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Terê

-Graças a Deus você chegou!- veio correndo e me abraçou com força.- Mamãe tava morrendo de saudade.- eu revirei os olhos do drama da minha coroa

Terê: Tava com saudade também, coroa!- beijei a testa dela.- Cadê a Pretinha?- perguntei ansioso pra ver minha bebê.

Selena: Tá lá fora brincando com o Zaion.- se referiu ao meu outro bebê, meu rottweiler.

Corri pra fora de casa Doido pra ver ela. Ela com o cabelo pra cima rolando no chão com o cachorro lambendo ela. Ela ria e tentava levantar mas ele não deixava. Meu peito apertou de ter deixado ela por três meses e eu sentei na cadeira que tava ali e fiquei vendo ela brincar.

Ela olhou em volta de tudo e arregalou os olhos de jabuticaba assim que me viu e correu pros meus braços enquanto gritava.

Calena: PAPAIIIIIIIII- pulou em mim me abraçando com a força que tinha e eu ri forte de tanta saudade da minha pretinha.- Eu tava com saudade, pai, tenho tanta coisa pra te contar.

Terê: O pai tava com muita saudade meu bebê.- ela revirou os olhos.- não revira os olhos, mocinha.

Calena: Eu não sou mais um bebê!- disse fazendo um bico enquanto me olhava toda bravinha.

Terê: Claro que é!- apertei ela.- Se até eu sou o bebê da sua vó, então você é o meu bebê.- beijei ela enquanto fazia cócegas e a assanhada riu.

A falta que eu senti desses momentos com ela não tem comparação. O tempo todo que eu estive lá, foi sentindo falta dela, todo esse tempo lá, foi por ela mesmo. Minha força vem daqui e acho que sou incapaz de amar alguém, mais do que eu amo ela.

A tarde toda eu brinquei com a Celena, me contou tudo que aprontou na escola e no quanto meus pais estavam brigando aqui em casa, coisa que ia ter que ser tirado a limpo.

No final da tarde meu pai chegou em casa e vi minha mãe fechando a cara, tava errado esse bagulho e minha curiosidade tava a milhão. Calena já pulou no colo do vó falando que hoje era dia dele fazer ela dormir mas como tava com saudade de mim ela iria mudar pra amanhã.

Meu pai me abraçou forte mostrando que tava com saudade. Meu coroa nunca foi daqueles pai escroto que não demonstra nada pro filho, na real sempre foi um exemplo de pai que eu queria ser pra Calena. Sempre me deu amor e conselho nunca faltou, orgulho de ter ele como meu pai.

Pitu: Como foi lá?- se sentou no sofá de lugar único olhando pra mim amarrando o cabelo da bagunceira.

Terê: Foi uma boa pra mim.- soltei ela que foi correndo atrás da avó.- precisava desse tempo longe, não tava bem.

Pitu: Já tava fora de si, tô orgulhoso por ter percebido que era o momento de parar e ter pedido ajuda.- apoiou os braços nos joelhos.- Isso mostra que eu fui bom com você. Pedir ajuda...

Terê: Não é sinal de fraqueza!- completei interrompendo ele.- Obrigada, pai!

Pitu: Tudo por você, meu filho!- levantou e foi pra cozinha e eu fiquei ali pensando no que ele queria falar comigo porque eu sentia que não era só isso.

Ele demorou uns minutos lá e eu escutei a risada da pretinha, soube que eles estavam brincando e subi pro meu quarto pra tomar um banho. O cansaço tava de bicho e sentia meus olhos grudando.

Tomei um banho gelado e vesti uma samba canção pra dormir. Deitei na minha cama depois de colocar o celular pra carregar e me acomodei pra dormir. Ouvi baterem na porta e meu pai entrou.

Pitu: Vai ter baile pra comemorar tua volta. Amanhã a gente vai conversar, colocar um rumo na vida de geral aqui de casa.- eu concordei com a cabeça e ele saiu.

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