Capítulo 33

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O capítulo a seguir contém alguns gatilhos.

Macau Theerapanyakul

Desço as escadas correndo e passo por Vegas que segura na touca da minha camiseta e me puxa para trás.

— Isso dói, Vegas.

— Quando é outro tipo de dor você não reclama, não é? —Vegas questiona soltando minha touca, ele cruza os braços com um olhar de desaprovação.

— Não mesmo.

— Olha que descarado, Pete —ele revira os olhos, e olha por cima do meu ombro.

— Deve ter puxado o irmão —Pete responde, ele devia estar com um sorriso nos lábios, suas mãos repousam em meus ombros. — Uma versão melhorada é claro.

— Uau, obrigado, Pete, as vezes eu até me esqueço que o seu namorado sou eu —Vegas revira os olhos, ele deu um passo a frente.

— Fica de olho, Pete. Ele parece estar esquecendo que namora.

Pete olha na direção do Vegas, esse que tudo oque faz é me fuzilar com um olhar mortal e na sequência olhar para Pete e sorrir.

— Eu estou brincando, amor —ele puxa Pete pela mão. — Eu tenho uma aliança bem grossa no dedo, para nunca esquecer disso. Eu comprei, lembra?

— A aliança é para lembrar isso mesmo? Ou a grossura remete a outra coisa?

— Garoto, vai estudar que você ganha mais —Vegas chuta minha perna e puxa Pete até as escadas. — Anda, vai se atrasar.

— Aproveitem que eu não estou em casa, porque com certeza os guardas não querem ouvir sexo em dobro!

Vegas fez menção de vir na minha direção, então eu corri rapidamente até a porta, abri e a fechei. Gargalhei enquanto seguia até meu carro.

Vegas é muito melhor quando está sendo ele mesmo, sem máscaras ou qualquer coisa que esconda quem ele é.

°

Desço do carro e corro para dentro da faculdade. Esbarro em alguém e rapidamente suas coisas vão para o chão.

—Sinto muito —eu me abaixei rapidamente e ajudei a recolher suas coisas para a entregar. — Aqui.

— Obrigado —um garoto sorri gentilmente. — Desculpa, eu não te vi.

— Tudo bem, eu estava correndo porque não quero me atrasar, a culpa é minha, não devia estar correndo no corredor.

— Eu também não estava prestando atenção, estava olhando o celular —ele sorri guardando o celular no bolso. Esse sorriso é muito familiar. — Sou novo aqui. Não sei aonde é a aula de artes do primeiro ano.

— Eu sou da aula de artes, primeiro ano. Macau e você?

— Pen-Chan —ele inclina o rosto um pouco para o lado como se tentasse se lembrar de algo. — Irmão do Peat.

— Sabia que você era familiar!

Ele ri, eu sorri enquanto o puxava para andar. Pen-Chan, a história do nome é engraçada, porque ele nasceu em noite de lua cheia, então os pais decidiram colocar esse nome. Ele é um ano mais velho que o Peat. Tem vinte anos.

— Não sabia que você tinha voltado.

— Nem Peat esperava que eu voltasse esse ano. Voltei há três dias, estou morando sozinho em um apartamento agora —ele caminha ao meu lado.

Girassóis-Macau TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora