximando de onde eu sentava. — Não parece bem. Sei que tem seus problemas. Khai?

Meus olhos se encheram de lágrimas, eu virei o rosto me negando a deixar que ele me visse assim.

— Eu já te vi chorar antes, Macau, de longe, mas não foram um, duas ou três vezes, não mesmo —Kim se senta ao meu lado. — Khai disse algo que não gostou?

Girassóis-Macau TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora