Capítulo 8

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Macau Theerapanyakul

Desço as escadas correndo, mas parei logo que vi a primeira e segunda família dos Black. Primeiro pensei em seguir para a cozinha, passar reto, mas saiu de cogitação quando Vegas me olhou, então segundo pensei em dar oi e sair, mas não era algo de se cogitar, então me aproximei.

Uma hora iríamos ter que ver o Khai mesmo. Aqui

— Olá.

— Macau esse Tem, o irmão do Khan e Tol —Vegas aponta em uma direção.

Eu olho com desinteresse, mas logo vejo que Tem, é o meu professor na faculdade, ele me olhou surpreso, mas logo sorriu, eu continuei o olhando da mesma forma, zero interesse.

Achei que pior que tava não podia ficar.

— Eu disse que coisas ruins me perseguem.

— Macau —Vegas me olha confuso.

— Então você é irmão do Vegas? —Tem questiona concordando. — Seu irmão é bem encrenqueiro, Vegas.

Vegas o encara.

— Você o conhece? —Pete questiona confuso.

— Eu sou professor dele na faculdade. Infelizmente já tive que o tirar das minhas aulas muitas vezes, atrasos, respostas travessas, brigas, discussões e piadas incoveniente —ele responde sorrindo. — Ele costuma ser bem desrespeitoso e agir com agressividade. Deve ser meu pior aluno.

— Não exagera, Tem —Khan revira os olhos. — Você é exagerado, Macau é um garoto, costuma ser bem sociável.

Esse babaca.

— Macau? —Vegas me olha a procura de explicações. Ele claramente não gostou do que ouviu.

— Não é minha culpa, ele começa. Ele me tirou da sala no primeiro dia de aula dele, eu cheguei atrasado porque estava falando com o diretor da faculdade. É culpa dele —eu volto a encarar o mesmo. — Eu não vou com a sua cara mesmo e foda-se.

Eu passei pelos seguranças e caminhei para a cozinha. Não estava com paciência alguma para lidar com ele ou qualquer outra coisa.

Homem idiota, o capeta liberou seus demônios.

Um some da nossa vida e outra aparece, Macau.

— Macau —Khai entra na cozinha.

— Acho que encontrei a quem você puxou, deve ser seu tio.

Ele me olhou confuso.

— Chato e me odeia.

Eu abri a porta de vidro e segui pelo corredor até chegar a sala de treino, tranquei a porta e peguei as luvas de boxe.

Ele não se importa, ele nunca se importou, ele nunca deu a mínima para mim ou qualquer coisa que eu fazia, como eu nunca percebi que estava me humilhando?

Por que ele está tentando falar com nós, Macau? Ele não queria que deixássemos ele em paz?

Após treinar eu me sentei no chão e fiquei encarando a parede.

— Macau, sou eu —Vegas bate na porta. — Não vem jantar? Abre a porta, por favor.

Eu abro a porta, ele entra e sorri.

Girassóis-Macau TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora