Capítulo LXVII

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➻ Capítulo 67

ㅡ Decidimos o deixar na cama, ele desmaiou na hora lá. ㅡ Ouvi Priya dizer, ao chegar na sala, na qual estava eu em choque.

ㅡ O que foi isso? Já não bastava você, agora ele também foi demitido? ㅡ Questionei indignada e furiosa.

ㅡ Você falando assim é estranho mesmo, mas o mais estranho ainda é ele ter perdido a cabeça e bebido desse jeito. ㅡ Respondeu Priya se sentando ao meu lado, com a palma da mão na testa.

Adam estava calado, parecia pensar no que acontecera.

ㅡ Deixa eu perguntar, sabem aonde ele trabalha? Qual o nome da empresa ou algo assim? ㅡ Ele questionou cuidadosamente.

Antes de responder, Priya suspirou.

ㅡ É algo referente a escritório. Ele meio que fazia de tudo um pouco. Se não me engano, o nome da empresa tinha algo a ver com... ㅡ Pausou, pensativa. ㅡ Popper’s alguma coisa? Por aí.

Adam, antes com a testa rígida e olhos pensativos, agora abriu os olhos. As órbitas estavam perdidas, descruzou os braços e nos deixou ali confusas.

ㅡ Por que a pergunta? ㅡ Indaguei, o vendo ficar estranho.

Ele apenas me olhou, pausou uns segundos e respondeu balbuciando:

ㅡ Nada.

Ele parecia um pouco atordoado, mais ainda.

ㅡ Eu vou organizar umas coisas... ㅡ Priya se levantou. ㅡ Até mais, Adam. ㅡ Ela sorriu fraco, se despedindo com um aceno e simplesmente saindo de cena.

Eu sabia que o que ela tinha que organizar, eram os pensamentos.

Me levantei em seguida, o vendo se ajeitar para sair de casa.

ㅡ Escuta, por que ficou estranho? Digo, é algo realmente bizarro, mas sei lá, você parece bem surpreso... ㅡ Fiquei na sua frente. Estávamos na porta, ainda do lado de dentro da minha casa.

Ele abriu um sorriso de canto, um pouco fraco e deu um beijo na minha testa.

ㅡ Eu já falei, não é nada. ㅡ Olhou em meus olhos em afirmação, enquanto fazia cafuné em Mel. ㅡ Quem deveria estar preocupado era só eu, não é? ㅡ Riu. ㅡ Vou te mandar mensagem assim que eu chegar em casa. ㅡ Suspirei, concordando com um aceno de cabeça. ㅡ Me atualiza assim que puder dele também, talvez eu demore um pouco para checar meu celular.

ㅡ Avisarei. ㅡ Sorri.

Antes dele sair de vez, deu um beijo, não na testa, mas sim em meus lábios. Os seus estavam gelados e macios. Que saudades que eu sentia dessa boca...

Ele saiu, sem falarmos mais nada. O vi subindo na sua moto e seguindo seu rumo. Antes de fechar a porta, suspirei.

Meu pai desempregado, minha irmã com emprego temporário e agora, temos mais uma boca para alimentar.

Tudo isso era suspeito. Muito suspeito.

O rosto de John não demorou muito para aparecer nas minhas lembranças. Suas ameaças e a convicção de que iria fazer coisas ruins para mim. Mas não. Não é possível que ele não estava blefando.

Ou é?

Ou é?

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