Capítulo 24

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Macau Theerapanyakul

Eu estava na aula, o professor explicava sobre a exposição da nossa turma, ouvimos barulhos lá fora, então os alunos correram para a porta e janelas.

— O que está acontecendo?

— Alunos da turma de música —um colega responde.

Eu atravessei a multidão e sai da sala, me surpreendo ao ver Kim brigando com um outro aluno, Kim batia nele. Eu caminhei na direção dos mesmo e vi Porschay olhando de longe, eu puxei Kim para trás e empurrei o cara antes que ele se aproveitasse para acertar Kim.

— O que está acontecendo aqui?

Kim olha furioso para o cara.

— Esse babaca que começou —o cara responde, ele passou a mão nos lábios machucados. — Eu só estava conversando com o garoto.

— Você é bem babaca né cara? Foi flertar justo com ele? De tantos foi logo no Porschay?

Eu solto Kim para que ele volte a bater no cara, mas ele foi impedido por outros garotos.

— Macau! —Porschay meu olha incrédulo. — Por que o soltou?

— Nunca viu a frase "apoie os seus amigos"?

— Isso não significa deixar ele bater no cara —Porschay puxa Kim para trás, oque foi suficiente para Kim não se debater mais, somente ficar parado ao lado do mesmo. — Não dentro da faculdade.

— A atração acabou pessoal.

Porschay acena e puxa Kim para longe, eu voltei a minha sala e me sentei na minha mesa agindo normalmente enquanto era encarado.

Na hora do almoço Peat já me esperava no refeitório.

— A briga do Kim está em todas as páginas, alguns motivos malucos e outros questionam se o motivo é algum cara —Peat gargalhou. — Não sabem ainda que é sobre Porschay?

— É bom que não saibam, Porschay ficaria constrangido com os olhares.

Eu dei risada quando ele me mostrou a foto de Kim batendo no cara.

— Separou a briga, não é? —Peat questiona. — Tem alguns achando que vocês tem algum tipo de relacionamento.

Eu faço careta.

— Eca, somos primos.

— As pessoas não sabem —Peat da de ombros. — Mas essas pessoas não tem oque fazer e arrumam romance onde não tem.

— Kim vive atrás do Chay, como ninguém ainda não descobriu sobre o namoro?

— As pessoas acham um casal bonito, mas não vêem nada íntimo que nós amigos deles vêem —Peat responde tomando seu suco. — Eles são bem discretos.

Porschay senta ao meu lado.

— Macau, diz a Porschay que não é minha culpa se aquele cara me provocou primeiro —Kim senta ao lado do Porschay. — E que eu não estou o traindo.

— Então aonde você dormiu ontem? —Porschay estreita os olhos na direção do mesmo.

— Eu dormi na casa do Macau porque você me expulsou de casa no meio da noite —Kim responde colocando um copo de suco a frente do mesmo. — Eu não estou te traindo.

— Verdade, ele não está.

— Está do lado dele? —Porschay me olha incrédulo.

— Eu só estou sendo justo, Chay, é mais fácil você o trair do que ao contrário.

— É um bom argumento —Porschay resmunga.

— Espera, ser mais provável que você me traía que ao contrário é um bom argumento? —Kim se vira incrédulo para o mesmo.

— Você brigou com o cara no corredor da faculdade —Porschay resmunga provavelmente mudando de assunto. — Você sabe que eu não gosto disso.

— Eu sinto muito, Chay —Kim respira fundo. — Não vai mais acontecer, eu prometo. Se me desculpar eu faço qualquer coisa que você queira.

— Eu espero que não aconteça outra vez, Kim —Porschay sorri. — Mas já que sugeriu fazer qualquer coisa.

Kim respira fundo aparentemente se arrependendo das próprias palavras.

— Vamos ser modelos do quadro que Macau vai fazer para a exposição de arte da nossa faculdade —Porschay me olha. — Tudo bem?

— Uhum —Kim resmunga. — Não sei porque ainda me submeto as loucuras de vocês.

— Tudo se tem um preço nesse mundo —Peat sorri. — Porschay só aprendeu que o perdão dele custa caro.

Kim revira os olhos, mas sabemos que ele faria qualquer coisa para ter o perdão do Chay, ele faria qualquer coisa por aquele garoto.

— Seu namorado vem ai —Peat avisa.

— O que?

Ele aponta para trás, eu me viro e vejo Khai se aproximando com Jom.

— Oi —Khai se inclina e beija meu rosto.

— Oi.

— Vamos lá fora? —Jom beija os cabelos de Peat e sorri. — Vai comigo para casa, não é?

— Eu vou —Peat se levanta pegando na mão do mesmo. — Vamos dar uma volta.

— Tudo bem? —Khai questiona apertando meu ombro.

— Sim e você?

Ele concorda sentando ao meu lado. Eu me encosto no ombro do Khai.

— Está com sono? —ele questiona tocando meu rosto.

— Sim.

Eu me inclino e beijo seu rosto, ele sorri e eu beijo seus lábios. Eu esperava que ele rejeitasse por estarmos no meio do refeitório, mas e leva suas mãos até minha cintura e a aperta, eu seguro em seu ombro e me aproximo.

— Khai, se puder soltar meu primo eu agradeceria —Kim acerta o ombro do mesmo. — Estamos em um refeitório, cheio de pessoas tirando foto e olhando.

Eu me afasto do mesmo e ele sorri.

— Bem melhor —Kim revira os olhos.

— Vou te levar para casa hoje —Khai avisa.

— Me busca aqui na faculdade e eu vou com você.

— Olha que abusado —ele sorri e beija meus lábios. — Eu venho te buscar aqui.

Ele se levanta e segue até a saída do refeitório.

— Eu vou para minha aula, até mais casal.

Eles acenam, eu caminho até a saída do refeitório e sigo para minha sala. Aproveito o tempo restante para terminar um rascunho que estava ali a algum tempo.

Girassóis-Macau TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora