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Scarlet

Subindo esse morro no ódio, mas é no ódio mesmo porque na hora que eu colocar minhas mãos nesse filho da puta eu vou fuder com a vida dele.

Cada passo que eu dou sinto meu corpo vibrar, queimar e soar de tão nervosa que eu tô. Não tô acreditando que isso tá realmente acontecendo e quando eu resolver esse b.o vou deixar bem claro que é a última vez que eu me meto nessa porra de assunto que eu não tenho nada haver.

Abaixo meu short que some a cada passo meu e sinto meu celular vibrar no bolso mas ignoro. Sei bem quem é, quem não me deixa em paz o dia todo.

Uma semana direto dormindo com esse homem e algumas vezes até com a filha dele e não vou mentir... Acostumei! Quando não manda alguém me buscar, ele vem. Ou quando penso que não escuto uma voz fina chamando a "vovó Zezé"

As duas se grudaram de um jeito e não tem quem mude isso. Ela tem feito bem pra dona Zezé e visse versa, até crochê ela tá aprendendo.

Comigo não é muito diferente, virou meu grude e as vezes esquece até do pai, o que causa um ciúmes da parte dele, fica revoltado real jogando na minha cara que eu roubei a pretinha dele.

Esses momentos tem me feito bem pra caralho, pra caralho mesmo e agora vejo que se eu tivesse vivido isso antes, muita coisa hoje seria diferente. A Calena é muita luz, muito pique e eu tô adorando acompanhar tudo isso dela.

As vezes bate um incômodo de estar me envolvendo demais e depois acabar me decepcionando ou decepcionando ela e ele, porque eu sei que ali é um combo. Mas como ele sempre diz: "Deixa rolar, vive o momento." E é isso que eu tô fazendo.

Mas como nada na vida é fácil, agora eu tô curvando a rua da minha casa pra resolver um problema que não é meu. De longe já escuto uma gritaria e quando forço minha visão, vejo uma mulher com uma criança no colo chorando. Thamires.

Apresso os passos sabendo que quem tá dentro daquela casa é a minha vó e que hoje eu dou uma porradas nesse ingrato filho da puta.

Chego enfrente minha casa e passo pela mulher que logo segura meu braço me fazendo olhar pra cara sinica dela.

Thamires: Eu não sei o que tá acontecendo, Scarlet!- soltei meu braço da mão dela e ergui o dedo pra cara dela.

Scarlet: Se eu fosse você nem direcionava a palavra a mim, sua escrota do caralho!- falei entre os dentes com ódio.- Minha vontade é de quebrar essa sua cara de sonsa, sua sorte é que tá com a criança no colo.

Thamires: Eu não tenho culpa de nada porra!- fala mais alto.

Scarlet: Não fode caralho, não tem culpa? Acha que esse escroto tá aqui por que?- pergunto indo pra cima dela.- Hein? Porque você já foi fazer fofoquinha!

Viro as costas pra ela entrando dentro de casa e escutando o choro da minha vó. Meu corpo se enche quando eu vejo o Dentin colocando o dedo na cara dela e vou pra cima dele empurrando pra longe.

Chuto a canela dele e ele me empurra pelos peitos. Pego o copo encima do balcão e jogo nele que abaixa e o copo espatifa na parede.

Dentin: Resolveu dar as caras, vagabunda?- perguntou com deboche e eu debochei de volta.- Pensei que ia ficar se escondendo atrás do filhinho de papai.

Scarlet: Se tem um bagulho que eu não sou, é cuzona como você! Pelo menos nisso minha vó teve o senso em mudar na criação né!- joguei na cara e ajudei ela levantar.- Tu tá achando que é quem seu filho da puta?

Dentin: A puta aqui é tu, sou muito mais que você.- levantou a cabeça tentando me intimidar.- Gosta de pagar de doida pra cima da minha mulher? Paga pra cima de mim.

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