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Scarlet

Estar com alguém já é muito estranho pra mim, agora estar com alguém que tem uma criança é mais estranho ainda. Eu de verdade não sei o que tô fazendo da minha vida.

Primeiro foi aquela velha olhando feio pra mim, e eu simplesmente não ter dado uma resposta bem dada nela. Depois uma criança me intimidando dizendo que o pai dela é dela e que ela tem ciúmes. Gente??????

Ela é fofa, não vou negar! Me tratou super bem e quis brincar comigo. Acho que esse papo do ciúmes, foi só ciúmes realmente. Qual criança não vai sentir ciúmes de um pai?

Mas também não vou negar que tá uma pulga na minha orelha me infernizando aqui. Minha mente me sabota as vezes e quase sempre ela tá certa, então não vou ignorar tudo que tá passando nela agora.

Vejo a criança correr na areia branca da praia do diabo, o pai dela sentado na ponta da minha canga enquanto nem a roupa eu consegui tirar ainda de tão confusa que eu tô ainda. De verdade, minha cabeça tá girando.

Só passa: "Meu Deus, aonde eu fui me meter, eu tô numa praia com um cara que eu tô saindo fixamente e com a filha dela"

E o pior de tudo é que eu não tô aqui obrigada. Ele me chamou e eu aceitei, passou na minha casa e ainda deu de cara com minha vó que deu cocada pra menina. Minha cara tá lá no asfalto da minha rua ainda.

Olho pra frente vendo a menina sentar na areia cansada de tanto que correu e me ajeito pra sentar também. Sinto o olhar do outro em mim observando todo meu corpo, seria eu uma paisagem?

Terê: Vai tirar a roupa não?- perguntou estendendo a mão pra mim e eu peguei sendo guiada pra frente dele.- Tira!- segurou no botão do meu short jeans curto e desabotoou.

Scarlet: Acho que meus biquínis são muito indecentes pra sua filha ficar olhando.- tombo a cabeça olhando pra ele de cima pra baixo por ainda estar em pé.

Terê: Ah, para de onda, Scar!- deu uma vontade de soltar um sorrisinho pelo apelido mas me contive.- Calena sabe nem o que é descente e o que não é!

Scarlet: Tu que pensa né?- desci o short virando de costas e olhando pra menina que tava sozinha. Senti a mão dele na minha bunda descoberta e eu sorri pelo ato. Gosto!- Ela é bem esperta, muito!

Terê: Caralho!- apertou minha bunda e eu olhei de lado pra ele que olhou rápido pra menina e deu um tapa forte na minha bunda me fazendo segurar nos pulsos dele por impulso.- Tira a blusa.- revirei os olhos sem ele ver e tirei sentindo a mão dele nas minhas costas guiando o rabo do dragão.- Gosto dessa!

Scarlet: Tem que terminar ela, e essa aqui do braço também!- ele me puxou pra sentar entre as pernas dele e puxou meu braço olhando a tatuagem.

Terê: braba! Tu gosta dessas paradas esquisitas né?- perguntou olhando pras minhas pernas tatuadas e eu olhei encurtando os olhos pra ele.- Esquisitas mesmo pô, do nada um gato com chifres, você é maluca.

Scarlet: É o meu jeitinho!- virei de frente pra ele ficando de joelhos e sentando encima deles.- Maluca, mas tu adora pô, consegue nem negar.- Segurei seus rosto com as mãos e ele me olhou com aquela cara de safado que tá acabando comigo.

Terê: Me amarro mermo!- disse com aquele sotaque gostoso pra caralho e me puxou pra um beijo que foi encerrado por uma mãozinha.

Deitei a cabeça no pescoço dele pensando "É só uma criança" e respirei fundo, meu Deus do céu!

Calena: Tia, eu te falei que tenho ciúmes do meu pai, não é pra ficar fazendo essas coisas!- Olhei pra ele que olhava pra ela já.

Terê: Pelo amor de Deus, Calena! Vai brincar, minha filha, e não começa com isso não!- ela olhou pra pai dela com cara de choro e confesso que deu uma pontinha de dó.- Pode chorar pô, papo de tilt, quem é pai de quem aqui sou eu, tu é minha filha!- apontou pra ela que sentou na canga chorando baixinho.

Olhei pra ele de cara feia e sai da frente dele sentando entre os dois. Ela continuou chorando na dela com os olhos vermelhos e a pele brilhando por conta da cor dela. A menina é linda demais, uma beleza inexplicável.

Scarlet: Vai brincar, Calena!- falei com ela que olhou pra mim soluçando.- Veio pra praia e vai ficar chorando?

Calena: Mas meu pai brigou comigo!- falou fazendo bico e eu quis rir, namoral!

Scarlet: Brigou por outro motivo, não foi porque vc tá brincando!- limpei as lágrimas dela.- Vai brincar!

Calena: Desculpa, tia!- pediu chorando. Eu olhei pra ela espantada pela fala dela e olhei pro mar.

Scarlet: Quer entrar no mar comigo?- ela me olhou parando de chorar só soluçando e concordou com a cabeça. Eu levantei e ela levantou também. Virei de costas pra ela e flexionei os joelhos.- Sobe!- ela olhou pra mim e depois pro pai dela que concordou com q cabeça e ela logo subiu.- Segura agora!

Corri com ela pro mar ouvindo a gargalhada gostosa dela e os gritos eufóricos. Virei ela de frente pra mim e fui entrando devagar quando senti a água gelada típica do Rio de Janeiro.

Calena: Tá fria, tia!- bateu queixo e eu rir dela se agarrando em mim.- Mas logo passa né?- eu concordei com a cabeça.

Scarlet: Passa rapidinho, tu vai ver!- ela me abraçou quando a onda veio e eu segurei ela firme.- Tem medo do mar?- ela concordou rápido.- Medo porque?

Calena: Medo da onda me tampar e eu nunca mais voltar!- me olhou enquanto explicava e eu concertei ela no meu colo.

Scarlet: Vamo mergulhar comigo então pra tu ver que sempre volta!- ela me olhou com medo e eu gargalhei jogando a cabeça pra trás e olhei a próxima onda.- Não precisa ter medo, eu tô aqui com você.

Calena: Mas não me solta, tia, por favor, não me solta.- eu concordei com ela olhou pra onda.- Que que eu faço?- perguntou desesperada de um jeito engraçado.

Scarlet: Tampa o nariz!- falei rápido e ela tampou na mesma hora me fazendo mergulhar com ela.

Senti a onda passando por nós e o contato entre mim e ela ser muito intenso. Ela me apertou nos braços dela e eu apertei ela nos meus. Voltei pra superfície e ela me olhou limpando o rosto.

Calena: Tia, foi muito legal!- Falou eufórica.- Vamo de novo, por favor?- riu pra próxima onda que estava vindo e eu concordei com ela.

Ela tava gostando e parecia que fazia tempos que não se divertia assim. Apesar dela estar triste pela bronca do pai, ela conseguiu brincar o dia todo e quando chegamos na casa do pai dela dormiu igual pedra.

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