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Terê

Scarlet saiu daqui com uns papos maior mandado de que não queria me ver até amanhã. Não quer ver o caralho, mais tarde eu vou lá e é isso mesmo.

O jeito de maluca dela me deixa intrigado demais e é isso que me faz querer ela mais e mais. Só aumenta tudo, cada vez que a gente tá junto mais eu quero ela. No baile eu fiquei maluco pô, a mulher é meu porte em tudo. Podem falar o que for dela e eu sei o que ela é, mas ela tem postura, não é igual essas emocionadas que sai passando vergonha pra chamar atenção, tanto que eu duvido que alguém além de mim e dos dois que tava com a gente sabe que ela tava doidona ontem.

Ela gosta da atenção pra ela sim, mas não força isso. A atenção tem que ser por conta da postura dela, e nisso ela ganha.

Deitou boladona pra dormir e na real eu nem queria isso, maior saudade dela e ela me dando gelo. Dormiu só com minha camisa e sem nada por baixo, mas me contive e virei pro outro lado tentando dormir sabendo que aquela diaba tava quase pelada do meu lado.

Mas eu tô ligado o que causou isso aí nela, CIÚMES. A mulher é ciumenta mesmo, e isso eu vi no primeiro olhar que ela me deu no baile, mas não tem câo não, gosto assim porque eu sou pior.

Pego a chave da moto pra ir na casa do meu pai pegar minha filha pra dar um rolê com ela, Calena tá sentindo minha falta e tô me sentindo mal por essa parada.

Quando tava saindo meu celular toca. BG ligando mas eu ignoro sabendo que tá me chamando pra beber, mas ele não desisti e eu atendo.

📞Chamada on 📞

-Fala porra!- tranco a porta e vou andando pra fora abrindo o portão.

-Irmão, desce aqui no bar do dodô, Scarlet tá espancando a garota que tava no baile ontem.- franzo as sobrancelhas confuso e bato portão.

-Coé desse papo BG, tá doido?- pergunto andando em direção da moto.

-Papo verídico, a garota tá é deformada já irmão, sua mina ta possuída, os menor já tentou tirar de cima mas não tá conseguindo não.- nem espero ele terminar de falar e desligo ligando a moto e descendo querendo saber de qual foi desse papo.

📞Chamada off📞

Vou passando pelos becos maior apertado e quando vou chegando perto já vejo o movimento perto da praça. Gente pra Caralho encima e os menor tentando tirar a Scarlet que tá com a popa da bunda mostrando já me fazendo subir um ódio.

Desço da moto e vou na direção já puxando ela pela cintura que me bate também e chuta o ar quando eu levanto ela no ar. Escuto a amiga da garota chorando e a Scarlet gritando.

Scarlet: Pra tu aprender, sua filha da puta do caralho!- grita e olha pra mim com ódio em seguida.- Se tu falar dela de novo, eu vou cortar é tua língua pra tu ver com quem tu tá mexendo.

Terê: Cala a boca Scarlet, que porra é essa?- pergunto bolado pra ela que me olha e a única coisa que eu vejo nos olhos negros é ódio.

Scarlet: Cala a boca tu caralho, isso aqui é culpa tua!- me empurra e começa me bater também.- Se não tivesse dando moral pra essas emocionadas, eu não tinha feito isso.

Terê: Tá brigando na rua por causa de homem, porra, cadê tua postura?- seguro os braços dela encostando ela no muro do outro lado da rua e ela continua tentando me machucar.

Scarlet: Que por causa de você, meu filho, tá maluco? Me respeita.- revira os olhos e tenta se soltar.- Tô brigando por tua filha, tá ligado não? Essa aí que tu tá defendendo meteu sua filha em um assunto que ela não tem nada haver.

Fecho minha cara com o que ela disse sentindo o ódio crescer dentro de mim por alguém ter se quer tocado no nome da Calena.   Scarlet olha pra mim respirando descontrolado e se solta de mim.

Terê: Tenho culpa de nada disso, Scarlet e tudo que eu te disse ontem foi verdade, não dei moral pra ninguém.- reforcei chegando perto do rosto dela.- Agora se acalma e abre a boca pra falar o que aconteceu aqui.

Ela respira fundo ajeitando o vestido no corpo e prendendo o cabelo. Olha pro outro lado da rua vendo os caras ajudando a garota que tá quebrada e rir debochada.

Scarlet: Tava descendo pra pegar o Uber e essa aí começou jogar indiretinha me chamando de puta e tals.- gesticulou com as mãos.- Mas nem liguei não, sou mesmo e não nego pra ninguém, tendeu?- perguntou olhando pra mim e eu concordei com a cabeça.- Mas depois veio dizer que eu tava achando que tu ia me assumir, que eu tava me iludindo "igual a puta da mãe da pretinha bastarda"- fecho meus punhos e ela me encara respiro fundo escutando ela continuar falando.- Aí ela falou que a Calena ia ser igual a mim e a mãe dela, porque filha de peixe peixinho é!

Viro de Costa pra ela olhando o povo ajudando a garota chorando e os menor descendo e subindo.

Scarlet: Nunca te pedi nada Terê, você me paga porque eu faço o meu trabalho, mas nunca te pedi pra me assumir nesse caralho pra vim piranha nenhuma me tirar de grandão aqui.- eu escuto ela ainda de costas.- Outro bagulho que eu não aceito é falar de criança que não tem nada haver com o papo. E eu tive um contato com a tua filha, namoral, foi mal por ter causado na tua favela, mas na hora que eu escutei o que ela falou, eu nem pensei.

Andei pro meio da rua depois de ter escutado o que ela tinha falado e avistei o menor que tava de contenção na boca principal olhando a treta lá de cima. Peguei o radinho da minha cintura e liguei a frequência e levei até a boca.

Terê: Aê, o menor que tá de plantão na boca vai pegar a maquininha portátil lá e trazer pra mim agora, pegou a visão?- falei e olhei pra Scarlet que começou andar na minha direção.

Scarlet: Vai encostar no meu cabelo não, tá doidão?- apontou pra própria cabeça e eu vi a amiga dela se aproximando.- Respondo terê, tá perdendo a noção?- se aproxima aumentando o tom.

Olhei pra amiga dela que entendeu na hora e levou ela de volta pro muro. Olhei pro morro de novo e vi o menor descendo correndo.

Lele: Aqui chefe!- me entregou e fez um toque comigo.

Fui andando na direção da praça onde a garota tava sentada e olhei bem pra cara dela cheia de sangue de tanto que a maluca tinha batido.

Grudei no cabelo loiro dela e sai arrastando rua a fora, olhei pro outro lado da rua e vi a outra levantando do meio fio. A garota gritava desesperada e eu dei um tapa na cabeça dela.

Terê: Pode gritar, caralho, na hora de falar de filho dos outros tu não teve voz?- sacudi ela pelo cabelo.- Agora tu pode gritar.

Talita: Pelo amor de Deus, terê, para, por favor para!- gritou chorando pedindo e eu liguei a máquina e passei no cabelo dela.

A máquina não tava cortando direito pela quantidade de cabelo me fazendo pegar meu canivete e cortar pelos tocos pra depois raspar. Foi o tempo todo escutando os gritos dela e sentindo o olhar da Scarlet encima de mim.

Fiz o trabalho todo deixando ela carequinha e o rosto inchado de tanto chorar, em volta tinha gente pra caralho vendo o show. Abaixei na frente dela e falei baixinho.

Terê: Gostou do corte pô?- perguntei e ela continuou chorando.- Isso aqui é pra tu aprender a não falar de filho de ninguém mais, ainda mais se for filho meu, tá ligada?- ela não respondeu e eu levantei olhando pra todo mundo ali.- Isso aqui é pra quem tá pensando que eu sou bobinho! Pra quem tá achando que vai mexer com os meus e vai ficar por isso.

Dei um chute na perna da filha da puta e fui na direção da doida que tava de braços cruzados olhando tudo. A cara fechada tanto quanto a minha e o olhar de ódio pra menina ainda tava ali vendo ela jogada no chão. Ruim pô, é isso que essa mulher é!

Subi na minha moto e acelerei um pouco até parar na frente dela que me olhou com raiva e me ignorou.

Terê: Sobe Scarlet!- ela nem contestou, só pegou a bolsa com a amiga e subiu na moto sem encostar em mim.

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