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Terê

Sai daquele banheiro na intenção de ir embora sem me despedir de ninguém. Tava quase chegando na escada do camarote quando o Borges me parou e eu olhei puto pra ele.

Borges: Achou?- perguntou ansioso pela minha resposta.

Terê: Achei!- tentei sair e ele me impediu.- Sai da frente porra, olhei pra trás e vi ela voltando do banheiro.

Borges: Qual das?- olhou em volta e eu empurrei.- fala porra.

Terê: Não é da sua conta BG, deixa de ser Mariquinha porra!- sai descendo a escada e chamei um dos meus seguranças que tava na entrada do baile.

Passei por aquela multidão e sai do baile, meu carro tava estacionando bem pertinho e liberei alguns dos seguranças que tava ali perto.

Piolho: Já vai chefe?- perguntou me seguindo e eu confirmei com a cabeça destraçando o carro.

Terê: Vai sair uma mulher aqui fora, tá com um vestido vermelho e de salto, costas tatuada, leva ela naquela casa encima do morro, perto da matinha.- ele concordou com a cabeça e eu entrei na Mercedes c180 cinza.

Funcionei o carro e passei na casa dos meus pais pra pegar umas roupas pra ficar lá amanhã e ver se tava tudo bem com a minha filha. Subi pra casa e quando cheguei o piolho tava lá enfrente a casa com um fuzil do lado do corpo.

Piolho: A garota tá lá dentro.- falou e eu concordei com a cabeça entrando.

Terê: Fica ligado aí. Qualquer coisa te aciono!- ele fez um joia com a mão e eu entrei na casa vendo que o carro da minha mãe tava na garagem. Tinha a bicicleta da Calena e um pula-pula.

Abri a porta e vi a garota em pé ainda no salto digitando no celular e com a bolsa sendo segurada no meio do braço. Ela digitava rápido com as sobrancelhas franzidas e um bico nos lábios.

Fechei a porta chamando a atenção dela que me olhou e voltou digitar no celular, marrenta essa aí.

Xx: Pensei que ia me deixar esperando mais!- bloqueou o celular e colocou na bolsa.

Terê: Jamais, pô, só tive que resolver um câo antes.- deixei a bolsa de roupa de lado e caminhei até o sofá.- Senta aí, se acanha não!

Ela sentou no sofá cruzando as pernas e colocou a bendita bolsa de lado. Mas a parada tava longe. Ela em um e eu em outro.

Xx: Qual teu nome?- perguntou e eu fiz careta só de onda.

Terê: Tá muito longe, pô, não tô conseguindo te entender, senta aqui.- bati do meu lado no sofá e ela riu mas veio.

Xx: Perguntei qual o teu nome.- se sentou e cruzou as pernas de novo me fazendo olhar pra tatuagem de um gato com chifres ali.

Terê: Foi mal pela falta de educação, sou o Terê!- ela fez um hum com a boca e eu estendi a mão pra ela que logo apertou.- e o teu?

Xx: Scarlet!- levantei pra fazer uma dose pra ela e fui acompanhado pelos olhos dela a todo momento.

Terê: Diferente, pô, gostei!- estendi o copo na direção dela e ela pegou colocando na mesinha do lado do sofá.

Scarlet: Minha mãe teve bom gosto, combina comigo.- eu concordei com a cabeça.- tu mora aqui?

Terê: Na real nem sei onde eu moro, cheguei hoje.- ela me olhou curiosa.

Scarlet: Não é daqui?- eu confirmei e dei um gole na minha bebida sentindo minha garganta queimar.

Terê: Sou, só que tava fora por um tempo!- ela não respondeu e se levantou observando tudo.

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