capítulo 16

157 26 5
                                    

O lugar é maravilhoso. Tem uma grande área de plantação de diversas árvores frutíferas, e um lindo lago ao fundo.
Ana olha tudo com um sorriso lindo.

_ Amei o lugar.

_ Meus avós adoravam aqui. Quando éramos pequenos, sempre estávamos lidando com a terra, isso me fazia um bem ...bom, minha mãe ficava furiosa quando eu e o Eliot chegavamos  cheios de terra e barro, mas criança que não se suja, com certeza não se diverte.

Ana sorri imaginando ele todo sujo e fazendo traquinagens com o irmão.
Ele, claro percebe e cruza os braços divertido.

_ Sim srta stell, eu fui criança um dia. Imagino você, também devia ser uma coisinha linda de Marias chiquinhas e o rostinho rosado.

_ Me descreveu muito bem, só esqueceu do muito tímida.

Sombrancelha erguida.

_ Tímida? Ah sei.

_ Grey!

_ Bom, quero te mostrar uma coisa. Vem comigo. - ele estende a mão pra ela e a conduz até os pés de macieiras mais distante.

Para diante de um, e tira uma maçã pra que ela prove.

_ Que delícia! Adoro maçã verde.

_ Tem um sabor especial pra mim.

_Porque?

Ele morde um pedaço. Com um sorriso responde.

_ Esse fui eu mesmo que plantei, junto com meu avô.

Ana sente o clima de nostalgia dele e o abraça.

_ Sente muita falta de seus avós, não é?

_ Sim.

_ Eles onde estiverem, estão com certeza orgulhosos de você.

Seus olhos estão brilhando muito intensamente.

_ Sabe Ana, nunca achei que um dia estaria aqui, com alguém. Demorei muito pra me deixar querer alguém comigo, assim como te quero. Você é, de verdade, especial pra mim. Muito.

_ Nem sei o que dizer...

_ Não diga nada, só me abraça assim...desse jeito. - o coração dele está batendo em um ritmo acelerado.

_ Cristian, quer me falar alguma coisa? Estou te sentindo muito tenso.

_ É que...eu omiti uma coisa de você, mas acho que agora não tenho o porquê te esconder isso.

_ O que foi?

Ele respira fundo.

_ Bom, na verdade não sou filho biológico dos Greys, fui adotado aos quatro anos de idade.

"Ah era isso!" - pensa Ana ao se lembrar do que Gayl não quis dizer.

_ Mas, o importante é que eles te amam. Você não sente isso?

_ Sim, eu sei que a Grace e o Carreck me amam, como a Mia e o Eliot, não tenho dúvidas sobre isso. Aliás, todos nós fomos adotados.

_ A Grace não podia ter filhos?

_ Sim, eu acho que sim.

_ Mas... você acha que o Jack pode ser filho do seu pai?

_ Não sei. Por isso estou sufocando... não imagino aquele cara...bom, seria o fim.

_ Mas Cristian, se por acaso se confirmar...o que pode fazer a respeito?

Ele respira fundo.

_ Não quero ser injusto com ninguém. Se por acaso isso for verdade, tenho que aceitar. Mesmo com um ódio mortal dele.

desejos ocultosOnde histórias criam vida. Descubra agora